— Sou...
Respondi, desconfiada, ao olhar para os seus olhos verdes claros.
— Eu sou a Emily.
Falou ela com um sorriso espalhado pela sua face e a mão pronta para ser apertada:
— Prazer em conhecer-te.
Apertei a sua mão e sorri.
— Vi-te sozinha durante os intervalos, por isso presumi que precisasses de companhia para a hora de almoço.
— Bem, presumiste bem, até porque não faço qualquer ideia de onde o refeitório é.
Rimos as duas.
— Então, vamos lá.
Saímos da sala de aula e fomos em direção ao famoso refeitório.
Este já se encontrava agitado devido à quantidade de alunos que estavam presentes.
Assim que recebemos os tabuleiros, analisámos a sala barulhenta, até encontrarmos uma mesa vazia num canto discreto:
— Tu és uma das raparigas do programa de intercâmbio, não é?
— Sim, sou.
— E vieste de onde?
— Londres.
Ela esbugalhou os olhos e antes que ela falasse, esclareci:
— Não tenho sotaque britânico, porque os meus pais são americanos.
— Mas já vives lá à muito tempo?
— Cerca de cinco anos. Tenho andado sempre de um lado para o outro por causa do trabalho dos meus pais.
— Ah asério? Então, estares numa escola nova, não é tão estranho quanto parece?
— É... Posso dizer que já estou habituada.
— E já conheceste mais alguém aqui na escola?
— Bem...
Murmurei, olhando para a mesa onde estava o grupo do Justin.
— Ah não, amiga.
Bufou a Emily ao verificar para onde olhava.
— Qual deles?
— O rapazito com o casaco preto desportivo a dizer 09. Acho que se chama J--
— Justin Bieber. Era de esperar.
— Que queres dizer com isso?
Disse, rindo.
— Como podes ver, aquele grupo do teu '' amiguinho ''.
Disse ela, fazendo aspas com os dedos.
— São os adeptos da equipa de futebol desta escola, The Viewers.
— Ah interessante.
Murmurei enquanto dava uma garfada ao meu almoço.
— O Justin é o capitão de equipa e é considerado, por muitas, o rapaz mais bonito da escola.
— Deixa-me adivinhar... Tu fazes parte daquele 1% que não acha o mesmo?
— 1 por cento? Não, eu sou mesmo aquele 0,1 que existe.
Lancei uma gargalhada e ela continuou:
— A verdade, aqui entre nós, é a seguinte: Ele não passa de um puto mulherengo e mimado.
— Então?
Perguntei, rindo de novo.
— Estás a ver aquela rapariga loira, sentada ao seu colo?
Olhei e avistei a mesma rapariga que o tinha chamado no corredor.
— A sua namorada, certo?
— Namorada? Acho que isso nem sequer existe no seu dicionário, mas, de facto, ela é a única rapariga com quem o Justin assumiu como namorada, mesmo que só o tenha feito por três meses.
— Uau...
— Acabaram acerca de um ano, mas parece que ela tem estado sempre em cima dele nos últimos dias. Ah e como é obvio, ela é a capitã da claque de cheerleaders.
Com tanta informação, limitei-me a encará-la enquanto ela se desmachava a rir.
— Porquê que te ris tanto?
— Não é obvio? Esta semana vai passar e no fim, ele vai mandá-la pastar. É uma questão de tempo até ele arranjar uma nova diversão.
— Achas mesmo?
— Achar? Eu sei que sim.
— E porque que está a contar-me isto tudo?
— Não só por ser divertido, mas também para saberes que ele mais os seus amiguinhos não são boa coisa.
— Já percebi que sim, mas talvez estejas a exagerar, não? Ele pareceu-me simpático.
— Oh, simpatia é como se fosse a sua isca, querida.
Com as sobrancelhas arqueeadas, falei:
— Ele ajudou-me abrir o cacífo antes que as aulas começassem. Não acho que ele seja má pessoa por isso.
— Não me leves para o lado errado. Ele é boa pessoa... com as raparigas. Funciona assim: Ele lança o seu charme e elas caem por ele.
Ri-me.
— Esse é o jogo dele.
Suspirou ela.
— Ok, tudo bem, vamos ter lá calma porque eu não estou aqui a morrer de amores por ele.
— Ainda!
Disse a Emily, rindo.
[...]
— Obrigada.
Falei assim que vi o taxista a pousar as minhas malas de viagem no passeio.
Ele sorriu e ao entrar no carro, respondeu:
— Boa sorte com tudo, menina.
Sorri e acenei até que o carro desapareceu.
De seguida, virei-me em direção à casa enorme que correspondia com a morada da minha familia de acolhimento.
Em passos pequenos, dirigi-me para a porta e toquei a campainha.
Com a mão no peito, suspirei para que pudesse acalmar os meus nervos.
Estar numa escola diferente não era o maior dos meus problemas...
O que me deixava intrigada era a família com quem iria ficar, pois não sabia grande coisa acerca dela, a não ser que a mãe da família era uma pessoa adorável, pelo que a minha própria mãe informou.
No entanto, eu não sabia com quem seria o meu guia estudante do programa de intercâmbio. Podia ser tanto uma rapariga como um rapaz e isso deixava-me nervosa.
Ouvi barulhos vindos da fechadura, momentos após tocar a campainha, fazendo com que pusesse a minha mão na barriga.
Preparei um sorriso e respirei fundo, assim que vi a porta a ser aberta:
— Ah, querida! Pensei que te tivesses perdido. Safyra Grace, certo?

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Undefined Love || J.B
FanfictionEra só mais uma aposta... Era só mais uma brincadeira entre o capitão de equipa de futebol da Glen View High, Justin Bieber, e os seus companheiros para com as alunas estrangeiras do novo programa de intercâmbio. Cruzando o seu caminho com Safyra...