Going To Hell

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Justin permanecia ao meu lado me confortando com seus braços. Rick ainda não podia receber visitas o que me deixava ainda mais preocupada. O tic tac do relógio na parede em cima da TV indicava que já se passava das duas horas da manhã, eu estava sem sono ou talvez até lutando para ficar acordada e ir ver como Rick estava. Justin prestava atenção a um programa que passava na TV south Park sua série favorita, talvez por isso ele estava tão atento mesmo a TV estando em um volume baixo quase impossível de se ouvir. Médicos, enfermeiros passavam de um lado para o outro sem parar para me dá informação se Rick estava bem ou não. O fato de eu imaginar que ele ficaria um mês sem acordar me dava uma dor no coração, eu precisaria dele novamente, ele me deu forças, vida, me transformou na garota que nunca imaginei ser, forte. O fato de que eu poderia ficar sem seus sorrisos, mesmo estando longe me fazia sentir culpada pelo acidente, as palavras dita em sua frente eu não devia ter feito aquilo.

Afastei as lagrimas que insistiam em cair novamente e me agarrei contra o corpo do Justin que não se moveu a não ser pelo barulho dos saltos em direção a recepção, sua concentração da TV se voltou para a mulher parada no balcão de informações desesperada, chorando e gritando ao mesmo tempo. Morgana estava ali, aflita procurando por Rick. Não precisamos a chamar ela mesma nos notou ali, correndo em nossa direção e se agachando na frente de Justin perguntou:

- Cadê o Rick? - Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar e sua maquiagem borrada. Talvez não tinha dado tempo de tirar assim que chegou em casa e recebeu a noticia de Rick.

Uma pergunta se passou pela minha cabeça, aonde estava Elizabeth, Robeth, Mark e Ryan que ainda não tinham chegado? Olhei para Morgana que parecia mais preocupada que eu. Claro tinha um caso com ele, uma paixão se o perdesse seu mundo cairia junto dele.

Justin engoliu em seco buscando palavras adequadas para não deixar Morgana em um estado pior.

- Com os médicos. - Vi lágrimas cair de seu rosto e notei que precisava de forças para ouvir as outras palavras de Justin. A mesma dor que ela sentia era a mesma que a minha. - O médico nos explicou que ele teve algumas fraturas e que uma delas atingiu o cérebro, ele esta bem só que... - Lagrimas voltaram a cair de meu rosto quando ouvi novamente sobre o estado de Rick. Morgana estava se segurando e rezando ao mesmo tempo para tudo não passar de um mal entendido. Justin respirou e voltou a dizer. - Ele pode ficar em coma por um mês.

Segundos de silêncio, Morgana olhava para Justin sem respirar, sem piscar sem reação alguma. Justin a cutucou e foi como se ela tivesse se perdido em pensamentos, sonhos, gritou assustando todos ali e se jogando no chão desesperada. Justin se desfez dos seus braços sobre meu corpo e se agachou no chão de frente a Morgana. Justin parecia cansado e irônico também, cuidar das duas mulheres que eram apaixonada pelo mesmo cara era cruel.

Morgana não dizia nada, apenas sentia o abraço de Justin. Mais passos foram ouvidos dessa vez Elizabeth, Roberth, Mark e Ryan estavam ali aflitos e curiosos. Elizabeth me abraçou fazendo eu desabar em choro. Todos já sabiam do estado e do ocorrido com o Rick, mas nenhuma resposta se ele havia melhorado.

Ambos ficamos naquela sala esperando por noticias e mais passos foram ouvidos o que roubaram atenção de todos, três pessoas pararam na recepção atropelando as palavras, nervosos e procurando uma outra moça. Eu observava atenta tudo aquilo até que um médico surgiu e falou para o trio.

- Parentes de Angeline? - Todos olharam para o médico assustado e então acenaram com a cabeça.

- Sinto muito. – Foi tudo o que o médico falou fazendo todos chorar desesperado. Eu conseguia sentir a dor deles era o mesmo estado que eu estaria ouvindo se fosse Rick no lugar.

3 Semanas depois...

Eu estava nervosa. Sentada naquela mesa do Starbucks eu olhava no relógio e para a rua logo ao meu lado, eu esperava por eles, esperava para pelo menos ter uma respostas daquele papel que haviam me entregado. As horas iam se passando e meu café ia acabando junto com a paciência que eu nem queria mais. Olhei novamente para a entrada, para a rua e nada. Batuquei as mãos na mesa, abri qualquer site de notícia na internet e respirei fundo tentando manter a paciência para não se levantar e ir embora sem respostas. Quase uma hora depois ambos entram pela porta a minha procura, o nervosismo me toma conta e observo seus passos até a mim.

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