Quinta-Feira, 21:38h
Dez minutos tinham se passado e ela insistia em não abrir a porta. Porra.
Eu encontrava-me encostado à madeira branca, batendo fortemente com o meu punho na mesma, ainda com a esperança de que ela fosse abrir a porta. Mas a cada minuto que passava, parecia que mais e mais perguntas enchiam a minha cabeça, tal como mais e mais sentimentos desconhecidos preenchiam o meu ser.
Podia sentir os meus batimentos cardiacos e o meu sangue a escorrer nas minhas veias à velocidade da luz.
Podia sentir a preocupação a tomar conta do meu corpo.
Mas porquê? Nunca antes tinha sentido tanto medo de perder alguém, como estava a sentir agora. Eu prometi nunca a magoar e foi exatamente isso que fiz. Eu quase me odeiava por isso.
Eu precisava que ela abrisse a porta e ela precisava de ouvir as minhas palavras.
Em um suspiro, pedi mais uma vez que a Safyra abrisse a porta e, em consequencia, o meu pedido não foi realizado:
'' Deixa-me explicar... Por favor. '' implorei.
De seguida, ouvi um som rouco vindo de dentro do quarto:
" Vai-te embora! "
Ao ouvir a voz de choro da Safyra, decidi que se ela não queria abrir a porta e vir até mim, então teria de ser eu a ir ter com ela.
Saí do corredor e dirigi-me até ao meu quarto. Abri a janela grande, aquela que dava-me acesso, não só ao telhado, mas também à janela do quarto de hóspedes. Pus o meu piso firme na borda da janela, agarrando-me às paredes e esforçando-me ao máximo para não olhar para baixo.
Quem me estivesse a ver neste momento, pensaria que estava a cometer suicídio. Mas não.
Apenas estava a tentar recuperar a rapariga que estava prestes a perder.
Por isso, caminhei estritamente, em biquinhos de pés, até à borda da janela do quarto da Safyra, sem olhar para baixo. Suspirei de alivio ao ver que os cortinados estavam abertos, dando-me, assim, uma vista geral do quarto, nomeadamente, dela:
Encontrava-se sentada de costas para a porta com as mãos na cabeça, provavelmente, a tentar conter as suas lágrimas... Lágrimas essas causadas por mim sem qualquer intenção.
Ao estar em frente da janela, bloqueei a entrada do Sol para dentro do seu quarto, causando uma imensa sombra que se estendia pelo chão do seu quarto.
Esta fez com que a Safyra repara-se na minha presença do outro lado da janela. Com as sobrancelhas arqueadas, ela levantou-se rapidamente e veio abrir a janela:
- Mas tu és louco, Justin?! - gritou ela. - Queres te suicidar?
- Eu precisava de chamar-te atenção.
- Ao subir numa janela que está acerca de sete metros do chão? - perguntou ela, indignada.
- Será que dá para entender o quanto eu não quero perder o que há entre nós?
- Não há nada entre nós, Justin. Não há '' nós '' nenhum. Não achas que já fizeste o suficiente?
- Tu não estás a entender. Por favor, dá-me uma chance para explicar...
- Explicar o quê? Eu vi, Justin, não há nada para explicar. Alías, eu não quero falar sobre isso!
- Não precisas de falar. Apenas ouve-me.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Undefined Love || J.B
FanfictionEra só mais uma aposta... Era só mais uma brincadeira entre o capitão de equipa de futebol da Glen View High, Justin Bieber, e os seus companheiros para com as alunas estrangeiras do novo programa de intercâmbio. Cruzando o seu caminho com Safyra...