- Não vai dar certo, Harry. Olha pra nós. Nunca deu e nunca dará. - disse cansada
- A gente pode tentar de novo. Olha até onde chegamos. - ele me dizia chateado
- Pra você parece fácil, mas pra mim não é. - disse olhando para baixo, não queria olhá...
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— Mãe, vem ver! – Grito. Minha mãe rapidamente aparece na sala e eu aumento a TV. "Harry Styles, integrante da banda One Direction terminou o namoro de oito meses com a fotógrafa Elizabeth Martin. Harry não quis prestar notas sobre o término, mas uma fonte próxima do casal revelou que o motivo seria uma possível traição..." — Eu sabia que esse cara não prestava, mas a Lizz não quis me ouvir! – Reclamei
— Não fale assim, Louise. Lizz é sua irmã. Ela deve estar péssima com isso. – Minha mãe defende Elizabeth, e por um instante percebo que ela está certa.
— Tem falado com ela? – Pergunto
— Não, estive ocupada. Você bem que podia ligar para ela, sabe que sua irmã é orgulhosa, mas se ligar ela te atenderá bem. – Minha mãe diz com um tom inocente, dou uma risada.
— Não. Ela deve estar bem ocupada com tantas coisas para fazer. – Desligo a Tv e saio da sala.
Tenho reparado minha mãe os últimos dias e sem que Lizz não tem ligado. Notícias ruins sobre ela e Harry tem se espalhado e eu sinceramente, não sei mais o que pode aparecer para nos preocupar.
Ainda estamos brigadas e sinto falta daquela idiota, mas por que sempre eu que tenho que ir atrás?
[...]
A data do casamento está marcada. Albert e eu estamos cada vez mais animados. Nos amamos muito e espero que seja assim por tempo indeterminável. Os convites estão prontos e já entreguei todos, exceto o de Lizz. Pensei em pedir minha mãe para ligar e avisá-la, mas seria feio da minha parte não convidar minha própria irmã para o momento mais importante da minha vida.
Já que sempre tenho que ir atrás dela, resolvo ir para Londres. Entro na internet e escolho passagens de ida e volta para a próxima semana. Terei tempo suficiente de terminar de acertar os detalhes do casamento, avisar Albert e ir de encontro a Lizz.
[...]
— Podíamos escolher o bolo e as flores hoje. Está um ótimo dia! - Albert diz enquanto beija meu pescoço
— Concordo. Mas você me beijando e prendendo nessa cama vai ser difícil de levantar. - Digo preguiçosa e depois lhe dou um beijo molhado
— Tem razão, vamos! - Ele salta e em seguida me puxa, fazendo com que eu caia em seu colo. Dou risada daquilo.
Albert e eu nos conhecemos na faculdade. Eu estava no meu primeiro semestre de moda, enquanto ele já era um veterano. Saímos juntos algumas vezes, até descobrirmos que tínhamos sonhos e interesses em comum. Namoramos e desde então estamos juntos, sem brigas e trabalhando juntos para crescermos juntos. Eu o amo e sempre soube que ele me amava também. A intensidade que seus olhos brilham quando olham para mim é notável por qualquer um. Também não me canso das várias vezes, no meio de noites frias que passamos juntos, ele sussurrando para mim o quanto teve sorte de ter me encontrado.
Quando conversava com Lizz sobre relacionamentos, lembro de mencionar que queria um namoro assim e que depois eu pudesse me casar e ser feliz com a mesma pessoa que me proporcionasse tanta alegria. Lembro-me também de Lizz sorri, falando que finais felizes só existiam em contos de fadas, mas que acreditava que eu encontraria alguém bom o bastante para me conceder tudo o que queria. Mal ela sabe, que tudo isso também desejava para ela. Até Harry aparecer, é claro.
Trocamos de roupa e saímos para o centro comercial de Homes Chapel. Experimentamos dezenas de bolos, até encontrarmos um bom o bastante para nossa festa de casamento. Rodamos todas as lojas até escolhermos uma ornamentação com flores bonitas e que combinasse conosco. Tudo seria perfeito.
— Vou para Londres semana que vem. - Digo para Albert na volta para casa
— Achei que seu desfile tivesse acabado.
— Acabaram. É por outro motivo. - Minha voz falha e ele me encara
— O que aconteceu? Você está bem? - Ele fica preocupado
— É a Lizz.
— Aconteceu algo com ela?
— Não, bom, fora o que vejo na tv e na internet, não. Preciso convidá-la para o casamento. Ela é minha irmã, não posso deixar uma briga destruir isso!
— Saiba que eu te apoio para o que for necessário, amor. Se precisar vou com você. Quer que eu vá? - Ele me olha de novo, tirando os olhos da estrada
— Acho melhor não. Preciso conversar com Lizz, seria melhor apenas nós duas. Não quero você envolvido nos nossos dramas. - Forço um sorriso
— Tudo bem, faça o que seu coração sente. - Albert retira uma mão do volante e pousa sob a minha no meu colo.
— Sabe de uma coisa, Alb?
— Não, o quê?
— Você vive me dizendo o quanto é sortudo por me ter, mas a sortuda da história sou eu. Porque eu jamais encontraria alguém como você.
Albert não responde. Apenas leva a minha mão até sua boca e à beija. E de relance posso ver seus olhos iluminados, como se lágrimas fossem brotar.
[...]
Retiro minha mala do carrinho e sigo para fora do aeroporto procurando um táxi. Minutos depois, estou de pé em frente a um apartamento, no qual parece ser de Lizz, segundo o endereço que peguei com a minha mãe.
Minhas pernas fraquejam. Sinto vontade de descer as escadas e voltar. Lembro das brigas, das palavras que dissemos e isso me causa enjoos. Respiro. Não posso vacilar agora.
Toco a companhia. Não ouço nenhum outro barulho a não ser meu coração pulsando tão intensamente nos meus ouvidos. Uma tranca destrava. Começo a tremer. Outra tranca se desfaz e a maçaneta gira. A porta se abri. Uma garota me atende. Uma garota que não é a minha irmã, que não é Elizabeth. Pelo menos, não a Elizabeth que eu conheço.
