* Sonhando *

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- Quem é ela?
- A garota?
- Claro seu idiota! Estamos aqui sozinhos.
- Não vou falar.

Ouvia vozes, dois tons masculino, porém não via nada. Estava tudo escuro e estava frio, toquei o local em que eu estava e senti um banco debaixo de mim.

Tentei levantar mas parecia que eu não sabia me mover, nenhum músculo se housava a movimentar.

- Quem são vocês? -involuntariamente perguntei.

- Somos lobos da corte! - um deles respondeu.

-Lobos da corte?

- Sim! - o outro disse.

- E eu? Quem sou?

- Isso pensamos que você sabia!

- Nada disso, o que você pensou. Eu sei muito bem quem é ela.

- Entao diga. - a situação entre os dois era QUASE engraçada.

-Não...

- Por favor, me diga! -implorei.

- Você é a arquiadora.

- Quem!?

- A arquiadora. Filha dos deuses.

- Como assim?

- Somos seus ajudantes estamos aqui à seu favor. O arco fica por aqui, venha.

- Não vejo nada, não consigo.

- Você é filha oficial de Apolo, você tem o dom de fazer a luz. Faça isso!

Fechei meus olhos e desejei com toda força a luz. Quando abri os olhos aconteceu. Vi uma passagem e dois lobos indo pra lá.

- Espera... Vocês são lobos?

- Lobos da corte, corrigindo.

- Vocês falavam sério?

-Por que iriamos mentir? Venha.

- Tá, estou indo.

Entrei na passagem. Os dois discutiam toda hora, eram engraçados. Não os via totalmente, somente suas sombras que eram amedontruosas, estava me causando calafrios.

Não andamos por muito tempo e chegamos a uma sala oca, e nela se via um luz intensa que vinha de um arco-flecha deposto em uma pedra, ele era dourado parecia ser feito de ouro e tinha um toque de perfeição. Sua linha para a lançada da flecha era como as de uma Arca, tão longas
e grossas quanto. Via em suas curvas linhas fitadas de cinza dando um toque imperial à arma.

Aquela imagem era uma das mais belas que eu já tinha visto na minha vida, parecia o Olimpo em si só e causava arrepios, conferi em volta, os dois lobos não estavam mais, novamente estava com o vestido de gala em que eu sempre sonhava e tudo se passau por minha mente.

Novamente, atirei uma flecha em minha mãe e me vi correr não mais com um arco, e sim com um violino, uns dos instrumentos em que sempre toquei, ouvindo sua melodia mergulhei de ponta em um penhasco e senti a água percorrer pelo meu corpo, beijando a minha pele e extraindo de mim a vida. Eu a via percorrer em direção contraria de mim, parecia que iam para a superfície, mas era impossivel definir pra onde ir.

O desespero tomou conta de mim, a intensa vontade de respirar era exagerada, queria a superfície, batia meus braços tentando achar algo que ajudasse a me locazilar.

Por fim senti mãos em minhas costas me atordoando e me causando alívio total.

Aquilo foi um sonho.

-Charloe- Filha do OlimpoOnde histórias criam vida. Descubra agora