Love You Goodbye

What A Feeling?

Não pode ser! Como eu fui tão fraca? Por que deixei me levar pelas palavras vagas de Harry Styles? "Será que você não tem juízo, Elizabeth?"

Ainda não me caiu a ficha de como fui fraca. Simplesmente me entreguei a Harry. E olha como estou agora? Magoada, chateada e me sentindo usada. Eu amo o Harry ou pelo menos amava, sei lá. Já não tenho nenhuma certeza dos meus sentimentos por ele. Preciso focar no futuro, na minha vida e deixá-lo para trás.

Levanto cedo, me arrumo. Vou para o trabalho. Nick me vê e vem até mim.

— Bom dia, Lizz. Pode vir até minha sala?

— Claro. - Apenas digo assustada e o sigo.

Quando entramos na sua sala, ele fecha a porta e senta diante de mim com dois envelopes nas mãos. Um grande laranja e outro branco menor. Engulo seco. "Não pode ser!"

— Bem, Lizz, te convoquei até aqui para tratar de assuntos sérios. Nossa equipe está passando por inovações e precisamos fazer alguns "cortes", se você me entende. - Ele dá uma pause, mas logo continua - Enfim, lhe chamei aqui porque a partir de hoje, você estará sob Aviso, até finalmente acertarmos tudo com você.

— Está me demitindo?

— Infelizmente, sim.

— Por quê? Você não disse que sou uma das melhores fotógrafas que já teve?

— Sim, realmente não posso reclamar do seu trabalho. Mas analisando como um todo, você não é das melhores profissionais. Você chega atrasada, traz problemas pessoais para o ambiente de trabalho, sem contar das inúmeras vezes que você sempre vinha desanimada para o trabalho. Isso é ruim para a empresa. Seu trabalho é ótimo, mas com esse comportamento - ele pausa novamente desviando o olhar - sinto muito, Lizz.

— Tudo bem. - Foi tudo que consegui dizer

— Aqui está o seu pagamento da última semana e aqui o contrato para você assinar assim que cumprir com o aviso.

— Aviso?

— Você prestará uma semana de serviços a empresa pela quebra de algumas normas, depois estará liberada.

— Entendido. Só isso? - Falei com desdém

— Sim. E Lizz - ele chamou antes que eu saísse da sala — Boa sorte, você é ótima no que faz. Só precisa se esforçar mais. Qualquer coisa, conte comigo. - ele sorri simpático

Retribuo o sorriso — Obrigada, Nick. - Saio.

[...]

Não consigo chorar. Parece estranho, mas ser demitida foi meio que, um alivio. Foi como se eu estivesse me livrando de mais uma coisa que me lembrasse o Harry. E naquele momento saindo pela aquela porta, eu senti felicidade.

[...]

Durante as últimas duas semanas, desde que saiu na mídia que eu e Harry terminamos o "namoro dos sonhos" como dizem as manchetes, tenho sido perseguida por fotógrafos e paparazzi. Para melhorar meu dia, estou me sentindo muito mal e mesmo assim, tive que comparecer no estúdio para cumprir o último dia de aviso. Nick também está na minha cola. Há semanas não falo com meus pais. Sinto que o mundo desaba sobre mim. Tudo está um verdadeiro inferno. Sinceramente, não sei se pode piorar.

— Nick, acabei por hoje. Posso ir para casa, não estou me sentindo bem. - Disse colocando a mão no estômago, me sinto enjoada e minha cabeça gira

— Okay. Pode ir, você realmente parece péssima.

Sai dali e fui direto para farmácia comprar alguns remédios. A atendente me olhou e percebeu que eu não estava bem, e sugeriu que eu fosse a um médico. Neguei. Só queria ir para casa, me deitar ou sumir de vez, mas ela insistia.

— O que a senhorita está sentindo? - A jovem perguntou calmamente

— Só um pouco de náuseas, dor de cabeça e cansaço.

— Eu poderia dizer que é gravidez, mas você tem cara de que sabe se cuidar. - Ela lança uma piscadela para mim e me lembro de Harry, da nossa última noite juntos. "Impossível!" Minha mente tenta tranquilizar-me. — Bom, vou levar só esses aqui - aponto para os remédios do balcão

— Acho que ajudará. - Tento soar confiante

— Tudo bem. São $16,80 o total. - Lhe entrego o dinheiro e sigo até a saída, mas antes de saí lembro-me novamente de Harry — Quer saber, acho que vou levar o teste de gravidez também. Só por segurança. - Digo quando retorno até o balcão.

— Okay. - A atendente cobra o valor e o embrulha para mim e finalmente sigo para casa.

[...]

Estou exausta. Tomo um banho quente e visto uma camisola. Tomo um comprimido e me deito. Fico pensando no teste, mas a ideia me parece tão ridícula que a largo de lado e pego no sono.

[...]

Estou em casa, com meus pais e Louise. Sentados na mesa como sempre fazíamos. Vários sorrisos espalhados pelo rosto de cada um. A mesa está farta com a deliciosa comida da minha mãe. Tudo parece tranquilo e feliz, longe de problemas. Encho meu prato com salada de batata e uma enorme coxa de frango. Como com rapidez. Estou com muita fome. "Ops!", sinto meu estômago se contorcer. Algo está errado.

De repente, acordo e vejo que tudo é apenas um sonho. Exceto a dor no estômago e o enjoo que segue. Levanto rapidamente, corro até o banheiro. Coloco para fora tudo que comi naquele dia, pela terceira vez. Sinto tonteiras. "O que será que está me fazendo mal?" Olho para o espelho e em seguida lavo meu rosto. Meus olhos encontram o teste no armarinho ao meu lado. Hesito em pegá-lo, mas não posso evitar. Preciso saber o que estou sentindo.

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