Capítulo 22

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Nos não ficamos muito tempo com elas, logo subimos a escada para um andar onde tinham os  quartos de hóspedes. Miguel disse que existiam quartos suficiente para todos, mas que alguns teriam que comportar mais de 3 pessoas, e o fato de que onda assim ficaria confortável para as pessoas não devia ter me surpreendido tanto levando em consideração o tamanho da casa.

- É realmente uma casa bem grande. - comento enquanto andamos por um longo corredor.

- É sim. E no andar de cima ficam os quartos dos moradores, no caso minhas tias, minha mãe, minha irmã...

- Entendo. E você? ainda tem um quarto mesmo não morando mais aqui filho pródigo? -pergunto rindo.

- Tenho. - responde com uma gargalhada. -  Tia Marta os manteve, o meu e o do filho dela. Ninguém entra lá. Ela sabe que o bom filho a casa torna.

Vejo piscar para mim em meio ao riso.

- Mesmo que seja uma vez no ano?

- É isso aí. - ele responde e paramos em frente a uma bela porta branca.

- Aqui, chegamos aos seus aposentos. - disse Miguel. - É este. Espero que você goste.

Ele abre a porta e me dá passagem para entrar na frente. Fico encantada com o que vejo. É um lugar bem espaçoso com duas belas janelas bem grandes e todas em vidro. Estavam abertas e o quarto estava extremamente agradável.

As paredes eram em um tom
marfim e o teto branco puro, a cama grande estava tão bem posicionada entre no centro do quarto encostada em uma parece e tento uma das janelas que proporcionava uma bela Vista de um campo ao ambiente. Graças ao dia ensolarado o lugar estava extremamente aconchegante, e embora simples era sofisticado e convidativo.

Caminhei até a cama e passei meus dedos sobre o grosso cobertor.

- Acho que vou ficar por aqui hoje. - digo com os olhos fechados me deitando sobre a cama. Que delícia de cama. Meus músculos logo se acostumam e clamam para uma soneca nesse pedaço de céu.

- Que bom que gostou. - a voz de Miguel me trás de volta a realidade e abro meus olhos rindo.

- É maravilhoso! - respondo me sentando novamente. - com quem irei dividir?

-Não. Não, não. Você não vai dividir o quarto com mais ninguém. - responde colocando minha mala sobre uma poltrona que ficava posicionada em frente a janela.

- Mas, você disse qu... - Não consigo terminar pois Miguel começa a falar.

- Sim eu sei. E a maioria dos convidados irá dividir porquê temos muitos convidados esse final de semana, mas tia Marta insistiu para que você tivesse um lugar só para você.

- Por que? - pergunto confusa.

- Ela gosta de fazer as pessoas se sentirem bem, como se estivessem em casa. E disse que você merece essa privacidade. Talvez ano que vem você divida o quarto.

Ai meu Deus

Ele quer que eu venha ano que vem?

- Ano que vem? - pergunto encarando seus olhos risonhos.

- Sim. Acho que Sofia gostou muito de você. Provavelmente não vai largar do seu pé.

Ah.

E voltamos a estaca zero.

- Vocês conhecem muitas pessoas. Vai caber todos? - pergunto mudando de assunto afinal as falas dele sobre mim me confundem muito.

- Não vão ficar todos até.domingo. - diz ele com um meio sorriso que me fazia estremecer. Serio ele precisa parar com isso! - Só os familiares e os melhores amigos da família acabam ficando até domingo. Hoje como é o primeiro dia geralmente fica muito cheio, mas você vai ver como domingo vai está vazio isso aqui.

-ah sim. - digo.

-vocês são tipo celebridades? - ele solta uma gargalhada e se senta na cama a minha frente.

-Não exatamente...  só temos muitos primos...

- Mas você disse que tem apenas duas tias. Quantos filhos elas têm? Vinte?

-Não não... vou te explicar do começo... - tiro os sapatos para me posicionar mais confortavelmente sobre a cama de frete para ele e escutar mais sobre sua família. - a minha família tem uma vovó, Sônia, ela é maravilhosa e espero que venha para conhece-la. Ela teve quatro filhos minha mãe Luiza, Marta, José e Lurdes, exatamente nessa ordem. Minha mãe teve dois lindos filhos que você já conhece, tia Luiza um, tio José  quatro e tia Lurdes quatro. Não somos tantos mas a tia Marta meio que ainda tem contato com a família do marido falecido dela, então os "sobrinhos" como ela chama virão também. É basicamente isso.

- Posso perguntar mais sobre sua tia Marta? Ela é bem rica... digo a casa é linda e enorme e você me disse que é dela então suponho que seja...

- Sim... bom tia Marta de casou bem Nova, com 18 anos, o contrário do que pode pensar ela não foi obrigada a isso, eles se amavam muito, Dennis o marido faleceu em um acidente de carro quando minha tia ficou grávida. Ela nunca superou isso totalmente. A herança do marido ficou para ela é o filho, o que fez deles ricos, mas aposto que minha tia trocaria tudo para ter o amor da vida dela de volta. Ela mantém os familiares do tio Dennis por perto sempre e gosta de manter essa casa cheia... Acho que é uma boa forma de... Não sei, talvez não sentir falta do marido.

- Nossa. - digo realmente tocada pela história. Essa mulher que não conheço mas já admiro muito foi extremamente forte, e não consigo sequer imaginar a dor que ela sentiu. - Sua tia é uma guerreira.

- Ela é sim... deu suporte a minha mãe quando meu pai morreu, abriu a casa dela para nós três. É também a tia Lurdes...

- Espera. O marido de Lurdes também morreu?

- Sim. Ela o matou.

OI?

- OQUE? - falo um pouco mais alto do que deveria pois a informação me pega de surpresa. Aquela mulher matou o marido! O MARIDO! que supostamente um dia amou para decidir se casa com Ele, o que ela faria comigo? Que claramente não foi com a cara?

Eu estou ferrada!

Daniel explode em uma gargalhada se jogando para trás com as mãos sobre a barriga e o olho atônita. Sinto meu rosto queimar. Estou realmente assustada e ele se divertindo de minha expressão.

- Você precisava ver sua cara. -diz entre o riso.

- Qual a graça? Miguel aquela mulher ela...

- Relaxa Nat. - me corta se sentando novamente, mas ainda rindo. Reviro os olhos para ele e cruzo os braços. - minha adorável tia o matou de tédio provavelmente por que o Santo pediu divórcio.

Sinto meu rosto quente novamente. Agora entendi sua explosão levando em conta minha reação. Não consigo segurar e dou um tapa em seu braço e Miguel volta a rir novamente.

- Palhaço. - digo mas um sorriso se forma em meus lábios.






Meu DesRomance •Livro 1• (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora