| His heart is shattering without her |

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Após a pronunciação das suas palavras, o Justin abandonou rapidamente o quarto, deixando-me para trás. Sozinha e imóvel, estava eu, com a mão trémula a tapar a minha boca e com os olhos arregalados. Tudo sintomas de choque.
Depois de uns segundos, ouvi a porta de entrada a fechar-se com força:

- Justin!

Gritei, assim que me apercebi que o Justin estava prestes a ir embora. Apesar deles não serem a minha família, eu queria estar presente neste momento difícil. Independentemente dos problemas que eu e o Justin temos, eu nunca iria desejá-lo mal! Nunca. Nem a ele nem à sua família!
Portanto, corri até à garagem com esperança de ainda encontrá-lo a ligar o carro e por sorte, apanhei-o prestes a sair:

- Espera! - gritei de novo.

Ele travou o carro e abriu a janela. Tentei abrir a porta, mas esta estava trancada:

- Justin!

- Eu não acho uma boa ideia vires... - disse ele com calma.

- O quê?

- Eu acho melhor ficares em casa.

- Abre a porta. - pedi.

- Não, Safyra.

- Justin, abre a porcaria da porta! - ordenei.

- Vai ser uma confusão total... Eu não quero que assistas ao que se vai passar. A minha mãe está de rastos e eu vou me passar da cabeça!

- Eu não quero saber. Eu posso não ser família, mas vocês acolheram-me. Eu quero estar presente!

O Justin olhou para o volante e suspirou. Lentamente, levou o seu dedo ao botão automático e destrancou o carro.
Assim que ouvi o click, abri a porta e pus o cinto. Pronta para ir, reparei que ele estava especado a olhar para mim com cara de parvo:

- Vais conduzir ou não?! - perguntei. - Vamos embora.

E assim ele fez.
Enquanto o Justin conduzia, eu podia sentir a tensão que estava a pairar no ar. Podia sentir as radiações de nervosismo que saiam do seu corpo. Podia sentir a sua inquietação e ansiedade para chegar ao local, cada vez que paravamos em um semáforo. Sem música para preencher o silêncio que nos rodeava e sem nenhum assunto que eu pudesse puxar para que o ambiente ficasse menos pesado.
Os dedos, que estavam pousados nas mudanças, estavam de segundo a segundo a tremelicar. Incomodada com a sinfonia irritante que os seus dedos estavam a produzir, pousei a minha mão em cima da sua, de modo a acalmá-lo. Após ele olhar para a sua mão, espantado pelo meu gesto, cruzou o seu olhar com o meu... Desenhei com os meus lábios a palavra '' Calma '' enquanto apertei a sua mão. Ele abriu os seus dedos, fazendo com que os meus se encaixassem na sua, como um puzzle.

(...)

- Mãe!

Chamou o Justin, assim que viu a Pattie sentada nas escadas da escola lavada em lágrimas com a maquilhagem completamente borrada. Ele correu até ela, dando um forte e longo abraço enquanto a Pattie chorava e lamentava nos seus braços:

- A minha menina... O que que eu haverei de fazer sem a minha menina, Justin?! - repetia ela vezes e vezes sem conta em um choro desesperado.

- Eu preciso que expliques como é que isto aconteceu! - pediu o Justin, contendo o choro.

- Eu fiquei à espera dela cá no portão, mas reparei que estava a demorar imenso a chegar. A escola começou a esvaziar, então perguntei a uma das funcionárias se a Jaytlin ainda estava dentro da sala e esta afirmou que viu-a a sair da escola e a entrar num carro preto. - explicou a Pattie em soluços.

Undefined Love || J.BOnde histórias criam vida. Descubra agora