| It Can't Be. |

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Notas Iniciais: Lembrem-se que o Brian é representado pelo Amadeus Serafini.

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- Pensavas que ias escapar assim tão facilmente, miúda?

Arqueei as sobrancelhas, afastando o telemóvel do meu ouvido, de modo a puder ver o nome que estava estampado no ecrã:

- Brian, eu vou para casa! Já cumpri a minha parte. - declarei.

- Longe disso. - informou ele. - Espera por mim aí fora. Nós vamos juntos para a festa de celebração!

- Nós? Eu não vou a lado nenhum. - ri. - Vai tu, que eu vou embora.

- Não faças isso comigo, Safyra!

- A sério, não me apetece mesmo ir para nenhuma fe--

-  Pois é, Safyra Grace, a cena é que eu não quero saber das tuas vontades! - reclamou ele. - Vamos nos divertir e ponto final.

Bufei para o telemóvel, revirando os olhos, e logo respondi:

- Despacha-te.

[...]

Desta vez, a festa se passava na vivenda de outro jogador chamado Gaz, segundo as informações do Brian. Eu sinceramente não estava minimamente interessada em saber de quem era a casa porque a vontade de entrar na mesma não era das maiores. Nada contra o tal de ' Gaz ', porque eu sabia que fosse qual fosse a casa em que parassemos, eu iria encontrar obrigatoriamente a presença desagradável do Justin e também das minhas queridas amigas Emily e Channel.

Antes mesmo de sairmos do carro, já podiamos ver as luzes e ouvir o som a bombear pelos arredores da casa:

- Vamos? - pronunciou o Brian.

- Não tenho escolha, pois não? - resmunguei.

- Nope. - riu ele. - Vá, anda lá, vai ser divertido!

- Ui, que divertido... - murmurei, revirando os olhos.

Saímos do carro e dirigimo-nos para perto da entrada do quintal da vivenda enorme. Assim que abriram a porta, tivemos acesso ao vasto recinto, que se encontrava preenchido por uma multidão de pessoas com sorrisos estapados nas suas faces, acompanhadas pelos seus copos vermelhos de bebida enquanto conviviam umas com as outras e dançavam ao som do Dj.

O Brian agarrou a minha mão, pois sabia que não seria eu a dar o primeiro passo, e guiou-me até aos barris de bebida alcóolica, que se situavam ao lado de outra mesa que estava cheia de copos e refrigerantes, caso quisessemos misturar com algo.

Enquanto ele servia o seu copo, comecei a passar o meu olhar lentamente pelo grupo de pessoas. Não demorou até encontrar o Justin sentado num sofá com os seus amigos a rir imenso. Inesperadamente, ele virou o seu olhar para mim, fazendo com que ficassemos a olhar um para o outro:

- Pst! - chamou o Brian, quebrando o meu olhar com o do Justin. - Toma. - disse ele, estendendo um copo para mim.

- Não quero isso. - disse, franzindo o nariz.

- Olha, vamos conversar. - disse ele, suspirando. - Esquece tudo o que está ao teu redor, tira esses pensamentos maus da cabeça e diverte-te. Estás numa festa! 

- Sabes que estou aqui, porque literalmente arrastaste-me, né? - ele riu.

- Não falemos sobre isso. Vá, agora, dá-me a tua mão. 

- Não.

- Que teimosa.

Ele pegou na minha mão e abriu-a de modo a puder meter lá o copo de bebida:

- Pronto. Vou contar até três para bebermos os dois ao mesmo tempo.

- Mas eu nem sei o que tiveste a meter aq-- 

- Saf. - disse ele, pousando a sua mão no meu ombro e olhando-me nos olhos seriamente. - Relaxa, okay? 

- Mas puto, isto é preto! - disse, olhando para o liquido que estava dentro do copo.

- Um... 

- A sério, Brian? - bufei, revirando os olhos.

-Dois... - continuou ele. - Três! 

Revirei os olhos, de novo, e cumpri com o combinado. Quando já estava a chegar a metade do copo, baixei o copo, mas o atrevido do Brian puxou com o seu dedo o copo para cima para que terminasse a bebida toda. Assim que bebi até à última gota, fechei os olhos até que a força do alcóol acalmasse e assentasse no meu corpo:

- Então? - perguntou o Brian. - És mesmo fraquinha.

- Isto é super forte! 

- Chama-se vodka preta.

- Eu vou matar-te. 

- Não vais, porque agora, vamos dançar.

- Nã -- 

- Sim. Lembra-te: Esquece tudo e todos que estão ao teu redor. Diverte-te.

Sorri com as suas palavras e logo, apercebi-me do esforço que ele estava a fazer continuamente só para ver-me sorrir. 

Era engraçado porque mesmo com a minha teimosia, ele ainda não tinha desistido... O que foi bastante bom, porque depois acabei por decidir que estava na hora de deixar-me levar. 

Com essa motivação, pedi ao Brian para servir mais dois copos.  Ele sorriu com satisfação e assim o fez.  Demos um golo e de seguida, puxei-o pelo seu braço para perto da pista de dança.

Mesmo não sabendo dançar, iria dançar como se o mundo fosse acabar.

Mesmo que não fosse habitual beber, iria beber até dizer chega.

Mesmo que o meu coração estivesse cheio de tristeza e desilusão,  iria rir até deitar lágrimas. 

Muita coisa podia estar a correr mal na minha vida, mas a verdade é que nenhuma delas importava neste momento.

[...]

Duas horas passaram, mas o nosso espirito de festa manteve-se na pista.

A sentir o calor corporal do Brian atingir a minha pele, continuava a mexer as ancas ao ritmo da música que tocava. Virei-me de costas para ele, puxando as suas mãos para perto da minha cintura. 

A seguir, levantei a minha mão até ao seu pescoço, pousando a mesma na sua nuca. O meu gesto provocou com que a sua cabeça baixasse para perto do meu pescoço, fazendo com que a sua respiração batesse frenéticamente ao longo do mesmo. 

Com os arrepios a viajar por todo o meu corpo, virei-me de volta para si e encarei os seus olhos verdes claros, que também olhavam para mimprofundamente .

Sem querer, o meu olhar escapou para os seus lábios, como se fosse um sinal do quanto eu queria  sentí-los. Lentamente, senti a sua face aproximar-se.Antes que caisse na tentação, meti o meu dedo indicador nos seus labios de modo a pará-lo. 

Ri da sua cara de aborrecido e aproximei-me do seu ouvido para que pudesse sussurar algo:

- Tenho de fazer xixi. - disse seriamente, antes de cair na risada.

Notas Finais:

Hey hey!

Do que que estás à espera? Passa já à frente porque já tens um novo capitulo à espera.

Undefined Love || J.BOnde histórias criam vida. Descubra agora