A luz que batia no meu olho me dificultava de ver onde eu estava, mas foi fácil deduzir que eu estava em casa, deitada em meu quarto. Me levantei bruscamente, mas me esqueci que estava machucada, urrei de dor.
Quase cai, parecia que alguém estava arrancando minhas costas.
Me sentei novamente.
O garoto do corredor estava encostado na porta fiquei assustada, por um momenro, havia esquecido o que tinha acontecido.- O que é que você está fazendo aqui? -perguntei.
- Alguém tinha que te salvar! -falou rindo.
- O que aconteceu? .
- Você foi atacada por sua diretora e quase teve seu braço decepado, só que ai você de algum modo se desviou e virou de costas e então ela meio que rasgou suas costas.
Disse com um olhar de: deveria ter tomado mais cuidado.-Qual é o seu nome? -me movi um pouco e minha costas se contorceram-
-EI! Não se mova, você vai é sentir mais dor. Meu nome é Nico. - abri a boca para falar o meu e quando eu comecei ele me interrompeu.
-Eu sei o seu. Vim atrás de você. Vamos, deixa eu ver suas costas!-NÃO!
Ele se assustou, e recuou.
- Quer dizer... Me prometa que vai manter segredo!?
Ele fez uma expressão de dúvida mas aceitou, pois sabia que logo iria descobrir. Ele se e sentou atrás de mim e rasgou a parte de trás da minha blusa, ainda sentia dor, mas foram contidas no momento em que ele viu a minha tatuagem. Sim uma tatuagem. Eu tinha um sol grego na curva das costas, não era grande, era bem pequena por sinal. Ela surgiu a um mês, no dia do meu aniversario, eu não tinha comemorado, e minha mãe não estava em casa. Então resolvi escrever, escrevi para o meu pai, e prometi que quando o visse pela primeira vez na vida, se isso acontece-se eu o entregaria a carta
-Ei, como assim você tem uma tatuagem!? - ele tinha paralizado.
- Dá pra começar?
Nico começou, e a cada vez que a gase chegava perto do meu corte, todos os meus músculos se contraiam, senti que ele queria dizer algo, uma ou duas vezes vezes, mas parece que desistiu, e um silêncio cresceu, mas resolvi quebra-lo:
-O que houve? Pode dizer!
-Não é nada, é que você parece ser rudi, tenta ser, mas é meio que impossível. -ele me chamou de que? Eu não sabia ao certo, mas só sei que ele me acha uma bonequinha, não gosto disso- você tem belas palavras, já vi suas redações, deve ser filha de Apolo. O que você acha?- Cade minha mãe? - o respondi com outra pergunta-
- Você faz perguntas de mais, sabia!?
Rimos... Depois ele TENTOU me explicar tudo o que havia acontecido, contou a mesma história que minha mãe tinha me falado. Como e porque ele matou a minha diretora, porque ele estava aqui, onde minha mãe tinha ido e pra onde iríamos. Descemos pra cozinha e meio que ataquei a geladeira, comemos a parte de bolo que havia sobrado do café da manhã, não me conti, fui na geladeira e peguei um jarro de suco acompanhado de um biscoito recheado, a expressão de Nico era de espanto. Parecia que estava assustado com o tanto que eu comia, EI... É comida. Claro que eu não vou sair de casa sem comer nada. Enquanto ele estava preparando mais comida pra nós levarmos na viagem, subi e peguei minha trouxa de roupa, e coloquei minha lentes cinzas, e desci. Não queria atrasa-lo, (eu usava lentes porque as pessoas me olhavam com espanto, era se eu fosse uma aberração).
- Nico, você me disse que viajava nas sombras, como você viajou no "tempo" ontem sendo que viaja nas SOMBRAS? Era de dia!
-Ah... A sala estava escura, não tinha sol ou claridade. Já é sombra.- falou sorrindo, pela primeira vez o vi sorrir corretamente, de verdade...~~
-Vamos!?
Nico perguntou, colocando com a cabeça pra dentro do quarto.
- Antes posso fazer algo?
Queria ligar pra minha mãe, ver se era seguro, tá que Nico poderia ser um assassino e que já passara a tarde inteira com ele... mas fazer o que?
THUUU THUUU THUUU
-Alô!?
-Mãe?
-Oi Charloe. Como está?
- O que? Não acredito que está mesmo me perguntando isso. Preciso ser rápida, eu posso ir com ele?
- Não só como pode, deve! Nos vemos em breve querida, e te peço desculpas.
-Mamãe, eu amo você, lembra do nosso trato... Sempre juntas.
A linha caiu. Senti uma angústia enorme no meu peito, estava deixando pra trás tudo, minha vida, minha escola, Daniel e Lisa, minha casa, meus sonhos, minha mãe...
Quando sai da casa e entrei dentro do taxi olhei pra trás por uma última vez. Vi a casa em que sempre morei ficar cada vez menor, quase me senti uma traidora.
~~~~~Viajamos algumas horas de táxi, até chegarmos na ponta de um bosque bem grande, parecia mais uma floresta.
Andamos alguns minutos e subimos uma colina, e enfim chagamos ao 'acampamento meio-sangue'. O nome estava escrito em grego. Que estranho, pois eu conseguia ler.
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-Charloe- Filha do Olimpo
RandomQuando situações ruins te cercam, muitas vezes você não tem escolha. Se os filhos dos deuses estão em perigo, as pessoas juradas de morte, e os própios deuses, aqueles encarregados por cada elemento, cada estação, sentimento, ou virtude, podem ser...