— Você já pode ir. — Sua voz deixou aquela doçura e se tornou seca. Não o questionei só me vestir e fui para o quarto, ao entrar não tranquei a porta, tirei o vestido o jogando no chão e fui ao chuveiro, sentei no chão deixando a água limpar meu corpo, não entendia o porquê ele tinha sido tão bom, carinhoso e depois tão seco, minhas lágrimas desciam junto com a água que escorria por meu corpo. Abracei minhas pernas ainda perdida em lágrimas.
— Você tá chorando porquê? — Me virei assustada. Vendo a sua imagem dominante a minha frente. Seu rosto sem muita emoção, como ele entrou aqui? Porque ele veio aqui? Neguei a probabilidade dele se sentir culpado pela forma que me tratou, não acredito que ele se arrependa de qualquer coisa, mas...
— Sai daqui. — Falei soluçando...
— Não foi isso que perguntei. — Ele se aproximou, entrou no boxe e me levantou com uma brutalidade, me empurrou contra parede sem se importa com a água que caia sobre suas roupas e segurou firme meu rosto. — O que você quer? Já não fui carinhoso o bastante por hoje. Te dei uma primeira vez na qual você queira recorda? — Ele parecia bravo, incerto e ainda assim tão gostoso.
— Recorda o que? Você mandando eu sair do seu quarto ou você sendo um monstro agora? — Mas eu também estava em fúria com quão repulsivo ele conseguia ser.
— Deveria ter sido um monstro mesmo. — Ele desceu a mão para o meu pescoço e o apertou, sua boca encontrou a minha, enquanto eu o sentia me sufocar. Já tinha experimentado aquela sensação, sua mão sobre o meu pescoço, tirando de mim todo ar que tivesse em meus pulmões, mas agora, eu conseguia respirar, mesmo seus beijos roubando o pouco do folgo que tinha. Por que essa merda conseguia ser tão boa? Por que não conseguia manter o meu ódio por ele, me perdia em seus toques?
— Seria melhor assim, te mostrar que eu mando. — Sua voz ao pé do meu ouvido novamente tirou minha atenção. — Você é minha.
Eu sou dele?!
Eu estava entregue a ele, inteiramente entregue, ele tirou a camisa e o resto da roupa a jogando para o outro lado do boxe e me pegou em seu colo, ainda imprensada contra parede o sentir me penetrar sem aviso ou preparação, meu grito de dor o deixava excitado, seu olhar triunfante por me ter gritando encima dele. Meus gritos não diminuíram quando ele começou a estocar com tamanha força.
— Shiiii...Calada. — Não conseguia não gritar ou não falar. Mas assim fiz travei meus dentes não permitindo a minha voz sair.
Senti-lo mesmo que me causando dor, era bom, de fato eu já estou perdidamente apaixonada por ele, eu precisava dele mesmo que me maltratando, mesmo que me surrando. A dor aumentava, mas agora eu estava gostando de senti-la.
— Minha... — Seu sussurro me levou ao delírio e ali não conseguir entender como e porque eu estava sentindo aquilo um prazer completo, sem metades eu passei a unha por suas costas, tentando aguentar tamanha mistura de dor e prazer, percebi que ele não gostou muito do gesto, mas não reclamou. Por fim já não via muita coisa, só sentir algo quente descer por minhas pernas e eu perdi o sentido não vendo mais nada.
♤♤♤
Acordei horas depois deitada na cama, ele estava na cadeira ao meu lado, me olhava apreensivo.
— O que aconteceu? — Perguntei confusa...
— Você desmaiou. — Ele disse meio cabisbaixo.
Eu comecei a chorar não entendia porque só chorava, o Malik correu ao meu encontro e me abraçou, me fazendo sentir protegida. Como se fosse possível, ele era a porra do único mal perto de mim...
— Calma, você está bem. — Claro que não estava... O que acontecendo comigo? Porque eu estava presa a ele daquela forma? eu nunca me apeguei a ninguém tanto assim nem a Elisa, o que estava havendo porque eu o fazia de carrasco e de salvador, porque a única pessoa que tinha o poder de me ferir era a mesma que tinha o de me possuir, o que ele tem de tão forte que faz todo meu conceito se define nele?
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Lost- Entre o céu e o inferno
FanfictionDark love Essa história é abusiva e violenta, não leia se for te causar gatilhos. +18 Sinopse: " Você considera sua vida uma tragédia, por que não conhece a minha. Fui largada por meus pais quando tinha dois anos, passei a vida em um orfanato que s...