Meu Grande Amor.

Capitulo 1

Isa na foto.

- O que temos sobre ela ? - Pergunto para JP que esta parado na minha frente.

- Bom... - Ele olha uns papeis que estão na sua frente. - Ruiva, olhos verdes, magra, pele branca, 19 anos... Veio para cá cursar medicina. Uau medica. - Ele sorri malicioso e eu reviro os olhos. - Enfim, poucas coisas, a garota estudou em colegios particulares a vida toda. Tirava so notas altas, e é filha do dono de uns dos maiores morro do Brasil. Coisas simples sabe. - ele me olha inocente.

- Vou da um tiro na sua cara.

- Credo. Que agressividade homem. - Sorrio de lado e volto a olhar meu computador. - Ela chega esse final de semana.

- Que dia ? - Pergunto ainda olhando meu computador.

- Sabado, mais ou menos as 14hrs da tarde.

- Ótimo. - olho pra ele serio.

- Tem certeza que nao quer ver nenhuma foto dela ?

Respiro fundo e estico a mão. Vejo a foto e noto como essa tal de Isadora Oliveira é bonita.

***

Chego em casa cansado, vou para o quarto pronto pra um banho.

A agua cai e meus pensamentos vão em memorias felizes, mas que evito ja que todas são com meu pai.

A dor ainda esta aqui, menor claro mas, esta. Acho que nunca superamos de fato a morte de nossos pais. Ainda mais sabendo a forma que foi essa morte. 

Meu pai era uma cara tão bom, tão honesto. Lembro da época que ele me ensinou a andar de bicicleta. Eu era um desastre, mas mesmo assim ele não desistiu. Disse que desistência era para os fracos. Lembro da forma que ele sorria sempre que eu chegava da escola. Da forma que ele me abracava, eu me sentia tão seguro, naqueles momentos eu sabia que nada poderia me abalar. Eu sabia que meu herói estaria pra mim.

Então veio a noticia.

- Seu pai esta morto. Foi baleado no morro do alemão. Bala perdida.

Meu mundo caiu. A dor era tão forte que eu nem me importei por chorar na frente da minha mãe, e amigos do meu pai.

Ele era corretor. O que merda ele estava fazendo no morro ?

Deixei minha mãe me abraçar e chorei. Chorei por que sabia que nunca mais veria meu pai. Eu era apenas uma criança de 14 anos, porra!

Por um momento eu pensei em agir como homem e cuidar da minha mãe, mas no mesmo instante, desistir. Eu poderia estar sendo egoísta, mas meu Deus, eu tinha acabado de perder meu pai.

As lagrimas foram caindo. Os soluços diminuindo. E a dor sendo empurrada pra dentro, dando espaço ao ódio. A vingança.

Eu iria vingar meu pai. Não sabia como, ou nem por onde começar mas eu teria minha vingança. Custe o tempo que for.

***

Deito na minha cama somente de cueca. Estava pegando no sono quando escuto meu celular vibrar. Minha vontade era mandar a pessoa ir pros quintos do inferno, mas poderia ser importante, entao peguei o celular e vejo uma mensagem.

Abro e tenho vontade de joga o celular na parede.

Oi amor. Estou com saudade. Oque acha de vir aqui em casa e fazer uma festinha comigo ? Sei que voce vai adorar. - Beijinhos Paloma :*

Normalmente eu iria, mas estou cansado demais pra aturar a vadia da Paloma.

To afim nao. '-'

Coloco o celular no silencioso e volto a me deitar. A amanha é um novo dia.

***

- Bom dia Andre. - JP entra na minha sala sorrindo. Levanto uma sobrancelha e o encaro. - Loira e morena, ontem, de uma vez. - ele sorri malicioso e eu jogo a cabeça pra tras gargalhando.

- Que sorte em seu filha da puta. To precisando tambem. - Coloco as maos atras da cabeça e o olho serio. - E a garota ?

- Bem. - ele se senta na cadeira a minha frente. - Mandei um dos nossos ficar de olho. No mais, tudo normal. Amanha ela chega as 14hrs em ponto, vai direto pra casa da tia, ja temos o endereço, e de la ficamos de plantão ate ver o horario que ela vai sair.

Estreito os olhos e o encaro.

- Como sabe que a menina vai sair ? Bola de cristal ?

- Ela tem 19 anos, esta no Rio, praia, sol, conhecer pessoas. - ele fala como se fosse obvio. - Ela é jovem, obvio q vai querer sair pra pelo menos ir a praia idiota. - Ele revira os olhos

- Se não fosse crime eu atiraria na sua cara por me chamar de idiota. - Falo com uma cara seria.

Ele joga a cabeça a tras e gargalha, enquanto isso eu continua o encarando com cara de paisagem.

Se ele nao fosse meu melhor amigo, eu mataria ele.

- PJ sai daqui e vai cuida desse assunto logo. - Falo serio, e ele tenta segura a risada, filho da puta , reviro os olhos. - Me mantenha informado, cada passo dela. Assim que ela sair amanha, me manda mensagem, quero me encontrar pessoalmente com ela. - Apoio os cotovelos na mesa e fico pensando.

PJ já acabou com seu ataque de idiotice e está me olhando.

- Porquê voce nao invade o alemão e prende ele logo ? Pra que tudo isso André ?

O encaro com caria de tédio.

- Otima ideia. Vamos cada um pegar um fuzil e entrar num morro gigante igual o Alemão pra pegar o dono dele. Idiota. Eu preciso da menina. Alem do mais ela pode ser util no final.

- Voce vai usa a menina ?

- Eu ja to usando. Mas se eu precisar, vou usa-la pra ter o que eu quero. De uma forma que envolta bastante sangue.

***

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