I Need You, Lizz

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Harry

Acordar com a visão de Lizz nua em minha cama me fez sorrir e, ao mesmo tempo, dar vida novamente ao homem selvagem da noite anterior. Nada havia sido como antes. Lizz estava emotiva e eufórica por causa da gravidez e eu sabia que depois ela poderia se arrepender. Porém, o homem que a amava e existia dentro de mim não poderia ignorar aquilo que nossos corpos pediam. Tivemos uma sincronia maravilhosa e a cada grito suplicante de Lizz, eu me sentia mais completo.

Estava na cozinha preparando o café da manhã e vejo Lizz caminhar cambaleante até mim. Ela estava com os cabelos bagunçados, vestida com o meu blusão que se ajustava em sua barriga, devido ao tamanho e com o celular na mão.

— Está tudo bem? - Pergunto

— Por enquanto, sim. Mas garanto que isso vai mudar. - Ela disse e notei o tom de preocupação em sua voz.

— Depois que comer, eu te levo para casa. Fique calma.

— O problema é que o Jason não me atende e nem me retorna. E depois de ontem, acho que... - ela olhou para baixo, envergonhada — ele nunca vai me perdoar.

— Eu sinto muito.

— A culpa não é sua. Eu quis.

Tomamos café em silêncio. Depois Lizz se trocou e eu a levei para casa. Ela estava tão preocupada com Jason que nem se despediu de mim.

Passei o dia terminando de organizar prateleiras e guardar roupinhas em gavetas. Meu celular deu um toque e desligou. Minutos depois, tocou novamente. Era Lizz.

— Lizz?

— Harry! - Ela estava chorando e parecia um pouco nervosa.

— Lizz? Está tudo bem?

— Harry, você pode vir me buscar? - Ela chorava sem pause.

— Já estou indo, meu bem. Onde você está?

— Estou no condomínio de Jason. Não estou me sentindo bem.

— Não se mexa, já estou chegando.

Deliguei rapidamente. Lancei a mão nas chaves do carro e na carteira. Em sete minutos cheguei onde Lizz estava. Fui direto a portaria, mas eu não à vi. Liguei para ela. Instantes mais tarde encontrei Lizz sentada em uma escada, num andar que parecia desconhecido tanto para mim, quanto para ela.

— O que houve? - Perguntei me aproximando — O que Jason fez com você?

— Depois falamos de Jason. Você me pode levar ao hospital. Estou com contrações.

Quando ouvi aquilo, meu coração disparou. Passei meu braço nas costas de Lizz, carregando-a junto a mim até o carro. Quando a sentei e coloquei o cinto de segurança ao seu redor, ela desabou a chorar.

— O que foi, Lizz? - Perguntei confuso

— Ele não quer falar comigo, Harry. Ele disse que acabou. - Ela mergulhou o rosto nas mãos. E minha raiva foi as alturas. Eu queria enforcar o Jason. Será que ele não podia considerar que ela estava sensível? — Estou com medo, Harry. Muito medo.

— Calma, estou aqui. Eu estou aqui.

— Ele prometeu que iria me ajudar. Que não iria me largar. Eu cometi um erro.

— Ei, ei, eu estou aqui para você e para nossa filha. Eu disse que vou recompensar você por tudo que eu te fiz. Você só precisa confiar em mim. - Sussurrei

— Eu confio. Eu amo você. Agora, por favor, me leve, está doendo muito. - Ela implorou e tomei meu lugar no acento de motorista.

Quando chegamos ao hospital, Lizz foi direto para sala de parto. A enfermeira organizou a sala e ajudou Lizz a se trocar.

Eles deixaram que eu ficasse na sala e quando segurei a mão de Lizz, notei que ela tremia.

— Estou com medo. - Ela admitiu.

— Eu também, mas tudo ficará bem. - Dei um beijo em sua testa. — Eu não vou soltar sua mão.

— Obrigada.

Fiquei ali perto mais alguns minutos até a enfermeira nos interromper e o obstetra entrar na sala. Quando o parto iniciou, senti como se a sala estivesse se fechando sobre mim. Lizz apertava fortemente minha mão e eu sabia que precisava ser forte por ela. Por longos minutos meus sentidos desapareceram. Só voltei para onde estava quando ouvi o choro do bebê. Do meu bebê. Na verdade, da minha menininha. Olhei para Lizz e ela estava de olhos fechados. De repente o clima da sala mudou. A enfermeira levou minha filha para outro lugar e os médicos começaram a me afastar de Lizz. Enquanto estava em transi ela havia soltado a minha mão. Algo estava errado.

— O que está acontecendo? - Perguntei assustado

— Rapaz, se afaste. Estamos fazendo o nosso melhor para salvar sua namorada.

"Salvar? O quê? "

— Como assim?

— Vamos ter que pedir para que você se afaste. - O médico que fez o parto diz sem me encarar.

Dois enfermeiros me conduziram para fora da sala. Meu coração estava apertado. Eu não posso perder Lizz.

— O senhor pode ver sua filha agora. - A outra enfermeira sugeriu. Eu não queria ver minha filha ainda, toda graça do momento se desfez quando soube que Lizz estava com problemas. Eu deveria ter sido mais forte por ela, ao contrário disso entrei em transi e não fiz nada para ajudar.

— Venha senhor. - Ela insistiu, me conduzindo. Acabei cedendo.

Ela era linda. Tinha cabelos cheios e escuros como o da mãe, mas as bochechas eram minhas, com covinhas. Ela dormia calmamente, e eu ainda não conseguia ver seus olhos. Ela era minha menina. Meu presente. E eu a protegeria com todas as minhas forças.

Me sentei na sala de espera, os pais de Lizz chegaram horas depois. Conheceram a neta, mas estavam aflitos por Lizz.

— Ela é maravilhosa! – Diz a mãe de Lizz quando viu o bebê. — Me lembra muito a Lizz. Oh meu Deus! Espero que tudo fique bem. – Ela abraçou o marido.

— Eu também, querida. – Foi tudo que o senhor George conseguiu dizer.

Eu andava de um lado para o outro fazendo orações, pedindo que o pior não viesse a acontecer. Porém, quando o médico veio falar conosco pude sentir meu coração parar, pode parecer exagero, mas nem que fosse por um segundo, mas ele parou.

 Porém, quando o médico veio falar conosco pude sentir meu coração parar, pode parecer exagero, mas nem que fosse por um segundo, mas ele parou

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⏰ Última atualização: Aug 14, 2016 ⏰

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