Decisão antecipada
— Qual o nome dele? — Dixon indagou.
— Como ele tem apenas semanas de vida, esperamos que antes dele completar dois meses uma família venha adota-lo e dar um nome para ele carregar para o resto da vida — Antonella explicou. Ela olhava o pequeno com ternura. — Sasha pegue uma toalhinha para ele, por favor.
— Sim, senhora. — Sasha se retirou.
A criança já estava mais quieta nos braços do Dixon.
— Eu já vi artigos sobre os Wisentheiner — começou Antonella. Olhei para ela surpresa. Pra mim era estranho alguém conhecer Dixon, tinha me acostumado com ele mais mafioso do que um homem com imagem pública. — Não costumo estar por dentro das coisas do mundo lá fora, ou vendo televisão, mas um artigo a respeito de uma ajuda que vocês deram a uns moradores de rua.
Eu não sabia. Dixon sorriu minimante para Antonella que mudou de assunto.
— E vocês? Não pretendem ter filhos?
— Por enquanto estamos pensando — olhei espantada para Dixon que respondeu sem pensar... Ou pensou?
Eu fiquei calada. Se começássemos uma conversa sobre filhos na frente de uma freira, não seria nada bacana. Não por que eu não queria, mas porque eu não sabia exatamente como estava pensando.
— Com licença. — Sasha voltou com a mamadeira e um pequeno lencinho e entregou nas mãos de Dixon.
— Muito obrigado, senhorita — agradeceu Dixon, antes de se afastar. — Que nome acha que combina com ele, meu bem?
Uma pergunta curiosa. Olhei novamente para criança agora sendo alimentada.
Um nome...
— Noah. Ele tem cara de Noah — respondi. Eu gostava desse nome em particular.
— É um belo nome. Ele tem mesmo cara de Noah — concordou Sasha.
— Sem dúvida — afirmou Dixon. — Você escolheu um nome masculino, meu bem, e estou de acordo com sua escolha maravilhosa. Agora para uma garota, eu escolheria Alicia.
A garotinha do parque tinha deixado uma boa impressão em Dixon.
— Adorei o nome. E quando ela crescer seu nome com certeza ganhará uma abreviação que será igual ao meu, Ally.
Dixon sorriu com minhas palavras.
— Ou Sia. Você é a única Ally para mim. Não posso ter duas Ally's sob o mesmo teto.
Eu não queria, mas sorri. Voltei minha atenção para Sasha que fazia o mesmo: sorria para Dixon e eu, enquanto conversávamos. Eu estava preste a fazer algumas perguntas sobre o orfanato quando Antonella a chamou para conversarem em particular.
As duas conversavam no corredor, e não pude deixar de observar as expressões que Sasha fazia ao que ouvia as palavras de Antonella. Não parecia ser nada bom, e nem uma bronca. Pela expressão de ambas, era muito pior.
— Será que está tudo bem? — sussurrei para Dixon.
— O quê? — Ele não estava prestando atenção. Noah — o chamarei assim em meus pensamentos — ganhara total atenção de Dixon.
— Sasha e Melissa parecem estar com alguns probleminhas. Seria indelicado de minha parte ir perguntar?
— Você é uma mulher com as melhores intenções, Ally. Não se achane, meu bem.
Sorri. Dixon rapidamente aproximou seus lábios dos meus.
— Noah ganhou totalmente a sua atenção — eu disse, assim que desgrudei meus lábios dos deles e me levantei.
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Verdadeiro Sequestro, uma história de Amor
Romance"Passei tempo suficiente para me apaixonar por você" Se apaixonar por heróis é tão estressante para Ally Backer, uma jovem de vinte e três anos, que em toda sua vida, foi apaixonada por vilões. Desde pequena acreditou secretamente em uma organizaçã...