Sem mais, nem menos.

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O tempo corria, eu sentia minhas veias se pulsarem. Um calor percorria meu corpo, mesmo adorando resolver charadas aquela não fazia sentido, "O que é, que no início anda de 4, no meio de 2 e no fim de 3?"

VAMOS CHARLOE! Não deve ser tão difícil assim.

- Eu tenho uma pergunta.

- Não há dicas. - ele rosnou.

- Eu não quero dicas, e sim informações. A charada pode se resumir em qualquer coisa, desde objetos até seres. Agora entendi o porque de ninguém conseguir. Você rouba!

- HAHAHA... Roubar? Suponho que não peguei nada de você para me acusar tão friamente.

- MAS PRETENDE! Quer tirar minha vida.-eu gritei. - Então quer dizer que as pessoas chegam aqui e se deparam com o impossível, não dendo chances nem nada, será que todos os envoltos a mitologia são assim? Egoístas, possuem mal caráter, não é possível responder algo que não tenha coerência.

- Vocês agora possuem somente um minuto.

Eu fechei os olhos. Uma raiva se mantinha em mim, fechei meu pulsos e serrei os dentes. Imaginei de quem seria aquela voz, um homem que quando criança andava pela casa engatinhando sobre os quatro membros falando palavras que todo bebe fofo diz? UM ALGUÉM QUE TEVE INFÂNCIA? Eu acho que não. Estava mais para um adulto com performasse de mais velho agora apoiando-se em suas duas pernas para pisarem cima das pessoas, e quando envelhece usaria sua bengala como mais uma arma contra nós. Pensei em sua mutação, antes andando sobre quatro porque não tinha condições de se apoiar em sua duas pernas, e depois precisando de uma bengala assim possuindo três apoios.

- Medilcre!

-Acho que você não tem modos algum, aposto que nem sabe o significada desta frase.

-Eu não me importo, sendo que sua definição seja ruim pra mim está ótimo. -cuspi as palavras.

- 30 segundos.

Um velho com bengala com toda certeza, mascando sua bala de caramelo.

-Nos dê uma dica pelo menos.

-Vinte segundos.

Não havia se quer condições de acertar.

- Quinze segundos.

- Eu acho que...

- Oito segundos.

Seria algum animal. Ou talvez um mesa, eu sei lá!!!

- Vocês tem cinco segundos, agora quatro, três, dois...

-Espere! Eu sei a resposta.

- Qual minha amarga criança?

- Amarga é a sua...

-QUAL A RESPOSTA?

Mas é claro, a resposta esteve em minha mente este tempo todo e eu nem se quer percebi, como é que meu consciente descifrou algo tão normalmente? Eu enchi o peito de ar e disse com voz firme, foi o que tentei fazer pelo menos.

- O ser humano.

Um silêncio se formou, uma porta de repente se abriu em nossa frente, causando um rangido.

- Como você...

- Eu não sei Dylan.

Nós avançamos, eu estava muito fraca e com fome, ou seja eu estava com mal humor, acho que explodiria com o primeiro que fizesse algo contra mim, queria terminar com tudo isso, ver minha mãe novamente voltar a acreditar que eu pai havia morrido em um acidente. Era melhor assim.

-Charloe- Filha do OlimpoOnde histórias criam vida. Descubra agora