- Não vai dar certo, Harry. Olha pra nós. Nunca deu e nunca dará. - disse cansada
- A gente pode tentar de novo. Olha até onde chegamos. - ele me dizia chateado
- Pra você parece fácil, mas pra mim não é. - disse olhando para baixo, não queria olhá...
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Estava na sala de estar tomando uma bebida, quando Niall entra furioso.
— O que houve, cara? - Pergunto. Ele sequer olha para mim. Segue furiosamente para outro cômodo. Vou atrás. — Ei cara, o que aconteceu?
— Nada! Preciso ficar um pouco sozinho. Até mais tarde. - Niall sai novamente. Não sei o que deu nele, mas logo, logo ele falará. Niall não costuma esconder segredos por muito tempo.
[...]
Nosso empresário disse que em breve nosso tour começará. Não tenho vontade de cantar, pelo menos não depois de todas as confusões que me envolvi.
Sinto falta de Lizz, e sempre que passa alguma música em minha cabeça me lembro do sorriso dela e como ela se sentia feliz quando cantava para ela. Esses são exemplos dos momentos de alegria que tínhamos, e eu, idiota como sempre, destruí tudo.
Eu gostaria de recomeçar. De ir atrás dela e implorar para que fiquemos juntos. Mas de que adiantaria? Ela não me quer. Nem sei se depois de tudo o que houve, ainda lhe restou algum amor por mim.
Voltando do ensaio, passo pela rua de Lizz. Olho seu prédio. A luz da frente está acesa e pode -se ver a sombra de alguém, provavelmente de Lizz andando para lá e para cá. Sorrio imaginando o que ela poderia está fazendo. Penso em ligar, porém não sei se é uma boa ideia. Observo mais um pouco e reparo que agora são duas sombras. "Será que Louise está ai? " A curiosidade se espalha dentro de mim. Entro no prédio. Sigo confiante de que vou me decepcionar com que estou prestes a fazer. Bato na porta. Ninguém abre. Bato de novo, porém mais forte. Posso ouvir risadas e depois a porta se abre. Lizz me encara, seu sorriso se desfaz ao me ver. Isso dói um pouco e começo a ficar nervoso.
— Oi. - Digo primeiro tentando sorrir
— Oi. - Ela não demonstra nenhum sentimento na sua voz.
— Eu estava passando e vi a luz acesa. - Justifico sem graça
— Posso ajudar? - Ela continua seria, sua voz soa fria
— Eu só queria conversar.
— Quem é, Lizz? - Uma voz masculina surge abafada
— Você está com visita? Desculpa, eu não devia ter vindo.
— Acho melhor você ir, Harry. Não posso conversar agora - Antes que Lizz termine sua frase, um cara aparece atrás dela segurando uma caixa de papelão. Porém, aquele cara não era qualquer um. Eu o reconhecera. O mesmo cara da briga no restaurante. "Eu sabia que tinha motivos para ter ciúmes dele. " Agora ele está tomando o meu lugar.
— O que esse cara faz aqui? - Pergunto irritado
— Não devo satisfações a você. - Lizz cruza os braços
— É por isso que você não me procura mais? Está me trocando por 'isso'? - Aponto na direção do homem e ele se irrita
— Escuta aqui - ele coloca a caixa no chão — Quem você pensa que é para vir até aqui me ofender? Se manda cara! - Diz se aproximando
— Eu sou namorado da Lizz. Tenho direito de estar aqui. - Falo
— Ex! - Lizz afirma áspera — E você não tem direito nenhum de estar aqui.
— Claro que tenho. Eu que pago isso daqui. - Aponto para o apartamento
— Eu sabia que uma hora você ia jogar isso na minha cara. É por isso que vou embora daqui. - Lizz fala irritada e sai da porta.
— O quê? - Sigo-a — Você vai embora? Por quê? - Ao entrar em sua sala, vejo várias outras caixas com coisas de Lizz e maior parte dos móveis desmontados
— Harry, sai daqui. Se você veio só para estragar minha noite, é melhor ir.
— Você vai embora? Com ele? - Olho para o cara, pouco me importa seu nome
— Cara, você ouviu ela. Vai embora. - O homem fala
— Não me faça dar outro soco em você. - Ameaço
— Harry - vejo que Lizz está inquieta, não parece bem — vai embora, por favor. Vai!
— Tudo bem, mas isso não vai ficar assim. - Saio e bato a porta.
Quem Lizz pensa que é para me substituir assim? E quem aquele idiota pensa que é para me mandar embora?
