Capítulo 20

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"Agora eu era o rei, era o Bedell e era também juiz, e pela minha lei a gente era obrigado a ser feliz, e você era a princesa que eu fiz coroar era tão linda de se admirar e andava nua pelo meu país. Não, não fuja não, finja que agora eu era seu brinquedo, eu era o seu pião... Vem me de a mão a gente agora já não tinha medo, no tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido, agora era fatal que o faz de conta terminasse assim, pra lá desse quintal era uma noite que não tem mais fim, e você sumia sempre sem me avisar agora eu era um louco a me perguntar 'o que a vida vai fazer de mim'". João e Maria - Chico Buarque

Após aquele dia no hospital a proposta que Demétria havia me feito martelava em minha cabeça. Eu a amava o suficiente para fazer isso, más só de pensar que ela não viveria por muito tempo convivendo essa sensação fazia eu me sentir mal, mal por não podermos ser como os outros casais.

Eu havia comentado com minha mãe sobre o assunto e a mesma disse "irei apoiar vocês diante de qualquer decisão, e eu adoraria ser avó".

Fiquei feliz por saber que ela me apoiava, fiquei extremamente feliz. A mãe de Demétria também nos apoiou, talvez porque sua filha estava a beira da morte e queria realizar esse sonho.

Haviam passado quatro dias desde aquela conversa e eu também comecei a visitar um orfanato, minha rotina se resumia em, casa, hospital, orfanato. Eu estava vendo do que eu precisava, do que precisavamos para fazer a adoção. De início a diretora do orfanato cogitou em recusar, más quando Dianna foi comigo ela acabou mudando de ideia. Todos ali conheciam a família Lovato, e os adorava.

Naquele dia resolvi ir ao hospital para dar a notícia a Demi, más me assustei ao ver que a mesma estava recebendo alta.

_O que aconteceu?

Perguntei preocupado.

_Willy, agradeça seu pai por mim.

Ela falou feliz com aquele sorriso lindo nos lábios.

_Como assim?

Perguntei não entendendo fazendo Dianna me responder.

_Ele pagou o tratamento dela em casa, e pelo hospital particular, ele está te procurando.

Dianna e Demétria sairam me deixando para trás. Meu pai?

Meu pai havia pago um tratamento para minha namorada para que ela pudesse ficar em casa. Eu realmente sorri.

Peguei o carro dirigindo até sua cidade, não era muito longe como eu disse, ficava meia hora da Califórnia. Eu estava honrado a ele por ter feito tal ato. Eu era grato a isso.

Estacionei o carro na frente de sua casa tocando a campainha, ainda era de dia. Logo ele abriu a porta me abraçando forte.

_Obrigado.

Eu falei chorando em seu ombro.
_Não precisa agradecer, eu disse que não podia ajudar daquele jeito.

Meu pai me abraçou forte absorvendo minha dor.

_Me perdoe.

Falei ainda abraçando ele, que retribuiu em um abraço acolhedor.

_Não tenho o que perdoar filho, eu que peço perdão.

Ficamos ali abraçados por um tempo, até eu falar.

_Quero me casar com ela pai, eu a amo e quero realizar esse sonho.

Meu pai sorriu sincero.

_Siga seu coração filho, aproveite e faça tudo que ele está te pedindo.

Abracei meu pai novamente.

_E eu irei, irei aproveitar cada momento, cada segundo.

_Como ela está?

Meu pai perguntou.

_Feliz por estar em casa e disse que é muito grata à você por ter feito isso por ela, nunca a vi assim.

_Eu sou grato a ela por você estar mudado.

Meu pai falou.

_Obrigado pai, de verdade.

_Me avise quando marcar o dia do casamento, estarei lá.

Ele falou com a mão em meu ombro.

_Será o primeiro.

Falei o abraçando e me despedindo dele. Eu estava disposto, estava pronto para pedi-la em casamento. Eu já havia pego seu anel, ela dizia que queria usar o anel de noivado da mãe se um dia fosse pedida em casamento. Dianna havia me dado o mesmo, e por incrível que pareça era lindo, simples, porém lindo.

Hoje seria o grande dia, o dia que eu saberia se ela aceitaria ser a senhora Valderrama. Eu estava nervoso, más eu queria isso.

Voltei para California, tomei um banho demorado e me vesti. Eu iria a casa de Demétria, peguei um buque de Lírios, era sua flor predileta, e dirigi até sua casa.

Dianna estava ocupada fazendo algum sermão para a igreja, apenas a cumprimentei e subi até o quarto de Demi.

_Oi meu amor.

Falei com o buque nas costas.

_Willy!

Ela falou sorrindo, estava deitada em sua cama.

Me aproximei dela selando nossos lábios, a felicidade dela era explícita o que me alegrou também.

_O que esta escondendo?

Ela perguntou curiosa. Tirei o buque de tras das costas a entregando.

_Poxa Willy, que lindas, obrigada.

_Por nada nena.

_Foi ver seu pai?

Ela falou mexendo nas flores.

_Sim, ele ficou feliz por saber que você estava feliz.

Demétria sorriu.

_Nunca me senti tão feliz.

Me sentei em sua cama a fitando.

_Eu e sua mãe estamos indo ao orfanato, visitar as crianças.

Demi sorriu sincera feliz com a notícia.

_Gostaria de ir com vocês um dia desses.

Segurei sua mão.

_Iremos amanhã, quer ir?

Ela se animou.

_Claro.

Sorriu.

Ficamos em silêncio nos fitando, selei nossos lábios novamente. Agora eu estava sentado ao seu lado e ela estava deitada sobre meu peito, beijei sua testa.

_Você me ama?

Perguntei, vendo ela concordar com um sorriso.

_Muito.

Ela proferiu.

_O bastante para casar comigo?

Demétria na hora se levantou de meu peito me olhando surpresa.

_Willy...

Falou.

_Demétria Devonne Lovato, aceita se casar comigo?

Falei me ajoelhando, Demi levou as mãos na boca,  seus olhos tinham um brilho intenso e um imenso sorriso surgiu em seus lábios.

_Sim, sim, sim. Mil vezes sim.

Ela falou.

Tirei o anel de meu bolso colocando em seu dedo.

_Eu te amo.

Ela falou.

_Amo você nena.

Ficamos ali deitados, conversando sobre o casamento e a adoção.  Estávamos felizes, eu a amava demais e eu me sentia o homem mais completo do mundo, eu a teria ao meu lado, minha Demi.

Hey, espero que estejam gostando *-* obrigado por tudo.

Eu Sempre Lembrarei (Dilmer)Onde histórias criam vida. Descubra agora