Undefined Love || J.B

| Can U Stop? |

Eram sete e meia da manhã quando acabava de me arranjar ao espelho.

Estava vestida com uma sweat bordô que terminava abaixo da minha cintura acompanhada com umas calças pretas, juntamente com umas botas altas da mesma cor.

O meu cabelo estava apanhado num coque imperfeito com duas madeixas de cabelo a cair perto das minhas orelhas.

Peguei na minha mala e desci até ao corredor:

— Bom dia.

Falou o Justin, assim que me viu dentro da cozinha.

— Onde está a tua mãe?

— Saiu à pouco com a Jaytlin.

— Hum.

Murmurei.

Sem dizer mais nada, peguei numa maçã e abandonei a cozinha, andando em direção à porta de casa.

Quando a abri, ouvi o Justin a falar qualquer coisa, mas ignorei, porque hoje o plano era ir a pé para a escola.

Não suportava a ideia de estar trancada, lado a lado, com aquele besta.

Apesar de não conhecer o caminho, presumi que com o GPS do telemóvel conseguisse chegar lá.

Após dez minutos de caminhada, entrei, finalmente, numa rua movimentada, mas descohecida.

Havia muitas pessoas diferentes a andar de um lado para o outro, desde de estudantes a empresários, ou mesmo turistas.

Havia várias paragens de autocarro, lojas de roupa e supermercados a preencher as paredes. Também, para abafar o barulho das pessoas falantes, havia carros a passar constantemente com os seus motores barulhentos.

Parei entre a multidão e olhei para o meu telemovel.

Aonde é que eu estava?

Não me recordava desta rua quando fui para a escola de carro.

Merda.

Não o queria dizer, mas estava perdida.

Eram quase oito da manhã, o que deixou-me nervosa.

Eu não queria de todo chegar atrasada à escola, mas sinceramente, eu não sabia o que fazer.

Para manter a calma, respirei fundo e comecei andar devagar com um olhar confuso na cara. Após alguns momentos, ouvi alguém apitar o carro e a encostar ao pé do passeio.

Olhei para o lado e esperei o vidro fumado descer até ao fim:

— O que que estás a fazer aqui?

Disse o Justin, assim que o vidro desceu por completo.

Revirei os olhos e continuei andar perto da beira do passeio, deixando-o para trás.

— Safyra!

Chamou o Justin assim que me viu a andar.

Ele recomeçou o carro e continuou a andar ao mesmo passo que eu, dentro do carro.

— Podes parar?

Sussurei assim que vi a cara do Justin.

— Se tu parares de andar, eu paro o carro. Até agradeço!

— Eu vou para a escola a pé. Podes ir embora!

— Tu nem sequer sabes o caminho para a escola!

Declarou ele, incrédulo.

— Quem disse?

— Eu! Já te vi a passar por esta rua duas vezes!