• Short time to live •

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- Justin On -

Dirigia em alta velocidade e via Selena cravar suas unhas no banco do meu carro mais caro.

—Para com isso. —Disse fitando ela rapidamente.

—Isso o que?. —Ela perguntou e via medo em seus olhos.

—Você vai estragar o banco do meu carro porra!. —Alterei o tom de voz.

—Então pare de correr feito um louco com esse carro. —Ela disse se encolhendo no banco do carro.

Não demorou muito e eu estacionei o carro em frente a casa do pai dela. Descemos e ela foi para dentro da casa e eu fui falar com um dos meus seguranças que ficavam por ali.

—Como está as coisas por aqui?. —Perguntei para Victor.

—Normal, o velho nem de casa saí. —Ele disse e eu assenti.

—Não tire os olhos dele.

—Sim senhor. —Ele disse e eu voltei para perto do carro.

Peguei um cigarro e quando fui acender ouvi os gritos de Selena.

—JUSTIN POR FAVOR ME AJUDA! ME AJUDA!. —Ela gritava desesperada.

Corri para dentro da casa e quando cheguei na cozinha vi ela segurando a cabeça do seu pai apoiada em seu colo, ele estava desmaiado.

—Justin ele não pode morrer... —Ela disse chorando.

—Não... Vou chamar Victor, eu não posso te acompanhar até o hospital.

—Por que?

— Sou um bandido... Lembra?. —Selena não disse nada e continuou a chorar feito uma criança.

Chamei Victor rapidamente e colocamos o velho no carro. Selena foi com Victor para o hospital e eu fiquei na casa sem saber o que fazer. Revirei todas as gavetas da mesa daquela sala e achei um envelope do pai de Selena. Exame do hospital. Abri o envelope que não estava mais lacrado e li.

"Pouco tempo de vida"

Estava escrito na última linha daquele papel.


- Selena On -

—Por favor eu preciso saber como meu pai está. —Perguntei assim que o médico entrou na sala de espera.

—Você é o que do Senhor Stefan?. —O médico perguntou.

—Sou... Sou filha dele. —Disse e engoli a seco.

—Me acompanhe por favor. —O médico disse e eu assenti.

Andamos pelo corredor do hospital e entramos numa sala.

—Sente-se Senhorita....

—Selena Gomez. —Disse e ele assentiu.

Me sentei na cadeira de frente para ele e vi ele mexer em alguns papéis.

—Meu pai vai ficar bem... Não vai?. —Perguntei quebrando o silêncio.

—Eu sou o Doutor Yan, não sei se o médico anterior dele avisou, mas ele entrou de férias. —O doutor disse e eu neguei com a cabeça. —Então... O seu pai parou de fazer o tratamento...

—Como assim? Não... Não pode ser ele não me disse isso. —Disse rapidamente.

—Se acalme Senhorita Gomez. —O médico pediu e eu respirei fundo para não xingar ele.

—Isso tem quanto tempo?. —Perguntei e ele me entregou alguns papéis.

—Mais de um mês...

—Assim que eu parei de acompanhar ele... Quando eu sofri um acidente. —Disse olhando todos os exames.

—O pior foi que o câncer de espalhou mais ainda e seu pai...

Eu já não escutava mais nada do que o médico dizia, eu só conseguia ouvir o meu choro disparado. Meu choro de dor. E isso tudo era culpa minha. Minha.

Eu queria me matar, mas do que adiantaria? Nada.

—Senhorita Gomez... Seu pai tem no máximo um à dois meses. —O Doutor disse.

Aquelas palavras foram como se eu tivesse levado uma surra ou ter levado facadas pelo corpo.

A dor me invadia de forma incapaz de fazer eu me acalmar.

—Eu quero ver ele. —Disse e o Doutor me guiou até o quarto. —Por que você fez isso? Por que você tá fazendo isso com a gente papai?. —Sussurrei segurando a mão dele.

Sua pele estava gelada, pálida, seus cabelos haviam caído tudo, seus lábios estavam secos e ele mau conseguia respirar.

—Eu te amo tanto... —Sussurrei deitando minha cabeça no colo dele. —Você não pode me deixar. —Disse e senti a mão dele na minha cabeça.

—As pessoas não são eternas, pequena. —Ele sussurrou com a voz falha.





• Revisão 18/04/2016 • 

The Possessive For Girl || JELENAOnde histórias criam vida. Descubra agora