Capítulo 28

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Cante para mim

— Foi um acidente Dixon — eu tentava acalma-lo.

Tínhamos acabado de chegar à mansão. Depois do "show" na festa Andrieske, ele insistiu em voltar para casa. Greice e Demitri não voltariam com a gente, iam leva Karl e James para ver a avó e aproveitariam para passar a noite lá. Steve voltaria quando a festa acabasse.

Só estaria Dixon e eu por longas horas.

Dixon parou de frente para a porta, mas não abriu. Virou-se para mim seus olhos percorreram por todo o meu rosto e então ele suspirou.

— Ally, eu não quero ser possessivo, mas ele estava dando em cima de você. E pior passando a mão em uma dama.

— Por que se importa? — eu sabia o porquê, mas ele precisava dizer com sua própria boca.

Ele sorriu minimamente.

— Você é insistente. Não sou um homem romântico como as mulheres esperam que eu seja. Isso é difícil pra mim, mas eu estou tentando por que estou apaixonado por você Ally Backer.

— Apaixonado por mim — foi inevitável não repetir suas palavras. A sensação dentro de mim eu não poderia colocar em palavras.

— Não foi assim que eu planejei revelar os meus sentimentos. Você merece muito mais que uma simples declaração, Ally — ele levou suas mãos até o meu rosto. — Você ouviu o que eu disse enquanto fingia dormir.

— Eu não queria pensar que fosse só um sonho.

— Não é um sonho.

A intensidade no olhar de Dixon enquanto ele aproximava seu rosto do meu me deixava nervosa e ansiosa. Por mais que eu já tenha o beijado outras vezes, a sensação não se comparava com a que eu sentia no momento. Agora eu sabia que Dixon compartilhava do mesmo sentimento que eu.

Senti a maciez de seus lábios juntos aos meus em movimentos lentos. Entrelacei meus braços em seu pescoço, permitindo que ele me apertasse mais ao seu corpo. Depois de alguns minutos grudada ao mafioso, ele se distanciou minimamente para olhar para mim.

— Está disposta a iniciar uma nova jornada ao meu lado? — ele perguntou.

— Uma pergunta difícil de recusar — respondi.

— Vou cuidar de você, Ally. É uma promessa.

Uma promessa. Meus olhos lacrimejaram levemente, lembrando-me do sonho que tive com Solange. Ao contrário do que ela disse, Dixon não era dela. Era meu.

— Eu sei que vai — sussurrei.

Dixon se afastou abrindo a porta, dando passagem para que eu entrasse primeiro.

— Não quero apressar as coisas — ele disse, olhando para a escada. — Eu vou deixar você na porta do seu quarto.

Na porta do meu quarto Dixon não soltou a minha mão, e quando o fez me surpreendi quando ele agarrou fortemente e permaneceu segurando por alguns segundos. Chamei por seu nome, e percebi que Dixon estava perdido em seus pensamentos.

Quando ele percebeu sua atitude se desculpou, sem necessidade e me abraço fortemente. Era quase a mesma coisa que aconteceu na primeira noite que comemos torta juntos. No entanto, havia algo de diferente, eu não sabia dizer, mas era algo que parecia o assustar.

Sem que eu tivesse tempo de perguntar ele beijou meus lábios levemente e se distanciou. Sua atitude foi estranha. Muito estranha.

Entrei em meu quarto e sentei na beirada da cama, reprisando tudo desde o início do dia. O dia tinha sido surpreendente, por alguns segundos achei que não teria nada com o que me surpreender.

Verdadeiro Sequestro, uma história de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora