Uma manhã maravilhosa.
Uma tarde inesperada.
— Não vai pegar alguns chocolates para elas?
Olhei para Dixon, pensativa. Não sabia se as freiras iriam gostar de levar doces.
— Sabe que isso pode fazer as crianças se acostumarem, não é?
— Me encarregarei de comprar todo o mês. As freiras saberão como lidar com a situação.
— A parte mais difícil — murmurei. — Então, vamos lá.
No caixa o que não faltou foi olhares direcionados à Dixon e suspiros o vendo com Noah nos braços enquanto me ajudava a tirar as compras do carrinho. Algumas cochichavam sobre conhecê-lo e não saberem nada de um filho.
— Podemos passar em uma loja e comprar uma cadeirinha para colocar no carro. — Dixon comentou. Ele queria mesmo adotar Noah.
— Podemos conversar sobre isso no caminho.
Dixon ficou me olhando por alguns segundos, depois deu meia volta e entrou no carro.
— Ally — ele virou-se para trás —, sei que estamos no inicio de um relacionamento e eu querendo adotar Noah... Pode ser rápido demais pra você. Contudo, posso esperar que você esteja mesmo pronta.
— Não, não é isso! Temos que saber exatamente como funciona uma adoção. Pelo que sei, mesmo que eles achem que sejamos pais maravilhosos, precisaremos ficar na fila de espera.
— Ninguém foi adotar uma criança naquele orfanato. Por que apareceria alguém agora? Entendo o que está tentando dizer, meu bem.
— Vamos primeiro conversar com a Sasha e depois compramos a cadeirinha, tudo bem?
Dixon concordou a contragosto.
Eu sabia que ele estava empolgado e fiquei mal por ter que alertá-lo das regras de um orfanato. As crianças só são permitidas após uma avaliação com o casal. O caminho de volta foi em completo silêncio, eu até poderia incitar uma conversa, mas Dixon encarava a avenida parecendo perdido em pensamentos até chegarmos de volta ao orfanato.
— Eu vou só pegar as compras e te encontro lá dentro. — Dixon não olhou em meus olhos.
— Então vou espera-lo lá dentro.
— Oh, vocês estão de volta! — Sasha exclamou sorrindo abertamente. — Ele deu trabalho?
— Nenhum pouco. Vou coloca-lo em seu quarto.
— Claro. Vou ajudar o senhor Wisentheiner.
— As coisas estão um pouco pesadas. Chamarei os irmãos dele para ajudar.
— Ah, não. Eu posso fazer isso — insistiu.
Sorri. Deixei Noah em seu bercinho e fui atrás de Greice no parquinho atrás do orfanato. A encontrei no meio de alguns brinquedos enquanto ria com uma garotinha de cabelos louros. Os rapazes do outro lado ensinava alguma coisa para os garotinhos que só piscavam por que era necessário.
Eles estavam aprontando alguma.
— Louis!
Ele levantou-se seguido por Demitri e Steve.
— Não se esqueçam, as mulheres são diferentes. Isso requer cantadas diferentes — ouvi Steve dizer antes de se aproximar. — Irmãzinha, que bom que está de volta.
— Que tipo de cantada ensinou a eles? — eu quis saber. Os olhos daqueles pequeninos cintilavam.
— As de um verdadeiro homem. — Steve sorriu malicioso. — Mas, não se preocupe. Também os ensinamos a serem responsáveis.
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Verdadeiro Sequestro, uma história de Amor
Romance"Passei tempo suficiente para me apaixonar por você" Se apaixonar por heróis é tão estressante para Ally Backer, uma jovem de vinte e três anos, que em toda sua vida, foi apaixonada por vilões. Desde pequena acreditou secretamente em uma organizaçã...