| Game On |

191 7 0
                                    


Os corredores da escola, hoje, estavam particularmente agitados e barulhentos.

Ao caminhar até o meu cacífo, deparei-me com caras novas e corpos diferentes.

O Gaz tinha razão, porque a maioria delas deixavam-me louco só com um olhar.

Elas andavam pelos corredores como se conhecessem a escola de cor e salteado, balançando as suas ancas de um lado para o outro com uma confiança extrema.

Algumas não hesitavam em olhar para mim com os seus olhos famintos, outras piscavam-me o olho, sem vergonha, e acenavam para mim com um sorriso maroto.

Eu apenas ria, porque iria receber cém doláres, assim, num estalar de dedos.

Chegando, finalmente, perto dos rapazes, vi que eles também estavam entretidos com as raparigas novas: Quase que babavam em cima delas, se formos sinceros.

– Estás a ver o mesmo que nós?

Perguntou o Brian assim que viu-me a chegar.

– Eu disse-vos! Meus caros, miúdas estrangueiras são outro nível.

– Não são más, tenho que admitir.

Concordei, encostando-me à parede do corredor.

– Mas são muito fáceis. Nem sequer dá piada!

Confessei.

– Verdade... Qualquer um de nós pegava uma delas em segundos.

– Calma... Nem todas. Só temos que saber procurar melhor.

– Hum.

Murmurei, desviado o meu olhar para as notificações do meu telemóvel.

Após alguns momentos, senti o Gaz a bater no meu braço.

– Que foi?

– Aquela!

Suspirou o Gaz, olhando para o lado dos cacífos.

Olhei para onde ele apontou e vi-a.

Estava vestida com uma sweat preta simples acompanhada com umas legguins brancas mais umas vans pretas. O seu cabelo estava apanhado num coque pouco perfeito, deixando uma madeira de cabelo solto perto do seu ouvido.

Reparei que a rapariga estava com dificuldades a abrir o cacífo e, por acaso, eu sabia exatamente o truque para ajudá-la abrir. No entanto, fiquei mais uns segundos quieto, apreciá-la.

Assim que ela cruzou os seus olhos esverdeados com o nosso grupo que encarava-a de forma feroz, atrapalhou-se, deixando todos os livros que estavam em seus braços cairem.

O Gaz e o Brian matavam-se a rir à gargalhada enquanto que eu ria de forma discreta, vendo-a a pegar os livros e a tentar abrir novamente o seu cacífo:

– Ela é perfeita.

Concluiu o Gaz depois de se cansar de rir.

Ele tinha razão.

O seu estilo era diferente de todas as outras que tiha visto até agora.

Ela não transbordava confiança como as outras, mas sim um jeito desajeitado de fazer as coisas que dava-me gosto em observá-la:

– Ela é minha.

Falei, olhando para ela com um sorriso.

– Que a aposta comece. 

Undefined Love || J.BOnde histórias criam vida. Descubra agora