Brigas

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Sexta garrafa de cerveja em mãos. A música tocando naquele bar em que eu me encontrava só se confirmava a verdade, eu estava na fossa. Perdi a garota que lutei para conquistar e mostrar que eu era o cara para o garoto companheiro de sempre, eu tinha raiva da maldita viagem que não serviu para nada. Se passava pela minha cabeça que tudo era um plano fora armado por Bieber, ele me odiava agora eu tinha motivos para odiá-lo.

Bebi mais um gole daquele cerveja e percebendo o tão fracassado eu iria me tornar sem a minha pequena, ela pelo menos conseguiu me fazer o cara feliz, agora eu me sentia um fraco buscando por cervejas para aliviar minha dor.

Eu escutava a música cantarolando algumas partes a garrafa ainda permanecia em minhas mãos eu parecia um bêbado enquanto segurava umas lágrimas mas por conta do álcool eu não tinha como as segurá lá. Uma voz me chamou a atenção me virei olhando para aquele rosto ao meu lado e por incrível que pareça era o mesmo rosto do cara que havia me dado o conselho de correr atrás do meu amor.

- Dor de cotovelo de novo? - Ele disse dessa vez colocando o cigarro sobre o cinzeiro. O fitei com meus olhos vermelhos e acabados.

- Eu aceitaria sim como resposta se eu estivesse sido traído mesmo. - Respondi com a minha voz embargada.

- Correr atrás do amor não deu certo? - Ele perguntou rindo sem humor.

- Rindo da desgraça de um companheiro de Bebida? - Murmurei me ajeitando para não acabar caindo de cara no balcão.

- É triste ouvir sempre as mesmas historia se acostume a rir é o melhor que faz. - Ele disse e então o vi pagar sua bebida e se levantar.

Observei o cara sumir de minha vista e peguei meu celular, pensei ligar igual as comum varias vezes que liguei, mais agora não faria sentido. Peguei meu celular do bolso olhando para a,tela de bloqueio, tinha uma foto dela sorrindo. Eu não conseguia aceitar o fato que estava em um bar chorando com uma garrafa de cerveja em mãos enquanto ela eu não fazia ideia do que ela estava fazendo, talvez chorando por estar se sentindo um lixo ou talvez com o Justin se divertindo como fez na minha ausência. Corri pelo números de meu contatos parando sobre o seu, esperei chamar até o ultimo toque mas não tive respostas.

Sequei a lagrima que insistia em cair e chamei o garçom pedindo mais uma garrafa. Enquanto não chegava eu revirava meus contatos a procura de um único numero que pelo menos me ajudaria nessa hora. Eu tinha mas coisas para se preocupar não iria mais chorar por mulheres ainda mas quando uma delas ainda era criança.

- Alô. - Esperei a voz dizer.

- Sabe aquele plano que você me propôs uma vez? - Falei bebendo a cerveja que o garçom havia deixado em minha frente sobre o balcão.

- Sim, o que tem?

- Quero em ação. - Eu apenas falei bebendo a cerveja em um gole. - Mas quero os dois. - Finalizei a ligação.

Talvez eu precise encontrar um novo amor em uma garrafa de cerveja.

***

Semanas se passaram e eu ainda me sentia um monstro, poucas vezes eu tentava ficar em casa evitando olhar para Rick, mas nas primeiras semanas ele não apareceu mais na delegacia, nenhum telefonema, nenhuma mensagem, nada dele. Era como se ele estivesse evaporado do mapa. Justin sempre aparecia no inicio da noite para de dar uma força. Eu me sentia mal pelo fato de como Rick ficou arrasado.

Justin estava ao meu lado jogando um joguinho em seu celular vidrado igual uma criança. Minha mãos estavam em seu cabelo o acariciando mas com a minha mente bem longe dali.

Beggin For ThreadOnde histórias criam vida. Descubra agora