- Não vai dar certo, Harry. Olha pra nós. Nunca deu e nunca dará. - disse cansada
- A gente pode tentar de novo. Olha até onde chegamos. - ele me dizia chateado
- Pra você parece fácil, mas pra mim não é. - disse olhando para baixo, não queria olhá...
– Hm.. você parece – ela deu uma pause e me observou – diferente!
– Nada haver. Tô normal. – disse pegando uma xicara
– Okay, e esse colar? Que lindo, onde comprou?
– Ah, obrigada. Eu ganhei. – disse meio sem graça. Ainda não conversei com a minha mãe sobre o que estava acontecendo ultimamente na minha vida, não queria que ela se preocupasse.
– De quem, Lizz? – ela me encarou
– De um cara, mas relaxa porque eu não gosto dele e não vai rolar nada entre nós. – já expliquei de imediato, porque minha mãe é assim, meio neurótica, ainda mais com homens. Meu pai contou, que demorou dois anos para conquistar minha mãe. Talvez puxei isso dela.
– Ah bom, porque você sabe o que eu penso né filha. E esse cara é de onde?
– Mãe! – murmurei
– Ué filha, eu quero saber. Desembucha.
– Sabe o cara que eu e Lou encontramos no parque sábado?
– Sei, o cantor – ela pausou – Não me diga... que..
– É ele. Por acaso nos encontramos de novo lá no Café e ele agora fica me enchendo o saco. E pra piorar, Viollet deu meu número pra ele e quando fiquei brava com ela, a garota me deu maior sermão. Me chamou até de retardada, af, me deu um ódio.
– Ah filha, você deve ter merecido. Te conheço – ela riu – Mas cuidado com esse cara. Você não sabe nada sobre ele e pessoas assim, famosas, não são boas companhias.
– É, eu sei. Mas não vai acontecer nada, sou esperta. Puxei isso de você lembra?! – terminei o café, dei um beijo nela e voltei pro quarto para me preparar. Me troquei, arrumei o cabelo e fui para o trabalho. No caminho, Louise me liga.
– Lizz, meu consultor está precisando de uma fotografa pra essa tarde. Você poderia?
– Claro, que horas devo estar ai?
– 15h. Não se atrase. Pode ser sua chance. – disse animada e desligou. Amo essa coisa da Lou ver o lado bom de tudo.
Mais um dia aqui no Café, nada de Viollet me perturbando. Nada de Peter, pois hoje era dia de folga dele e o melhor, nada de Harry. Anoto os pedidos, mando pra cozinha, sirvo e me sento um pouco. Hoje o movimento esta devagar. A porta abre. "Ah não, comemorei cedo demais!"
– Oi, Elizabeth. – Harry diz
– Oi, deseja alguma coisa? – pergunto
– Sim – ele me encara, mordiscando o lábio inferior, me pergunto quando foi que os olhos dele ficaram tão verdes – Quero um cappuccino. Esta usando o colar! Q bom! – sorriu satisfeito