Acaso ou destino

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Sofia

Talvez nem todos os acontecimentos da vida tem uma explicação lógico!
As vezes é um simples acaso,ou ironia do destino.

Mas um mês se passa,e finalmente parece que minha vida toma um rumo certo.

Eu consegui arrumar emprego numa padaria que fica aqui no bairro aonde moro, meu pequeno Zé Pedro está cada dia mas forte e grande e as posições confortáveis para dormir são cada vez mas raras.

Minha mãe e Ane sempre vem me ver, ao contrário das duas meu pai e Felipe não fazem questão nenhuma de me visitar, isso me deixa um pouco triste mas não há como mudar essa situação já que eles não me deram chance alguma de me redimir.

Mas um dia se inicia, e com isso é um dia a menos para poder ver o rostinho do meu bebê, será que ele vai se parecer comigo ou com Miguel? . As vezes é um tanto insuportável a falta que ele me faz mesmo depois de tantos meses, como posso ainda amar alguém que me fez sofrer tanto?...nem eu mesmo consigo entender. O melhor a se fazer e seguir em frente.
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Mal havia entrado no elevador ouvi alguém chamar para segura-lo,então vejo uma senhora mais ou menos da idade da minha mãe um pouca ofegante ,à primeira vista me parecia muito simpática e seu jeito de olhar me lembrava alguém que conheço.

_ O minha querida...obrigada por ter me esperado...e que estou um pouco atrasada para dar aulas!

Ela disse tentando recuperar o fôlego,eu apenas retribui o agradecimento com um sorriso.

_ A que indelicadeza a minha!...nem me apresentei...sou Maria Fernanda sua vizinha do 32 !

_ Sou Sofia,estou morando no apartamento 30,e é muito bom finalmente conhecer um dos meus vizinhos!

Falei enquanto apertava sua mão.

_ Nosso seu nome me fez lembrar do meu filho, ....é que ele teve uma namorada é nome dela era o mesmo que o seu. ..ele à ama até hoje...mas infelizmente se separam!

Ouvindo ela contar a história do seu filho parecia até que eu estava ouvindo minha própria história.

_ O me desculpe! Eu e essa mania de contar causo igual se eu estivesse no interior!...as pessoas da cidade estão sempre tão apressadas que mal tem tempo pra conversar.

Então por isso que me simpatizei com ela éramos da mesma região.

_ Não tem problema eu também sou do interior, nasci e fui criada em fazendas...e confesso que estava com saudade de conversar com alguém de lá!

Falei saindo do elevador, e Maria Fernanda andando ao meu lado.

_ Então conheceu a pessoa certa!...como meus filhos sempre dizem,eu falo pelos cotovelos!

Ela realmente era muito espontânea e alegre.

Depois que saímos do prédio descobrimos que iríamos para o mesmo lugar, ela iria encontrar o marido na padaria que trabalho,então fomos o resto do caminho conversando.

Desse dia em diante,eu e Maria Fernanda nos tornamos grandes amigas, sempre nos encontrarmos todas as manhãs no elevador e depois íamos juntos até padaria.

Ela me contou tudo sobre sua vida,e eu me senti segura para contar tudo sobre a minha, e vi nela carinho e o apoio de uma mãe,e assim o fato de que eu estava sozinha nessa selva de concreto ia se tornando mas amena com sua amizade!

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Depois de mas um dia de trabalho tudo que eu queria era poder me esticar em meu sofá.

Como sentia falta das tardes na fazenda ,de deitar na rede depois de um merecido banho e ouvir meu pai tocar seu violão e ficar olhando o por do sol, mas hoje tudo que tenho e meu sofá e o som das buzinas vindo da rua.

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