* UMA MISSÃO!? *

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Quando saí do pavilhão fui até Leo pegar meu arco-flecha. Não o achei no chalé. Mas ele tinha e me dito que estaria treinando com Elise atrás do estábulo, então fui até lá.
O estábulo estava calmo, os pegáços eram lindos, tinham pardos, negros, brancos, e cores misturadas. Suas asas eram gigantes, nem em desenhos ou em ficções tinha visto algo tão perfeito como eles. Depois de aprecia-los fui para trás do lugar, Leo e Elise estavam sentados lado a lado, ele estava sem camisa, DE NOVO. E ela com um colete em cima de uma blusa branca, bem bonito por sinal. Não queria atrapalhar os dois então voltei para o estábulo. Peguei alguns cubos de açúcar e dei pra um deles, era lindo. Seus olhos eram amarelos, tão amarelos que pareciam sol, sua cor era preto, totalmente, mas nas patas tinham manchas brancas como se fossem meias, e suas asas era gigantes. Mal cabia na baia. Comecei a passar a mão nele e percebi que sua crina não era preta, era marrom, o begaço negou nas primeiras vezes que eu tentei encostar nele, mas acabou aceitando assim que dei mais cubos de açúcar.
-Oi Loe! -Leo tinha entrado e Elise estava atrás.
- Oi Leo! - falei indo em sua direção, ele olhou em volta parece que estava procurando algo - Oque foi!?
- Nada, estou só vendo se tem alguma fogueira por perto! - ele disse enquanto me abraçava -
- Idiota! Eu preciso do meu arco, será que tem como pegarmos? - ele assentiu com a cabeça-
- Leo, e eu? - ele se virou -
- Como assim Elise?
- Você estava comigo, agora vai com ela?
- Mas Elise... Prometi treinar com você, e não ficar o dia inteiro. É bom ficar com você mas eu tenho amigos e eles precisam de mim! Qual é o seu problema hoje em!?
- Nada. Você está certo, vai para os seus amigos. - ela disse batendo de ombro comigo e saiu batendo o pé-
- Desculpa. - disse enquanto olhava para baixo, se eu não estivesse ali, nada disso teria ocorrido.
- Por que desculpa? Você não fez nada. Ela tem que parar de ter essa crise de ciúmes. Aliás, não somos nada.
- Espera aí.... Vocês não namoram?
- Eu e Elise? Não! Claro que não. - não iria entrega-la, eu seria baixa se fizesse isso. Então resolvi ir com ele até o chalé sem dizer nada. E quando chegamos ele foi até o canto do armazém de armas e pegou meu arco-flecha.
-Aqui está... Sabia que os seus olhos brilham quando você vê algo que gosta? - disse enquanto me entregava o arco e ria sem os dentes -
- Não sei se encaro isso como um elogio ou não! - falei dando de ombros e erguendo as sombrancelhas -
- Um elogio talvez. - começamos a rir e a concha tocou, era hora da caçada. Eu e Leo fomos para o início da floresta. Quíron estava lá.
-Crianças!!! A caçada vai começar, roubem a bandeira do outro time e vençam. E lembrem -se da regra, firam mas não matem. Os times vão ser o mesmo de sempre.
Os participantes do time em que eu estava eram a Annie, o Percy, Carter, Dylan, Nico, Elise, Abell, Leo... Para ser mais clara, os filhos de Atenas, Poseidon, Ares, Hades, Hefesto e os de Apolo. Começamos a entrar na floresta, e antes do jogo começar Annie fez um plano.
- Pessoal, vem cá! Olha, o Percy fica de um lado da bandeira mais afastado e Abell no outro, para protegerem no meio e as laterais escondidas. Leo, sem fogo hoje. Filhos de Apolo, fiquem no alto, espero que estejam com as flechas de bronze imperial! ( as flechas de bronze imperial não machucam os humanos, apenas os monstros). Abell e Elise busquem a bandeira pelas áreas de declínio. - antes de Annie continuar perguntei para Abell o que eram áreas de declínios, ela me disse que eram onde algumas filhas de Afrodite ficavam, e as garotas iam para lá pra abrirem caminho para três do grupo tentarem pegar a bandeira. - Leo, hoje a bandeira é sua, Carter e Dylan vão com ele. Nico, eu e você vamos proteger a bandeira. E o resto... LUTEM.
Eu subi em uma árvore e achei um canto de apoio. Armei o meu arco-flecha, estava pronta. As minhas flechas eram imperiais, então só iriam derrubar. Ouvi um assovio, procurei da onde vinha, era de uma garoto em uma árvore próximo a mim. Ele apontou para baixo, quis me mostrar um grupo do time rival. O garoto se escondeu e eu fiz o mesmo. Ele atirou, a flecha acertou as costas de uma garota como se viesse de baixo, ela caiu de joelhos. Os outros que estavam com ela procuraram nas laterais, mas nem se quer pensaram em olhar para cima. Um de cada vez foi caindo, os corpos sumiam, alguns integrantes do grupo os puxavam e os escondia. Era minha vez, Mirei em um garoto de cabelos azuis, sim, exatamente azuis. Ele caiu pra trás desmaiado, e alguém o pegou. Fiquei ali naquele lugar por minutos. Até resolver descer, não iria ficar ali até o jogo terminar. O garoto quis tentar me deter mas isso não iria funcionar.
Quando desci da árvore andei mais um pouco, estava perdida. Olhei em volta, senti que estava sendo observada, não sei o que aconteceu, mas quando eu pisquei vi uma espada vindo em minha direção, me desviei e apontei meu arco soltando a flecha. Quando o garoto caiu no chão o coloquei encostado atrás de uma árvore e andei mais ainda.
Tinha uma base com uma bandeira azul, a bandeira do time que estávamos jogando contra. Estava vazia, análisei a área, algo estava estranho. Ouvi passos atrás de mim era Leo e os meninos, quase matei Carter, a flecha rasgou a sua gola.
- De novo!? - ele disse recuando e rindo - eu acho que você quer me matar! Já é a terceira vez Loe!!!
- Desculpa, a culpa não é minha!
- Não é!? É minha então né!?
- Não sou eu que tentou seduzir alguém, que foi possuída por Cilo e nem cheguei por trás de alguém sem dizer nada! - falei dando de ombros
- Ei!!! Podemos participar? - Leo disse em um tom de raiva
- Ninguém vai participar mais de nada, vamos voltar pra caçada! - Dylan disse apontando pra bandeira. Leo foi na frente e eu o puxei.
- Você não pretende entrar aí desse jeito né!?
- Mas tá vazio! - Leo resmungou -
- A... Você não acha estranho deixarem a bandeira assim!? - ele se tocou
- Então qual é o plano? - Dylan passou os braços em cima de nós -
- Simplismente alguém vai lá e despista eles enquanto a Loe atira flechas neles e pegamos. - Leo disse, alto de mais pro meu gosto, alguém tinha aparecido atrás de nós -
- Ou não! - um garoto nos surpreendeu com uma lança nas mãos.
- Mudança de planos gente - eu peguei uma das minhas minhas flechas e acertei o peito dele, ele caiu pra trás - agora podemos voltar ao plano original. - Dylan entrou no campo e logo uma garota com uma espada apareceu, a acertei com uma das flechas e ele por um segundo pegou a bandeira, mas não. Um grupo apareceu, devia ter umas cinco pessoas, recuei puxando os garotos pra dentro da floresta, iamos atacar por trás deles. Demos a volta e eu comecei com um garoto eu o chutei pelas costas (não machucou, foi só para assustar e ele cair), atirei a flecha, Leo e Carter pegaram dois ao mesmo tempo, atirei em um ultimo, e a sentei. E quando peguei a bandeira, que estava bem escondida por sinal ouvi duas vozes gritarem, enquanto uma gritava:
- A equipe azul venceu!
A outra falava:
- A equipe vermelha venceu!
Eu e os garotos nos entre olhamos, parece que ouve um empate.
- Um empate? - Leo disse com cara de espanto - Um empate!? Isso é impossível!
- Leo, seu pai é um semideus, você vive em um acampamento que monstros não podem entrar, foge de ciclopes e seus amigos são possuídos... Não é impossível. - Disse sorrindo de canto -
-MAS... M...AS...
- Mas nada. Vem gente vamos voltar. - falei enquanto os puxava.
Quando chegamos no início da floresta, todos discutiam, Carter me disse que era impossível ter um empate. Duas pessoas pegarem a bandeira ao mesmo tempo. Era engraçado, os dois homens que gritam quem ganha, discutindo. No final de tudo os dois times ganharam. E então fomos preparar a fogueira.
A fogueira era muito grande, e mudava de cor, aquela cena era estranha. Como uma fogueira, pode ficar azul, e depois vermelha? Era perfeita, e fascinante, parece que nos hipnotizava e enquanto estava vidrada uma voz me chama a atenção.
- A fogueira muda de cor com a emoção dos campistas. - era Percy -
- Como?
- Os deuses. Pura magia, ela é mantida pelo poder deles...
- Interessante! - falei me virando pra ele - Uma dúvida, tem bebida?
- Espera aí... A santinha quer beber!? - ele começou a rir - Toma, não é álcool, mas o gosto é igualzinho - disse enquanto me passava a garrafa, tomei um gole, era forte.
- Não bebo, só queria tirar o estresse. - Nico e Elise se aproximaram de nós -
- Oi Percy!? Cade Annabeth? - Elise quis dizer que ela ia ficar com ciúmes. Percy e Annie namoravam.
- Estou aqui... Falando de mim Elise!?
- Eu estava perguntando onde você estava, por que você e Percy sempre estão juntos, e como ele estava conversando com a Charloe achei estranho. - ela queria caçar uma briga, acabei revirando os olhos.
- A estava? - Annie, falou virando para Percy - que bom... Gosto quando o Percy conhece novos campistas, aliás, a Loe é minha amiga, não vejo problema. - Annie piscou pra mim enquanto dizia isto, e eu sorri e virei a bebida de uma vez.
- Espera aí! Eu disse que não tinha álcool, mas o efeito é um pouco parecido. - Percy disse enquanto tirava a garrafa da minha mão, e todos rimos.
Enquanto conversavamos a fogueira aumentou de uma vez, ficou gigante, e nela se modelou um rosto. Era Hades.
- Nico... - o rosto na fogueira o chamou
- Pai!?
- Fiquei sabendo que os novos garotos são os da profecia.
- Sim pai.
- Preciso de um favor. Como o arco-flecha está na Califórnia, vocês precisarão de passar em Mistick falls, e você sabe do meu histórico lá. Não quero nem chegar perto da cidade. Mas quero que você me traga Tayler. Sabe quem é certo?
- Sei pai. Mas ele é o melhor amigo da....
- Eu sei. - ele o interrompeu - Vou fazer uma surpresa. - ele não iria fazer uma surpresa. Não queria surpreender ninguém. Queria o tal do Tayler, não sei pra que mas queria.
- Você se faz de tolo. - não disse tão alto e nem tão baixo, acho que ele tinha a mesma forma de pensar do que eu.
- Do que você me chamou criança!?
- Nada, ela não disse nada. - Quíron chegou
- Não! Eu disse.
- E o que você disse? - sua voz aumentou -
- Que você se faz de tolo, não fique nervoso é um elogio -
- E como eu não posso ficar nervoso, sendo que você me chamou de tolo!? Isso não e um elogio! - Hades aumentou a voz mais ainda -
- Os mais espertos se fazem de tolo para conseguir as coisas. - eu disse soltando um leve sorriso -
- Sábias palavras criança. Quem é você!? - sua voz estava mais calma.
- Charloe Adams. - falei dando um passo a frente -
- Charloe Adams? A garota da professia, filha de Apolo, amada por Zeus e Leto, e adorada pelos Deuses. E é tão bonita e sincera igual a neve. Concorda?
- Não costumo me olhar muito no espelho. - ele gargalhou -
- Gostaria de ter como nora.
- Suponho que não haja tantas escolhas. - falei dando de ombros - do que o senhor precisa?
- Vim fazer um aviso. Amanhã vocês precisam partir cedo. E para a profecia ser completa, precisam de você e o outro igual a você, Dylan Others para completar a profecia. Não se esqueçam do colar de Poseidon.
- Como assim!? - Dylan o perguntou-
- Vocês verão. - ele sumiu, e ao mesmo tempo Elise começou a pronunciar:
" Para o mundo salvar
Sete filhos dos Deuses
Vão se juntar
E quando a concha do céu tocar
A filha de Apolo o arco vai pegar
O filho de Ares com sua força vai ajudar
E o de Poseidon e Atena
Os ciclopes e monstros vão derrotar
Os filhos de Hades
Nas sombras vão viajar
Para no Canadá chegar
O filho de hefesto suas mãos vão esquentar
Para a filha de Zeus conseguir resgatar"
Quando Elise acabou de pronunciar a missão ela desmaiou, caindo no colo de Leo. Não gostava daquela cena, não era pra mim estar sentindo isso. Mas resolvi ignorar. E fui logo para o chalé depois de ter passado as ordens de amanhã. O dia ia ser grande.
Me revirei de um lado para o outro no chalé de Apolo, não consegui dormir. Então fui para a praia. A brisa estava leve e o ar puro, resolvi sentar na areia, dobrei minha calça até os joelhos e Tirei minha blusa de frio sentando em cima dela. O céu estava estrelado, e as ondas do mãe acompanhavam aquela breve dança nas constelações. Enquanto esteva sentada, uma onda forte veio, fazendo a água encostar no meu pé. Junto a ela veio uma concha amarrada em um colar, era lindo, sua corrente era azul e a concha era dourada e pequenininha. Era um pingente. O peguei na mão, e percebi seus detalhes, na concha havia pedras, as mais transparente que eu tinha visto. Parece que devia ser a concha de Poseidon para a missão, coloquei no meu pescoço e me levantei dizendo com a mão no colar:
-Obrigada.

-Charloe- Filha do OlimpoOnde histórias criam vida. Descubra agora