Capítulo 2

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* Rafael aí em cima, todo mundo já sabe, mas o que custa falar né?*

Eu ainda não acredito que meus pais morreram, queria estar morta também, acho que eu não ia sofrer tanto, mas tudo bem, talvez passe, e fique só as lembranças, como o médico disse.
- Henry querida! - parece que eu conheço essa voz, é a minha tia! Abro os olhos calmamente, já era outro dia.
- Quanto tempo tia! Parece que você não mudou nada nesses 7 anos, estava com saudades! - dizia meio alegre, pois eu gostava muito dela.
- Mas agora você vai morar comigo, mas eu não sei por que, mas de qualquer forma, é ótimo!E, cadê seus pais?
- Você não sabe? Por que não contou a ela doutor? - disse indignada, mas ela deve ficar bem triste, era a irmã dela.
- Senhora, lamento te dizer isso, mas a sua irmã e o seu cunhado, morreram, foi um acidente bem grave, sua sobrinha teve sorte. - o doutor disse, evitando olhar pra ela.
Pra mim ela ia chorar, que nem eu, que estava quase chorando, mas ela, parou, abaixou a cabeça, mas logo levantou, ela deve ter ficado sem reação.
- É, ela já está com alta doutor? - falou fria, a minha tia.
- Está sim, ela melhorou muito rápido.
- Graças a Deus, odeio hospitais! - disse secando as minhas lágrimas, posso dizer que, que estou prometendo a mim mesma, eu não vou chorar mais, meus pais estão em um lugar bom, descansando em paz.
Já estava saindo do Espírito Santo, para Carazinho, o avião agora estava, acho que em São Paulo, não sei por qual caminho ele está passando, olho pro lado e vejo minha querida tia, olhando pra janela, e chorando baixinho, ela gosta de sofrer em silêncio, chega disso!
- Tia? - pergunto
- Fale querida - da pra perceber na voz dela que ela está chorando, mas evito perguntar.
- Como está meu primo? Ele está bem?
- É um garoto bom, ele está bem sim, mas é um escandaloso.- quando ela fala isso eu rio, eu sei que desde seus 11 anos, a última vês que o vi, ele já era meio, que, chamava a atenção de todo mundo, com seus escândalos, isso já tem 7 anos.
- Qual é o nome dele mesmo? - digo
- Rafael, tinha se esquecido? Ele continua bem parecido o com você, mas não tanto, só a pele, e os olhos, ah! E tudo! - ela fala e nós rimos.
- Deve estar lindo! Já que é a minha versão masculina . - digo convincente e começamos a rir.
- Só você Henry, mas ele realmente está lindo, que nem você.
- Obrigada tia, estou com sono, vou dormir um pouco, Okay?
- Durma mesmo.

Uma garota, que aparentava 10 anos de idade, com um vestido branco nem rodado, e seus cabelos ondulados brancos batendo no chão, seus olhos eram todos pretos, ela era linda, mas me assustei.
- Q-quem é v-você? - digo
- Sua consciência - ela diz e sua voz soa tão fino e suave, quase que me encanto.
- Como assim a minha consciência? Como v-você sabe o meu nome?- digo assustada.
- Vamos logo ao assunto, você realmente não se lembra, as coincidências, que são mais destino, você não se lembra Henry?
- Não me lembro do quê? - estou mais assustada ainda, minha consciência, do que que eu não me lembro?
- Você vai saber, você vai saber Henry, uma sorte na sua vida, muito grande, mas olha só o que foi preciso pra isso acontecer, um grande azar, um grande azar, tchau Henry, até logo...
Acordo assustada, que sonho foi esse, que garota foi aquela, o que ela quis dizer?
- Que bom que acordou querida, dormiu bastante, estamos chegando!
- Que bom!- digo alegre
- Lembra do quarto que você tinha quando ficou um ano lá? você tinha 7 anos. - Ela diz, aquele quarto era gigante.
- Lembro sim tia, por quê? - pergunto
- Você ainda gosta de rosa Henry ?
- Gosto sim, ainda mais na decoração.
- Ele continua o mesmo, só dei uma reforminha, tudo bem?
- Claro tia.

P.O.V Rafa

Eu tinha que esperar minha mãe e minha prima que não vejo a 7 anos no aeroporto, elas não chegam nunca, por uma razão Henriquetta, ou melhor, Henry, vai morar lá em casa, espero que ela continue sendo legal como a 7 anos atrás, perdemos contato.
- Rafael! - olho pro lado e vejo a minha mãe vindo correndo em minha direção, abraço ela e olho pra minha prima, ela está paralisada, vou até ela, ela continua linda, mas éramos mais parecidos.
- Henry! Quanto tempo! Tudo bem? - digo educadamente.
- Ra-rafael? Ou melhor dizendo, CellBit? - ela diz.
- Sou seu primo, não lembra de mim? - digo enquanto ela continua paralisada. - Tudo bem? Henry, por que está assim?
- O CellBit é meu primo? Como não fui refazer as coincidências, você tinha o mesmo sobrenome, parecido comigo, o nome Rafael me fazia lembrar alguém, mas é claro, você é meu primo, o CellBit é meu primo!
- Você não se lembrava de mim, mas assistia meus videos no canal, não é? - digo percebendo que ela era praticamente minha fã.
- Eu ainda assisto, sou sua fã, eu sou fã do meu primo! - estava certo.
- fassa o seguinte, você é apenas minha prima, e eu sou seu primo, apenas isso, nada de fã, nem nada okay?
Eu realmente odeio quando falam que eu tenho fãs, não são fãs, são só um público retardado e doente que nem eu que gosta de assistir vídeos mais retardados ainda.
- O-okay então rafa, já faz 7 anos, eramos mais parecidos. - realmente, ela era minha versão feminina.
- Não tanto, apenas crescemos, acontece. Agora me dá um abraço, pena que perdemos contato! - nos abraçamos forte, nós eramos muito amigos, e primos. - agora, me responda uma coisa, por que você vai morar aqui?

P.O.V Henry

O CellBit era o meu primo! Que legal!

- Agora, me responda uma coisa, por que você vai morar aqui?- Jura que ele tinha que perguntar isso! É quase impossível não chorar sabendo que seus pais morreram, eu começo a chorar, chorar muito.
- O que aconteceu Henry? - Ele pergunta e eu apenas o abraço, e começo a chorar em seu ombro - Mãe, o que aconteceu com Henry?
- Filho, os pais dela morreram, eles sofreram um acidente grave e por sorte, ela sobreviveu. - minha tia diz, mas parece que ela nem sofre! Queria ser que nem ela.
Ele tampa as mãos com a boca, assustado. Paro de abraçar ele e enxugo as minhas lágrimas.
- Mas tá tudo bem Rafael, eles estão em um lugar melhor, eu tenho certeza, agora vamos para casa? - digo, momentos tensos pra mim são muito chatos.
- Vamos - Minha tia e o Rafael fala e fomos logo pra casa, eu e Rafael ficamos conversando sobre o passado, mas minha tia, Luzia, ficou calada.

É isso gente, cap. Novinho! Espero que gostem, não esqueçam da estrelinha, um beijo, um queijo e... TCHAU!

Meu Primo [ CellBits]Onde histórias criam vida. Descubra agora