Luz!

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Eram duas horas da madrugada, estavamos atrasados, já que havíamos enfrentado uma leve tempestade de inverno. Os Pégasos voavam desde quatro da tarde e mesmo assim não diminuíram nenhuma vez a velocidade, nem demonstraram sinal de fraqueza ou cansaço.

Eu e Leandro não paravamos de falar, eu estava com o coração na mão, quer dizer... Saindo pela boca. Dentro de aproximadamente uma hora estaria a metros do Arco-flecha de Cronos e a sobrevivência mundial dependeria de mim. Minhas mãos suavam, sentia minha pele formigar de tanto nervosismo.

Em um momento fiquei calada, olhando para o tempo, admirando as poucas estrelas no céu.

-O que você tem Charloe?

- Medo.

- Olha, eu não sei o quanto deve ser difícil, mas lembre-se de que você tem o Leo, o Nico, a Elise, a Alicia, resumindo, todos estão do seu lado. Não se preocupe. Aliás você tem a mim.

- Como assim 'aliás'?

- Conte comigo, sendo mais objetivo. Sempre estarei aqui.

- Obrigada lê.

- Ah não!!!

- O que!?

- Você não me chamou de lê... Como tem coragem? Retire o que disse.

- Já perdi o medo por você faz tempo.

- Olha. -ele debochou- Não é que ela ficou rebelde? Então tá, seu novo apelido é Small B.

- Small o que?

- B.

- O que quer dizer?

- Você não vai gostar.

- O que quer dizer Leandro?

Ele demorou para responder,

-Pequena beleza...

- Leandro! O que quer dizer Small B!?

- Olha, prometo te falar um dia, mas por enquanto só aceite.

- Preciso me preocupar?

- Não. Eu acho...

- Sabe, eu estava pensando... Você era tão rude comigo, e de repente... mudou. Por quê?

- Eu ... Eu não sei.

- Ah...

-Naquele dia em que Órion nos atacou, eu senti que precisava te ajudar. Coisas minhas.

Estava confusa, não entendi sua resposta, mas preferi ficar na minha. O resto da noite passei olhando o céu e rezando para o tempo passar bem de vagar.

- Chegamos!

Meu coração se apertou, focalizei em que eu deveria fazer assim que descessemos. Iriamos sair correndo para o norte em direção ao alasca. No meio do caminho achariamos uma caverna que era visitadas por turistas. Desceriamos o mais rápido possível e parariamos em um labirinto de pedras. Dylan tinha o mapa tatuado em seu peitoral e eu e Leo iremos fazer a luz, assim seguiriamos. Quando chegassemos no arco precisariamos usar uma passagem escondida que nos levaria para a entrada novamente sem que ninguém nos visse. Pegaríamos nossos Pégasos e seguiriamos direto para nova York, sem parar.

Leo disse que um terremoto atingiu a china, um dos primeiros acontecimentos para o fim do mundo.

  Descemos.  

Assim que pousamos, nos armamos. Cada um com sua especialidade, e eu é claro, com meu arco. A temperatura estava baixa, saía um ar gelado quando eu respirava e eu batia o queixo.

-Charloe- Filha do OlimpoOnde histórias criam vida. Descubra agora