I am strong?

35 3 0
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Quase fim do expediente. Já não estava aguentando mais. Tudo me incomodava e a culpa cada vez mais me corroía. Ajeitei meu casaco no corpo, queria ir embora o mais rápido possível. Queria com todas as forças ir para um lugar que eu poderia me sentir segura, protegida, onde finalmente minhas lágrimas poderiam cair longe de pessoas que pudessem me julgar.

— Onde você vai? — Viollet pergunta com tom de reprovação — Ainda faltam 39 minutos para seu horário acabar!

— Não estou me sentindo muito bem. — menti — Vou para casa.

— Acho que não vai não. — ela me provoca

— Ahm?

— Você não vai. — Viollet repete

— E quem é você para me impedir? — a encaro com raiva

— Sou a nova gerente, e digo que você não vai há lugar algum até que seu horário acabe.

— Gerente? Desde quando?

— Desde hoje. Peter me deu o cargo dele. Já que o pai dele se aposentou e deu a cafeteria pra ele. — ela disse vitoriosa

— Agora Peter é dono e chefe e, você — olhei com desgosto — a gerente? Uau! — Cá entre nós, eu não estava numa posição boa para criticar alguém, mas sabemos que Viollet não é tão qualificada assim para ser gerente, mas isso não me importava agora. Só queria sair dali. — Parabéns, mas tenho mesmo que ir.

— Você não vai, Lizz. Vai ficar e terminar seu trabalho. — eu quis chorar ali mesmo, mas não podia mas, para minha infelicidade, Viollet percebeu que meus olhos já estavam marejados de lágrimas e me provocou novamente — O que foi, Lizz? Quer chorar? Saiba que não sou o Peter para ficar dando confiança para suas frescuras. Agora volte ao trabalho. — ela dá de costas mas não deixo barato e retruco

— Cala boca. — foi o melhor que pude

— O que? — ela me olha indignada

— Foi o que você ouviu. Eu te odeio, desde que entrei aqui você sempre me provoca e tenta ser melhor do que eu. Eu sei que você também não gosta de mim, mas isso não te dá direito para me tratar mal. Eu disse que não me sinto bem e que vou embora. Então eu vou e você não vai me impedir. — não queria me exaltar, mas já era tarde e alguns clientes que estavam ali olhavam para mim e Viollet surpresos

— Lizz, você sabe porque te trato assim. E outra, agora sou superior a você então posso te tratar como bem quero. E da próxima vez, fale direito comigo.

— Peter estava louco te dando este cargo. Aposto que ele não queria, mas conhecendo você e toda sua chatice, preferiu dar por pena. — já nem sabia o que estava dizendo, mas deixei que as palavras saíssem

— Como você tem a audácia de dizer uma coisa dessas? Peter não me deu o cargo por pena, foi porque mereci. E esse café só vai para frente graças a mim, que estou aqui há muito mais tempo que você sendo a mão direita do Peter e do pai dele. Agora quer falar de dó? Dó seria se ele desse o cargo a você. Ele sempre fala "Lizz anda tão tristinha", "Lizz finge de durona, mas é tão fraca" ou o melhor que já ouvi "Coitada da Lizz, se ela soubesse que eu saio com ela para tentar me aproximar da Lou". Acho que quem merece dó aqui é você. — ela cuspiu as palavras na minha cara, aquilo doeu apesar de que nos últimos dias, tudo tem doido mais que o normal, mas acho que isso eu não precisava ouvir. Comecei a soltar as lágrimas que tanto lutava para segurar e logo o choro tomou conta de mim. Eu não aguentava mais, peguei minha bolsa e fui em direção a porta, até que Viollet me para — Se você sair, não precisa voltar mais. Porque estará despedida. — eu podia sentir ela saboreando cada minuto desse momento. O tom em sua voz era de vitória, mas eu não ia deixar ela sair vencedora assim.

— Não precisa me despedir. — engoli o choro e ela pensou que eu estava me rendendo a ordem dela — Pois eu mesmo me demito. — Ergui a cabeça, passei a mão no rosto secando as lágrimas, e sai. Sem culpa alguma do que estava fazendo. Por mais que gostasse de trabalhar na cafeteria, não aguentava mais olhar a cara da Viollet, e Peter, aquele lá que me aguarde. Até agora não acredito nas palavras que ele dissera a Viollet, era isso que ele pensava de mim? Que eu era uma coitada que todos tinham pena? "Respira, Elizabeth." Sei que cometo erros e idiotices, mas eu não sou tão coitada assim. Não vivo na sombra da minha irmã, e nem me importo do que pensem sobre mim. Mas humilhações desse nível, jamais aceitaria.

Eu sou Elizabeth, e sou forte para suportar isso! "Ou pelo menos, pensou que sou né?!"

[...]

Love You GoodbyeOnde histórias criam vida. Descubra agora