* A missão *

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Meus olhos lacrimejavam, tinha uma luz muito forte no meu olho, e estava acompanhado de um lindo sorriso, Leo.
- Bom dia!!! - ele diz pulando na cama e batendo a cabeça na de cima. - AI!!!
- Cabeça de fogo!!! - eu virei e cobri a minha cabeça rindo, ele puxou a colcha, e começou a fazer cosquinhas.
- De que você me chamou?
- De cabeça de fogo!!!
- Retire o que você disse ou se não vai se arrepender! - ele começou a fazer mais cossegas -
- Leo, você vai acordar os outros - levantei escapando das sua cossegas - E não! Não retiro o que eu disse. - sai correndo.
Quando sai do chalé, envolta da fogueira estava vazio e ainda estava escuro, e Leo ainda corria atrás de mim e eu fui em direção do banheiro feminino, lá eu poderia trancar a porta.
O banheiro estava escuro, tranquei a porta e liguei a luz.
- Charloe Adams, abra esta porta! - Leo disse batendo.
- Leo Valdez, não vou abrir. - rebati com irônia.
-Ah! Não vai!? - tudo de repente ficou quieto, tentei abrir a porta, mas a maçaneta estava quente, pelando.
- Leo!!! Abre a porta! - desta vez fui eu que comecei a bater para que ele abrisse - Leo!?

- Eu! - ele estava atrás de mim junto com Nico, Dylan e Carter. Os três vinham em minha direção, com sorrisos maliciosos nos rostos.
- Não gente! Por favor! Não Leo! Dylan!? Carter!? Vocês não fazer isso né? Não é Nico!? - tentei abrir a porta de novo, ainda estava quente. Eles começaram a me fazer cossegas, MUITAS, já não estava aguentando mais - Leo, eu retiro o que eu disse! EU RETIRO!
- Mas... Pelos Deuses!!! O que vocês estão fazendo? - era Elise, sentei com os joelhos dobrados, Leo ria, era o que mais ria, Carter ainda estava deitado, Nico levantava rindo também, e Dylan, estava atrás de mim, eu estava encostada em seu peito, não tinha percebido aquilo, eu me levantei rápido.
- Nada Elise! - Nico tomou a iniciativa.
- Vamos!? - tentei mudar de assunto, e abri a porta, a maçaneta estava morna, nós saímos e antes de eu ir para o meu chalé olhei uma última vez para Elise, ela estava com raiva.
Fui para o chalé pegar minhas coisas, ainda estava de pijama. Vesti uma blusa branca, coloquei a minha calça do exército ( que pra mim era linda) e vesti um casaco por cima. Coloquei minha bota e peguei minha mochila. Neste mesmo momento a concha tocou, era hora de todos acordarem.
Fui em direção ao pavilhão do refeitório antes de todos começarem a sair, Annie, Elise, Percy, Nico, Leo, Dylan, Carter e uma outra garota estavam conversando em uma mesa... Espera ai! Carter não iria, e muito menos a garota! Ela era a filha de Afrodite que eu tinha criado encrenca na quadra de vôlei.
- Oi Loe! Vem cá!!! - Annie me chamou e eu fui em sua direção, Elise me olhava, cruzei o olhar com ela umas duas vezes, então resolvi a ignora-la não queria briga com ninguém. Pedi um Waffle com mel e morangos junto com um suco de laranja. Sim, um waffle, amo waffle's. Poderia acabar com um estoque inteiro em menos de uma semana. Quando terminei meu café da manhã resolvi perguntar porque Carter e a outra garota estavam ali, aliás não sabia nem o nome dela.
- Percy... O que eles estão fazendo aqui?
- A Sophia vai vir conosco, a história é grande. E o Carter só está acordado para nos ajudar.
-À sim... Obrigada.
Quíron e Dionísio apareceram, e vieram até nós. Dionísio disse que Sophie teria que ir por causa do pedido de Hades. Ela teria algumas funções na nossa missão. Depois de tudo, coloquei a minha mochila nas costas e todos nós fomos para o estabulo. Havia alguns campistas lá, meio que para nos dar tchau. Abell me deu um abraço. E disse para tomar cuidado. Me virei, e quase dei um beijo em Carter. OPS.
- Ei!!! Eu namoro! - disse me abraçando.
- Haha... Mas se continuar a me apertar assim, não vou poder vê-la. Você está me sufocando!
- Oh... Desculpe. - ele me soltou meio envergonhado.
- Não tem problema. - falei lhe dando um beijo na bochecha. - Vê se não se meta em encrenca e não morra enquanto eu não estiver okay!?
Carter soltou um sorriso, que logo se prosseguiu em risada, não entendi.
- Qual a graça?
- A encrenca é você Charloe. Todas as vezes que eu quase morri foi por suas mãos!!! - eu fiz cara de frustração, e quando estava prestes a chinga-lo Nico me chamou.
- Vem Loe! Temos que ir.
- Tchau. - falei fingindo que estava brava.
- O que eu fiz!? Eu disse a verdade.
- Eu vou te bater.
- Vá em frente eu duvido que consegue. - sorriu de canto, ele estava tentando me intimidar.
- De novo!? Não tem medo que eu te acerte com meu arco-flecha!? - a droga!! Estava esquecendo meu arco! - Cade ele!? Eu esqueci!
- Respondendo a sua pergunta... Nem um pouquinho. Mas do que você está falando? Esqueceu o que?
- Meu arco-flecha, ora!!! Eu estava esquecendo. Como isso foi acontecer!? Gente, eu volto em 1 minuto, Carter vem comigo.
- M... MAS!!!
- Nada de mas. - falei o puxando.
Cheguei no meu chalé, e o peguei na nossa sala de armas. Me aliviei por ter encontrado rápido. Depois disso, eu e Carter voltamos rapidamente. Todos já estavam montados em seus Pégasus. Os outros campistas já tinham ido. Olhei em volta dentro das baías. Tinham Pégasus brancos, beges, marrons, de cores misturadas, mas o único que me chamou atenção foi o que eu tinha passado a mão no dia que estava procurando Leo. Ele era preto, suas patas tinham manchas brancas, mas espera, sua crina não estava mais marrom, estava branca. Como era possível!? Toquei na trava e a abri, ouvi ele bufando, parece que não queria ser usado. Mas eu o queria, e eu o usaria. Quando era pequena costumava ir pra casa do meu avô, ele tinha uma fazenda, cheia de cavalos, vacas e bois. Eu costumava correr atrás do gado com o meu pônei, sim, exatamente um pônei, tão pequeno quanto a mim naquela época, mas era valente, e segundo o meu avô o cavalo nos escolhia na maioria das vezes, mas me dizia que em alguns casos, se você queria um cavalo, se você se achava competente para comanda-lo devia lutar pela sua confiança. E eu definitivamente queria aquele Pégaso. Quando entrei dentro da baía, ele bufou novamente e voltou pra trás.
- ÉÉÉÉ.... Loe! Tem certeza que quer ir com ele? - Percy disse com uma cara de espanto.
- Qual o problema nele!? -Disse ainda olhando para o Pégaso.
- Ele não deixa ninguém montar. É o mais selvagem daqui. Nem eu consigo montar nele. E por que você conseguiria? Ele não quer que você monte. - Sophia o interrompeu.
- Mas o problema é que eu o quero. - eu peguei alguns cubos de açúcar e o dei acariciando. Não tinha medo, mesmo com o seu olhar frustante, subi em cima e sai, passando por todos. - Talvez você não consiga porque tem medo. Cavalos precisam de confiança. E eu tenho nesse. Ou melhor dizendo, Pégasus.
Nico me ensinou como levantar vôo, andar devagar, acelerar, me manter equilibrada e tudo mais. Comecei a correr com aquele Pégasu para levantar o vôo, todos já estavam no céu, e logo os alcancei. Era difícil me equilibrar, mesmo naquele grande cavalo com asas. A viagem era longa, teríamos que parar algumas vezes antes de chegar ao acampamento Júpiter.
Estávamos voando em cima de um campo verde, tão verde que parecia pintado pelos Deuses. Era perfeito, dava vontade de rolar naquelas colinas. Meus pensamentos foram interrompidos. Era Dylan.
- Oi!
- Oi. Quanto tempo não!? - falei com irônia.
- Bastante. Eu tenho uma dúvida! O que nós vamos fazer na Califórnia sendo que o Arco-flecha de Cronos está no Canadá!?
- Da onde você tirou esta pergunta?
- É que ontem, Hades disse para Nico que como nós estávamos indo para Califórnia teríamos que passar em Mistic falls. Lembra? - assenti com a cabeça - Então... Mas aí, na profecia que Elise ditou, fala que o arco está no Canadá.
- A sim... Bom, nós estamos indo pro acampamento Júpiter.
- Eu sei disso. Mas por que estamos indo?
- Então eu sou incapaz de responder a sua pergunta. - disse rindo - Posso te perguntar uma coisa?
- Humrum...
- Você já namorou? - ele engasgou antes de responder.
- Pergunta estranha.
- Eu sei. É que vejo que você é meio atrapalhado com garotas.
- Falou a garota que vive falando que vamos dormir juntos - ele gargalhou, não pude deixar de não rir também - e sim, fico nervoso, elas... Vocês - corrigiu - me olham como se eu fosse o gato do ano, tirando as que tentam me apaixonar com olhar - apontou com a cabeça para Sophie.
- Gato do ano?
- Você me entendeu.
- Sim, entendi. Bom, nós não dormimos juntos, não!?
- Ainda bem, você tem uma tatuagem, não é um bom exemplo. - Dylan piscou e acelerou o vôo. Voamos mais uns trinta minutos, os Pégasus precisam descansar, já faziam duas horas desde que saímos do acampamento. Páramos em uma floresta que rodeava um campo, seria ótimo para levantar vôo. Precisávamos arrumar comida e água para os animais, decidimos que os meninos iriam em busca de água e as meninas alimento.
- E aí!? O que vamos pegar pra dar comer pra eles? - Elise perguntou logo após os garotos saírem.
- Que tal maçãs? - Annabeth achou uma macieira. - Sophie você se candidata!? - Annie completou estendendo a mão a aquela grande árvore.
- A não Annabeth. Minha unhas estão impecáveis olha! Elas são frágeis. - filhas de Afrodite ligam muito pra beleza, me esqueci disso, não pude deixar de revirar os olhos.
- Elise!? - Annie deu outra sugestão, elas começaram a discutir pra ver quem iria pegar as maçãs, eu não estava aguentando mais.
- Eu vou. - Sem esperar nenhuma resposta comecei a escalar na árvore. Comecei a pegar maçãs, no começo estava fácil, mas aí foi dificultando.
- Anda Charloe!!!
- Sophia! Quer vim aqui pegar!? Aliás já peguei muitas, chega. Vou descer.
- AINDA? - Leo chegou com os outros e me ajudou a descer, colocando um balde no chão... Espera aí, como ele conseguiu aquele balde? - Pegou quantas?
- Não sei, mas eu acho que umas três pra cada um deles.
- Então 24.
- Como!?
- Você pegou 24 maçãs.
- Como é que você consegue? Fazer contas tão rápido?
- Prática. - ele me pôs no chão.
- Entendi. Vou te pedir aulas em!? Vamos? Eles devem estar com fome. - as meninas já estavam lá na frente. E que lindo, me deixaram com as maçãs. Tive que leva-las sozinhas, já que Leo estava com a água na mão - Quer saber... Maçãs pesam.
- A é!? Imagina água!?
Eu quase derrubei as frutas no chão umas duas vezes pelo caminho. Ao chegar, Elise conversava com Nico, Annabeth com Percy e Sophie... Com Dylan, próxima de mais pro meu gosto. Coloquei as maçãs perto de onde estávamos e Leo também fez o mesmo com a água. Assim que Elise viu Leo veio correndo até nós. Como se quisesse falar comigo, e não se mostrar pro Leo, puxou papo.
- Oi Loe. Conseguiu carregar as maçãs? Você foi ótima em escalar as árvores. Se eu pudesse eu teria ido em seu lugar. Mas tenho problemas com altura.
- Eu acho que sim.
- Por que tá me tratando assim!?
- Eu!? Eu estou normal. Tirando a parte que você adora se oferecer quando tem gente por perto. Para de se fazer de boazinha, seja você mesma! Você não dirige a palavra a mim, e nem mesmo o olhar. Agora quer se fazer de amiga? - eu estava meio estressada, estava prestes a explodir. Passei por ela e peguei uma maçã, dando pro meu Pégaso. Leo continuou conversando com ela, por um bom tempo, depois de dar duas a ele, guardei uma maçã para o animal comer mais tarde. Não estava com vontade de dormir, e nem ficar perto de ninguém, me afastei e sentei em uma parte da linda colina verde, fiquei lá por alguns instantes, minutos talvez, pensando porque aquilo tudo estaria acontecendo comigo, por que eu teria que ser filha de um Deus? Não poderia ser de um marceneiro, ou de um eletricista!? E talvez até gostava da idéia, ter um pai poderoso, se não fosse por ele, talvez eu não teria o amor que tenho pela música, nem pela dança, e nem conheceria meus amigos. Estava com saudades de Tayler e Lisa, minha morena mais linda e meu melhor amigo, ele era a pessoa que eu mais sonhava em ver naquele momento, aposto que estaria ali do meu lado, dizendo o quando me amava, e me contando suas paixões do verão. Tayler sempre foi muito engraçado e Lisa... É simplismente a garota. Determinada, amiga, me dizia tudo o que eu precisava saber. Não é daquelas amigas que mentem pra agradar, ela é perfeita.
- Não deveria ter a tratado daquele jeito. - Leo disse se sentando do meu lado.
- Desculpe, estou um pouco estressada. - me virei pra ele. - Você se sentiu assim? Com saudades, raiva, culpa, remorso...? Isso tudo está se transformando em dor pra mim.
- Pra falar a verdade não. Eu fiquei muito feliz. Eu acho que sou bem humorado. Além do mais, o humor, é sempre uma boa saída para a dor.
- Suas palavras... São divertidas. Eu gosto de você Leo Valdez.
- Eu também gosto de você, Chloe.
- CHLOE?
- Seu novo apelido. É Charloe abreviado, na verdade eu tirei o A e o R, e aí ficou Chloe.
- Legal, é diferente, obrigada. Vou contar aos outros.
- De geito nenhum! É minha marca registrada, vamos fazer um trato? Eu vou ter um apelido que só eu terei direito de usa-lo. E você inventa um pra mim.
- Mas é difícil, seu nome é pequeno. Leo é Leo.
- Faça algo criativo. Por exemplo ferro, em outra língua.
- Iron?
- O que você acha!?
- Ou Cute...
- An!? Como assim?
- Fofo. - enquanto falava encostei minha cabeça em seu ombro.
- Olha!!! Eu sou fofo!? - ironizou - Pensa. Depois me fala. Mas será só meu em!?
- Tá bom. - nós começamos a rir. Ele tirou uma maçã do bolço.
- Você quer!?
- Mas... E o seu cava... Pégaso?
- Sobrou quatro maçãs, o resto dividiu em duas pessoas, Elise até que queria dividir comigo... Só que ela não queria esperar pra comer. Não está com veneno... - Leo deu uma mordida grande. Peguei a maçã sorrindo e fiz o mesmo, logo ao lado da dele. Era perfeita, doce mas nem tanto. Era como uma explosão de sabores em minha boca.
- Qual é o nome dele!?
- De quem? - Leo perguntou de boca cheia.
- Do seu pégaso!!! - o que Leo estava era marrom com manchas brancas, e sua crina era preta.
- Eu não sei. Não pensei em um nome ainda!
- Como assim!? Ele não tem nome?
- Tem. Mas só quando o dono definitivo escolher. Antes que você me pergunte como assim, vou te explicar. Cada Pégaso escolhe alguém. Ele espera o momento certo, e ai... Dizem que surge uma pequena tatuagem em sua testa, e uma em você. Como se fosse o laço de vocês.
- E isso já aconteceu com algum de vocês?
- Não... Mas reza a lenda. Por exemplo, o que você está usando, ele já foi de alguém. Não sei se percebeu mas, ele tem uma marca, só que vamos dizer que ela está "apagada". Se eu não me engano, o escolhido morreu.
- Nossa eu não sabia de nada disso. O que acha de Coshine?
- Me lembra coxinha.
- Cute!!! Você é um gordo!!!
- Cute? Então é Cute. E eu não sou nada. Já me viu sem camisa, não sou!
- Você é convencido!!! - levantei e o puxei - vamos... - Vi Annabeth e Percy nos chamarem.
- Ah... Eu gostei daqui!!! Já viu o rio?
- Claro que não. Eu tive que escalar uma árvore, porque a filha de Hades é egoísta, a de Afrodite delicada, e a de Atena... Eu não sei. É difícil de falar algo assim da Annie. Vamos. Deixa pra lá.
Eu e Leo voltamos, antes de subir no Coshine olhei a sua testa, e era verdade, tinha uma marca, uma flecha entrelaçada de esboços, como se fossem linhas infinitas, elas circulavam o desenho , era muito pequena, mas linda, pena que já estava apagada. Era difícil de montar, com muito custo consegui, o acariciei e o beijei, ele bufou, novamente. Suas trotadas eram pesadas, podia se ouvir, ainda não tinha me acostumado com suas asas, deviam dar umas duas de mim, era rápidas e silenciosas. Levantamos vôo, voamos por uma cidade cheia de prédios e escolas, e atravessamos a fronteira. Oficialmente saímos de Nova York. Estávamos na Pensilvânia, segundo Annie. Voamos em torno de quatro horas, meus deuses, estava morta e com muita fome. Estávamos em Chicago. Só que não tinham lugares para pousar. Só prédios. Voamos mais alguns minutos e páramos em Missouri, em uma floresta. Desta vez páramos mais próximos da cidade (estrada, a cidade estava afastada) Iríamos comer. Soltamos os Pégasus, e eles saíram correndo, não entendi, mas acabou dando uma bela vista pela saída deles. Andamos uns minutos e páramos na ponta de uma estrada, se não me engano era a rota 72, estava escrito de leve na estrada. Para a nossa sorte havia um restaurante. Acabado mas servia. Mesmo estando afastado era uma felicidade pra nós. Aceleramos o passo, parece que todos ali estavam com fome. Ao abrir a porta ouvi o seu sino * slrimm*, dei uma espiada no relógio, já eram uma hora da tarde, nossa, como o tempo tinha passado. O lugar tinha o aspecto de velho e aconchegante, sua parede estava pintada com a cor pêssego até a metade, do meio até o chão revestida de madeira, as mesas era quadradas, e afastadas, o balcão dava pra cozinha, uma mulher apareceu dali.
- Olá!!! Precisam de algo!? - sorriu com um sorriso de dentes amarelados.
- Sim. Qual é o cardápio?
- O responsável de vocês já está vindo?
- Na verdade... - Leo começou a falar, mas não iria deixa-lo terminar, a mulher não poderia saber.
- Sim, ele está a caminho. Ele só foi no posto abastecer.
- Entendo. Aqui está o cardápio.- ela me entregou.
- E aí o que vai ser? - Annabeth perguntou quando já estávamos sentados.
- Que tal cada um pedir o seu? - Nico disse encostando na cadeira. Todos assentimos,
Eu pedi um salgado com um suco de maracujá, o pastel estava delicioso, eu acho que queria mais uns cinco. Já era hora de pagar.
- E aí!? Será quantos que deu? - Leo tirava a carteira do bolso.
- Espera aí... - Levantei e toquei o sino que estava no balcão, o som escoou pelo lugar fazendo ecos, e nada daquela senhora. A mesa que estávamos ficava mais afastada do balcão, então eu não tinha a vista de ninguém da turma. Tentei tocar mais uma vez, e nada. Não queria entrar ali dentro, mas a curiosidade foi maior, passei uma perna por cima da pedra e o pulei. Tinha uma carne queimando na brasa, droga, me lembrei que esqueci meu arco-flecha no Pégaso, eu tinha um problema de esquecimento, não era possível. Olhei em volta, sem porta nenhuma, porém havia um cômodo sem porta, andei em sua direção, antes de entrar, olhei novamente para o lugar tinha uma chapa grande em um canto, uma geladeira no outro, um frizer perto do balcão e em cima do balcão um guardador de salgados que não estava funcionando ( não sei se chama guardador, mas eu o apelidei assim) e uma mesa gigante de metal do outro lado do cômodo, e em cima, liquidificador, misteira, fazedora de suco, quites de facas, papéis pendurados em uma linha, acho que eram pedidos antigos, e um retrato, da mulher e uma garota mais nova. Não pude deixar de dar um leve sorriso de canto, deveria ser sua filha, automaticamente lembrei da minha mãe, mas não tive muito tempo pra lembrar dos bons momentos porque fui arremessada pelo cômodo. Bati minha cabeça na quina do frizer, a dor era imensa, estava tonta, meus olhos rodavam e queriam se fechar, vi a senhora que nos atendeu vindo em minha direção, me levantei ainda me recuperando, mas não deu muito certo, o chão estava com uma poça de sangue, parece que tinha me machucado feio, em um ato de impulso e defesa peguei a faca, e tentei acertar o abdômen dela, mas estava fraca demais, ela me cortou no braço, e me jogou contra a parede novamente, tentei gritar mas não tive força nem pra terminar a primeira palavra. Eu desmaiei.




-Charloe- Filha do OlimpoOnde histórias criam vida. Descubra agora