Encontro 1- O Museu de Artes

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Tom combinou de se encontra com Lulli na porta do museu de artes da mãe de Iara.

Desde o dia em que ela disse o que sentia para ele, eles não se falavam direito e nenhum dos dois tocou no assunto. Mas então Tom a chamou para sair, e ela aceitou.

Ele estava decidido se hoje ele pedia ou não Lulli em namoro ou se apenas deixava ela para lá e se focava novamente em Iara, já que da última vez em que eles se viram a garota tirou a roupa na frente dele e ficou apenas de sutiã e calcinha rebolando em sua frente.

Ele apareceu lá ainda atrasado, ele estava com uma camisa polo azul bebe, é uma calça jeans azul escura, é um tênis preto, seu cabelo estava preso em um coquinho e ele parecia meio nervoso ou ansioso.

Já Lulli estava com um vestido que ia até os joelhos, ele era roxo e tinha alguns detalhes de cor vinho, estava usando uma sapatilha preta, é diferente das outras vezes em que eles se viram ela estava se cabelo solto e maquiada, porém o óculos estava em seu lugar.

–Oi- ele disse ao se aproximar dela.

–Oi- ela sorriu e os dois se cumprimentaram.

Os dois entregaram os ingressos e conseguiram entrar.

O lugar cheirava bem e logo na entrada havia diversos quatros e estátuas, eles passaram por um detector de metal e entraram sem falar nada

O museu tinha mais réplicas de obras de outros países e bem conhecidas, havia várias estaturas e vários quadros, Tom não estava muito ligado nas coisas mas Lulli conhecia tudo e a cada cinco passos ele tirava foto de algo ou pedia para ele tirar — às vezes ele até perguntava sobre os quadros — mas também tinha muita vergonha.


Os dois foram em um cinema no do museu que contava umas histórias sobre a arte, isso não os deixou conversar pois Lulli ficou muito concentrada.

Mas finalmente a hora em que estavam comer algo — fora do museu, aquele lugar chato — e talvez fosse a hora deles conversarem.

Tinha uma padaria aberta e haviam poucas pessoas, eles se sentaram perto da parede de vidro que dava para ver a rua que claramente estava cheia de pessoas.

–Então... Gostou?- perguntou Tom ao ver o sorriso de Lulli.

–Aí eu amei, foi muito bonito ver todas aquelas coisas- disse ela calma.

–Que bom, porque eu não conhecia nada lá- os dois riram.

–Eu percebi, mas foi bonito o seu sacrifício de você ir a um lugar comigo sem entender da nada.

A mão direita de Tom estava sobre a mesa então Lulli colocou sua mão sobre a dele e fez um carinho, isso fez os dois sorrirem. Aquele toque fez o coração de Lulli bater mais rápido, e os dois ficaram um encarando o outro com um sorriso no outro, aquele momento poderia não ter mais fim. Quando alguém os interrompe:

– O que vocês vão querer?- disse uma mulher loira de avental branco.

Os dois se assustaram.

–Um croissant de chocolate- disse Lulli.

–Pode ser um misto quente pra mim.

–E as bebidas?

–Eu vou querer um suco de laranja- Tom disse na hora.

–Um café com leite já estaria ótimo.

Os dois pediram coisas totalmente diferentes.

Assim que a mulher saiu os dois ficaram quietos, não sabiam mais o que dizer um para o outro depois daquele clima que estava rolando.

Então Lulli pegou seu celular e ficou passando as fotos do Museu.

–Gostei dessa foto aqui- ela virou o visor para que ele visse- talvez eu poste ela no facebook...

Como Lulli conseguia ser tão calma e simplesinha, isso fazia Tom se encantar por ela.

–Talvez eu comete...

Os dois estavam do lado de uma escultura na foto, nenhum dos dois conheciam e então pediram para um monitor tirar a foto e Lulli prometeu para Tom que iria contar a história para ele depois.

–Nunca fui de mexer no facebook, mas talvez já estaja na hora não é- ela riu.

–Eu também não mexia muito no facebook, quando eu morava na minha antiga casa eu preferia 100% ficar na praia do que no celular e no facebook. Mas aqui não tem nada pra fazer, então fico no celular mesmo.

–Verdade aqui não tem nada para fazer, só se a pessoa namorar mesmo para poder ocupar a cabeça- os dois riram.

–Verdade... Pena que eu não namoro- os dois riram mais.

Quando a garçonete voltou com os pedidos dele ficou um silêncio por um tempo enquanto davam as suas primeiras mordidas. Mas depois que Lulli terminou de mastigar ela perguntou:

–Mas você já namorou?

–Olha eu já gostei de várias meninas, mas namorar só uma vez, a menina era linda tinha uma pele morena, quase negra, e uns cabelos cacheados baixos... Ela adorava festas e...

–Você está descrevendo a Iara?- Lulli perguntou confusa.

–Não-Tom riu- elas se lembram um pouco, mas não, não estou descrevendo a Iara- Tom sorriu de novo.

–Ah.

–Mas você já namorou?- Tom sabia que a resposta era não, mas o que custava perguntar.

–Sim...- ela olhou para baixo e Tom ficou boquiaberto- eu tinha quatorze anos, e nós namoramos escondidos por dois meses, até o dia em que ele falou que aquilo era ridículo e me trocou por uma loura peituda... Aí depois ele foi embora para Minas Gerais.

Ela dizia tudo com a maior facilidade, ela não parecia ter namorada algum dia. Parecia até mentira.

–Hum, parece que não temos sorte no amor- Tom riu junto dela.

–Mas você não terminou de me contar o que aconteceu...

–Eu vim embora e quando eu cheguei aqui antes das aulas terminarem, descobri que ela me traia com um outro cara- Tom disse com uma voz de deboche.

Assim que os dois terminaram de comer Tom pagou tudo e os dois foram andar pela cidade.

–Sabe aquele assunto de nós não termos sorte no amor?- disse Tom.

Ele estava decidido do que queria, e aquilo era a Lulli, chega de esperar Iara a garota sexy que era sua melhor amiga, ela talvez estivesse mesmo gostando de Eric e Tom era um perdedor perto dele. Talvez ele se mereçam os dois gostam de sexo, beber e ousadia, e eles pareciam ser bem felizes.

–O quê que tem?- Lulli olhou para ele e sorriu.

–Vamos tentar... Como eu posso dizer... Outra vez... Acho que...- as palavras estavam saindo travadas de sua boca- podemos...

Lulli puxou o ar, ela sabia muito bem o que ele queria dizer mas os dois não conseguiam. Um segurava a mão do outro é um encarava o outro sem absolutamente dizerem nada apenas trocando olhares, e quando um estava bem perto do outro podiam sentir a respiração um do outro... Era um momento mágico, porém cheios de pausas nenhum dos dois tinha uma reação, quando finalmente um voz do além — o trânsito de carros — gritou:

–SE BEIJEM LOGO!

Lulli riu e logo ficou corada de vergonha, então foi o que Tom fez. A puxou para um lindo beijo de língua, os dois se abraçaram naquele momento e os dois se beijaram lentamente, e quando o beijo finalmente acabou Lulli disse:

–Isso foi um pedido de namoro?

–Acho que sim né?!- ele riu e olhou para baixo.

–Nunca mais quero sair daqui!- Lulli disse com um sorriso e voltou a beijar seu novo namorado.

Viva a adolescência!  VOL. 01Onde histórias criam vida. Descubra agora