— Mãe? – bato na porta do seu quarto suavemente
— Pode entrar! – ela diz abafado – Oi Lizz, quer jantar? Posso esquentar para você, se quiser. – ela diz se levantando e desligando a tv
— Não mamãe, estou bem. Só queria conversar um pouco. – digo entrando calmamente no quarto e encostando a porta atrás de mim
— Venha aqui, minha filha – ela bate na cama para que eu me sente – O que está acontecendo? Conte-me! – ela foca em mim, segurando minhas mãos
— Sinto saudades de conversar com a senhora, com o papai, Lou. – dou uma pause olha para baixo sem jeito – Sinto falta do Harry também. – digo enfim
— Você está afim mesmo dele né? – ela sorri
— É, por ai. – sinto minhas bochechas corando – A gente se fala pelo telefone, mas – dou uma pause, respiro e prossigo – na verdade não é isso que me incomoda tanto agora. É a Lou. Não estamos nos falando e você sabe, sou péssima sem ela.
— Ela me contou. Ela também sente muito sua falta. Por que vocês não conversam para se entender de uma vez por todas?
— É difícil, mãe. Ela falou as piores coisas para mim e eu para ela, então, não sei se ela quer conversar comigo ainda. Ainda mais agora, que ela tem andado tanto com Albert. – faço uma cara triste
— Bom, eu não sei como vocês vão resolver isso, mas sei que farão da melhor maneira. E não precisa sentir ciúmes da sua irmã com Albert, eles estão apaixonados, assim como e Harry, ou estou errada? – ela sorri malicioso
— É, acho que estamos. Sei lá – digo ainda desanimada
— Ué filha, você não sofreu tanto quando ele se foi, e agora que se reencontraram e finalmente podem estar juntos, fica desanimo? O Que tem de errado com você? – ela me cutuca sorrindo
— Eu não sei. No aeroporto, Harry disse que me amava, mas eu não respondi de volta. Isso quer dizer que eu não o amo? Sei lá, eu sinto tanta necessidade de tê-lo por perto, mas quando ouvi isso eu fiquei surpresa.
— É normal, filha. Ele é apenas o primeiro cara que você se interessa, é comum ter medo de admitir sentimentos, com um tempo você se acostuma, e vai dizer que o ama sem notar.
— É, deve ser. – dou um sorri, logo me lembro da conversa que tive com Harry em Londres – Mãe? Você e o papai se importariam se eu me mudasse para Londres?
— Depende, o que você iria fazer lá? – ela me olha desconfiada
— É, bem – fico sem jeito – Eu sempre tive um sonho, você sabe. E o Harry disse que me ajudaria a realiza-lo, mas eu só faria isso se você e o meu pai aprovassem.
— Bom, por mim, você poderia viajar todo o mundo, sei que você tem sonhos e não quero ser a responsável por frustrá-los. Seu pai também aprovaria, não vejo o porque do contrário.
— Ai, que bom. Então eu posso ligar para o Harry e avisá-lo sobre isso?
— Claro, mas no caso, você já iria pra lá? – ela se assustou um pouco
— Não, eu vou avisa-lo, porque ele disse que queria providenciar tudo com antecedência pra mim, para quando eu me mudar não precisar arrumar todo aquele desespero.
— Entendi. Tudo bem, avise. Quando seu pai chegar, vou conversar com ele e acertamos tudo, mas você sabe, se você se mudar mesmo, quero que ligue todos os dias e nada do seu nome em revistas de fofocas. – nós duas rimos e nos abraçamos. Depois daquele conversa de mãe e filha, me levanto e saio do quarto dos meus pais. Quando fecho a porta e vou para meu quarto, sinto uma presença atrás de mim e me viro. Louise está ali.
— Nossa! – me assusto – Você e essas manias ridículas de me assustar.
— Então, você vai pra Londres? – ela vai direto ao ponto
— Acho que sim, ainda não decidi. – respondi em tom baixo, já estávamos ruins demais para brigar de novo
— E você ia me contar isso? – ela cruza os braços
— Na hora certa, sim. – afirmo
— E ia se desculpa antes de ir?
— Talvez. Ainda não sei se realmente vou.
— Mas se fosse, teria coragem de ir sem se desculpar. – ela me acusa
— Lou, não estamos muito bem então não comece com as suas acusações. – Louise é uma pessoa muito legal, mas quando entra numa briga, nunca entra para perder.
— Não estou acusando – ela ri sarcasticamente – mas se você sente ofendida é porque estou falando a verdade.
— Quer saber? Não tenho tempo para isso. – abro a porta do meu quarto
— Lizz – ela me chama e eu olho – se você for sem se desculpar, não precisa voltar. Pelo menos, não para mim. – ela se vira e sai.
Às vezes me pergunto onde Louise aprendeu a ser tão sorrateira assim.
[...]
Duas semanas depois...
— Vou te esperar no aeroporto. Você precisa ver o apartamento que aluguei para você. – Harry diz ao telefone
— Você alugou um apartamento? – fico surpresa. Nas ultimas semanas, Harry tem ajeitado tudo para minha ida à Londres, estou muito ansiosa para morar perto dele, quase um mês sem nos vermos e já não aguento mais de saudades, nem pareço mais aquela idiota que desprezava ele, não me julguem, no fundo sou apenas uma garota.
— Sim, é a sua cara!
— A minha cara? O que quer dizer com isso? – fico curiosa pelo jeito dele de falar
— É todo preto, cheio de crucifixos e um bode de estimação. – ele tira sarro de mim e depois quase se acaba de tanto ri do outro lado do telefone
— Idiota. – dou uma risada – Fala como é!
— Não, você vai conferir com os próprios olhos.
— Ta bom, vou embarcar. Te ligo quando chegar. Beijos
— Beijos. – desligo.
Me despedindo dos meus pais, sigo em direção a fila de embarque. Meu coração está acelerado. Não sei se é de animação, ansiedade ou medo. De acordo que a fila anda, sinto que estou a um passo mais próximo dos meus sonhos e de um ótimo futuro, mas ao mesmo tempo, sinto um aperto no peito, pois a cada passo, também estou mais longe de Louise. "Só espero estar fazendo o certa e que ela entenda e me perdoe.", penso que o avião decole.
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Love You Goodbye
Romance- Não vai dar certo, Harry. Olha pra nós. Nunca deu e nunca dará. - disse cansada - A gente pode tentar de novo. Olha até onde chegamos. - ele me dizia chateado - Pra você parece fácil, mas pra mim não é. - disse olhando para baixo, não queria olhá...