Love You Goodbye

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Ouçam "Love You Goodbye"  enquanto lêem esse capitulo. Obrigada.

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Três dias mais tarde...

Uma lição valiosa, nunca faça planos, pois nada nunca sai como planejamos. Tudo que eu queria era um tempo para mim, para respirar e me acostumar com a ideia de que dentro de mim existe outra vida. Isso é uma dádiva, mas para mim cada minuto que se passa parece um pesadelo. Como se fosse um prédio caindo sobre mim. Meu plano era criar essa criança sozinha, apenas com a ajuda dos meus pais e evitar que Harry se aborreça ainda mais comigo e que nos machuquemos ainda mais, porém tudo vai contra isto. Queria apenas entender o que a Kendall ganhará contando para Harry que estou esperando um filho dele.

— Tem certeza que não quer ir direto para casa? Eu posso te levar, se quiser. – Niall diz paciente quando chegamos no Aeroporto de Londres

— Eu preciso falar com ele, Niall. Não sei o que Kendall armou para mim, mas Harry tem que ouvir minha versão da história. – Falo apreensiva

— Desejo boa sorte. Tudo ficará bem. Olhe pelo lado positivo, uma hora Harry iria descobrir e será melhor que essa criança cresça com a presença do pai.

— Eu sei.

— Ficará tudo bem, Lizz. Você é maravilhosa. – Niall me abraça e ao se afastar me dá um sorriso — Não deixe nada atrapalhar sua felicidade, okay?

— Não irei. Obrigada por acreditar em mim. – Dou um leve sorriso

— Você consegue. Quando quiser que te busque pode ligar.

Me afasto de Niall e seguimos em direção a um taxi. Me sento no banco de trás observando as pessoas do lado de fora. Deixo que o ar frio da grande Londres bata em meu rosto e me distraio com o pensamento de que tudo mudará em poucas horas.

Niall corre atrasado para seu camarim quando saímos do taxi. Respiro e cerrando os punhos caminho pelo backstage do primeiro show da nova tour da One Direction. Olho para os lados e não sei onde encontrar Harry, ou ao menos onde é seu camarim.

— Olá. – Me aproximo de um segurança — Poderia me dizer onde é o camarim do cantor Harry Styles? – Tento não parecer nervosa

— Você tem crachá? – O homem alto e barbudo com um terno cinza me encara

— Não, mas sou Elizabeth Martin. Ele vai gostar de falar comigo.

— Ah, senhorita Martin, perdão. É por ali, vire à esquerda. – Ele me indica

— Obrigada. – Fico aliviada e sigo em frente

Paro diante uma porta com um papel colado escrito "Harry Styles – Vocal", meu coração se acelera. Sinto a respiração faltar. Não bato na porta, não tinha tempo para isso.

Quando finalmente abro, sinto meu coração subir pela garganta. As paredes pareciam diminuir ao meu redor, e no segundo que Harry cravou os olhos em mim e sorriu, senti minhas pernas bambearem. Aquele seria o nosso momento. Apenas eu, ele e nosso bebê. Porém, ela estava lá. Era tarde demais. Harry sabia. Estava perdida.

— Lizz? – Harry estava abraçado com Kendall bem diante dos meus olhos

— Acho que estou atrapalhando alguma coisa. – Meu peito se contraiu e sentir uma alfinetada de dor. Ainda o amava, mas ele estava ocupado demais com outra. Não queria ver mais aquilo. Dei meia volta e corri para longe. Sabia que se ele viesse atrás de mim, iria me alcançar. Me escondi, precisava respirar.

— Não, Lizz! – Pude ouvir sua voz distante

Lizz? – Seu grito era desesperado — Por favor? Lizz?

Aquilo me corroía por dentro. Como pude ser tão burra de voltar. Não importava o que Kendall falaria, ele sempre iria preferir a ela. E eu pensando que teria alguma chance de contar meu lado da história. "Inocente Lizz."

Me levanto do cantinho que estava escondida. Estava abafado e uma hora alguém me acharia ali.

— Lizz! – Harry corre até mim, desesperado e tenta me abraçar. Me afasto. Não quero que ele me toque.

— Precisamos conversar, Harry. – Eu sabia o peso que aquelas palavras tinham. Sabia o que tinha que dizer, mas a cena de Kendall e Harry abraçados se repetia constantemente na minha cabeça.

— Você voltou, Lizz. Eu sinto sua falta. Aquilo que você viu lá dentro não era nada. – Ele tenta se justificar

— Aquilo que vi lá dentro foi o suficiente para eu entender que não deveria ter vindo até aqui.

— Não Lizz. Diga-me o que precisa dizer.

— Para quê? Aposto que Kendall já te contou. E aposto que você acredita mais nela do que em mim.

— Pare de ser teimosa, Elizabeth. Eu amo você e nada que ela me fale antes de me certificar com você fara isso diminuir.

— Harry, eu vim aqui porque precisava dizer que... – "estou gravida" — que... – "Fale, Lizz. Estou grávida." — que eu estou apaixonada por outra pessoa. E quero que você fique longe de mim.

— Não, Lizz. Nós nos amamos. Por favor, fica comigo? – Ele me pediu sem forças

— Não dá mais, Harry. Não posso mais fazer parte da sua vida. – Olhei ao redor — De nada disso.

— Por favor, Lizz. Não me diga essas palavras duras. Vamos recomeçar. Vamos tentar outra vez. – Ele segurou meu braço com força, como se não acreditasse que eu estivesse mesmo ali.

— Não vai dar certo, Harry. Olha para nós. Nunca deu e nunca dará. – Disse cansada

— A gente pode tentar de novo. Olha até onde chegamos. – Ele me dizia chateado

— Para você parece fácil, mas para mim não é. – disse olhando para baixo, não queria olhá-lo nos olhos – Vou para casa.

— Mas aqui é sua casa – me segurou – Aqui comigo. – Ele disse já desmoronando e naquele instante eu quis ficar.

— Não dá. Me desculpe, mas não dá. – Falei com lagrimas nos olhos

— Tudo bem então, eu não vou segurar você. Se quer ir, vá. – Sentia o cansaço em sua voz rouca — Se quer seguir sua vida em frente, siga. Mas faça isso sabendo que sempre, sempre amarei você. – Ele soltou meu braço calmamente. Depositou um beijo em minha testa e voltou para o lugar que ele deveria estar. No palco.

Senti minhas pernas tremerem outra vez. Estava indo embora. Indo para sempre. Sai do backstage. O show estava prestes a começar. Andava em direção oposta as pessoas que chegam ao local para ver o grande show. Antes de entrar no taxi, olhei para atrás outra vez. Sabia que ele não estaria ali me observando partir.

— Eu também sempre vou te amar, Harry Styles. Sempre. – Falei baixinho para mim mesma — Adeus. – Sussurrei sem forças.

Entrei finalmente no taxi. Iria seguir em frente, ou pelo menos tentar. Sabia que tudo que eu e ele tivemos fora inesquecível. Afinal, quando estávamos juntos, sentíamos que tínhamos o mundo inteiro em nossas mãos. Vou guardar comigo essa lembrança. Sempre.

Sempre...

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