Capítulo 12

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Aquela noite havia sido maravilhosa, algumas horas depois eu havia levado Demétria de volta para casa.

Lembra quando eu disse que quem conseguisse fitar bem fundo nos olhos de Demétria, conseguiria ver sua própria alma?

Foi o que aconteceu comigo, eu estava mudado, eu estava disposto a mudar por ela, e eu estava aceitando essa mudança.

Eu estava disposto a me afastar daquele babacas que se diziam meus amigos.

Estava disposto a parar de sair para farras.

Até o cigarro, até fumar eu havia parado.

O dia seguinte séria cansativo, cansativo porque sería o dia do baile, e eu teria que correr atrás de uma roupa, porque?

Adivinhem?

O inteligente aqui, esqueceu que uma simples calça jeans e uma camisa, não eram apropriados para aquela ocasião.

Como eu havia previsto, o dia estava corrido. Eu e Demétria haviamos trocado apenas "Bom dia" .

Estava indo comprar um smoking quando me deparo com uma figura masculina na porta de entrada da minha casa.

_Filho?

Ele pronunciou.

_O que faz aqui?

Perguntei de uma maneira desagradável.

_Quer almoçar comigo?

Ele tentava puxar assunto.

_Não, estou satisfeito, obrigado.

Dei as costas caminhando até o carro.

_Não fuja de mim Wilmer!

Ele gritou.

Parei diante a porta de meu carro, me virando para fita-lo.

_Os filhos se espelham nos pais, estou fazendo exatamente o que você fez comigo pai.

Adentrei o carro, tirando o mesmo dali deixando meu pai sozinho no jardim, plantado.

Dirigi até uma loja, eu precisava de algo para usar essa noite.

Comprei meu smoking, e voltei para o carro, quando pensei em girar as chaves na ignição, recebi um whatsapp de Demi.

"Poderia vir aqui? Escrevi uma música e queria que você escutasse".

Más que pergunta boba, claro que eu poderia.

"Em cinco minutos estarei ai nena".

Falei jogando o celular no banco do carona, dirigindo até sua casa, Demétria não me esperava do lado de fora como o de costume, desci do carro caminhando até sua porta, apertando a campainha, vendo a mesma abrir.

_Obrigada por vir.

Ela falava com um sorriso nos lábios.

_Não precisa agradecer.

Falei selando nossos lábios.

_Vamos, entre.

Ela falou dando espaço para que eu entrasse em sua casa, Dianna escrevia alguns sermões em sua mesinha ao canto da sala.

_Bom dia Senhora.

_Olá Valderrama.

Ela falou tirando seus óculos me cumprimentando. Eu estava orgulhoso de mim, Dianna realmente gostava de mim agora.

_Wilmer, venha até aqui.

Demétria falou sentada em um piano no outro canto da sala, fazendo com que eu assentisse.

_Se precisarem de mim, estarei aqui.

Dianna falou, deixando com que eu fosse até Demétria.

Demi começou a tocar os primeiros acordes, enquanto eu me sentava no sofá e ouvia atentamente.

"Existe uma música dentro da minha alma
É aquela que eu tentei escrever uma e outra vez
Estou acordada nesse frio infinito
Mas você canta para mim uma vez, e outra vez e de novo.

Ela começou cantando, sua voz estava linda.

Então eu abaixo minha cabeça
E eu levanto as minhas mãos e oro para ser só sua
Eu oro para ser só sua
Eu sei que você é minha única esperança.

Incrível como ela era boa em tudo o que fazia, incrível, realmente parecia que Deus sempre estava com ela fazendo com que ela fosse abençoada em tudo o que fazia.

Canta pra mim a canção das estrelas
Da sua galaxia dançando e rindo e rindo de novo
Quando parece que os meus sonhos estão tão distantes
Canta pra mim os planos que você tem pra mim outra vez

Então eu abaixo minha cabeça
E eu levanto as minhas mãos e oro para ser só sua
Eu oro para ser só sua
Eu sei que você é minha única esperança

As vezes me pergunto, sempre me perguntava isso, principalmente depois que vi que ela me amava, e após ouvir a canção.

Será que eu era um pedido dela, um pedido que a mesma fez a Deus? Aquilo entre nós era inexplicável.

Eu te dou o meu destino
Estou te dando tudo de mim
Eu quero sua sinfonia
Cantando tudo o que eu sou
Com todo o meu folêgo
Estou devolvendo

Então eu abaixo minha cabeça
E eu levanto as minhas mãos e oro para ser só sua
Eu oro para ser só sua
Eu sei que você é minha única esperança

Demétria acabou a música encerrando os acordes no piano, ela se levantou fazendo com que eu me aproximasse dela, colei nossas testas sussurando.

_Eu te amo tanto nena, acredite.

Dianna ao longe nos olhava com pena, eu realmente via pena em seu olhar, más eu preferi afastar esse pensamento, eu a amava e isso bastava.



Eu Sempre Lembrarei (Dilmer)Onde histórias criam vida. Descubra agora