XIII - ... Eu não matei não...
─ Quem está falando?
─ É Marcola, Mariquinha... Tô num sufoco sem fim precisando de ajuda sua, mana.
─ Mas você é muito descarado mesmo heim... Fez a sujeira lá em Goiás e agora vem me pedir socorro. Sou soldado da Polícia Militar do Acre e não posso me enrolar com estas latadas suas. Posso até perder o meu emprego.
─ Olha mana, eu não fiz aquilo não. Posso ser meio doido tendo enrolado com a Maricota, tomando-a do marido, mas nunca iria matá-la e nem o filho. Ela era muito legal comigo e eu trabalhava apenas para ganhar algum dinheiro a mais. As despesas da casa eram todas dela.
─ Quem matou então?
─ Não sei, quando cheguei em casa encontrei aquela desgraceira pronta. Como eu estava na farra, tratei de ir embora, pois sabia das sobras serem postas na minha conta.
─ Não posso falar muito agora, pois devo chegar ao quartel até às oito horas para render a parada. Hoje estou de plantão no corpo da guarda, mas afinal o que você esta querendo?
─ À noite eu te ligo. Vou precisar de algum dinheiro para ir embora para Rio Branco. Se continuar por aqui corro até risco de vida.
─ Esta bem eu aguardo seu telefonema.
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macumba - o terreiro da morte
Acción04 NOITE MACABRA Uma história envolvente narrando dois assassinatos ocorridos logo após uma sessão de macumbaria num terreiro de macumba. O pretenso pai de santo Grampola, se envolve com um homossexual enrustido e arrasta seu...