Luisa 1.0 novamente

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Realmente Luísa desistiu, ela tentou mudar, ser uma pessoa legal, até mais educada, só que do que adiantava ela ser assim e não ser amada, não ter amigos.

Era sexta à noite e Luísa havia faltado desde quarta-feira na escola, foda-se Iara, foda-se Dudu, foda-se Tom e sua amiga nojentinha, foda-se Nadia, foda-se TODO MUNDO! Era esse seus pensamentos nos últimos dias.

Ela estava em um bar onde ela e Iara eram acostumadas a ir quando matavam aula, mas elas não iam lá à noite pois tinham vários universitários bêbados lá.

Ela estava com um top preto escrito algo em inglês seu cabelo estava solto e ela havia passado a babyliss e ela estava usando uma bandana preta, um shorts azul escuro muito curto que mostrava um pouco da poupa da bunda é uma meia calça preta totalmente rasgada e sei all star de sempre.

–Mais uma dose de wisky, por favor Haas- disse ela ao dono do bar.

–Sua amiga estava aqui esses dias, até estranhei ela estar com outro garota- ele riu.

–Uma loira?- ela perguntou e ele confirmou- que vacas.

–Saíram com dois caras mais velhos.

–Só para atualizar, não somos mais amigas, ela sempre teve razão em tudo e eu odeio isso!- a garota rangeu os dentes.

Ela pegou seu copo e começou a beber mais wisky rápido que pode, parecia que aquela noite seria inesquecível para a menina.

–Haas! Mais um copo! Pode ser algo mais forte se quiser.

Enquanto ela arcava com o álcool andando em seu corpo e já deixando ela meio zonza viu dois rapazes se aproximarem.

–Oi, eu sou...

–Nem comecem tá bom! Vocês querem o que? Sexo? Que eu use drogas com vocês? Ou apenas beijos?- Luísa debochou sem nem olhar para eles.

–Acho que tudo isso que você disse... Mas você é menor de idade?- disse um dos rapazes que era loiro.

–Sou mais e daí? Já estou quase bêbada, e meus pais acham que eu estou na casa de uma amiga minha que nem está olhando na minha cara.

–Pode me chamar de Galego... Esse aqui é meu amigo Leo...- ele apontou para o garoto do seu lado.

–Luísa...

Quando Luísa levantou a cabeça e viu Leo era o irmão de Ester, uma de suas amigas, ou sua única amiga, já que Nadia não falará com ela desde que ela brigou com Iara. Ele estava usando uma blusa que dizia algo sobre tecnologia, é uma calça jeans preta. Seu tênis era de uma marca muito cara e ela usava um boné, o que deixava ele sendo um loiro ainda mais bonito com aqueles cabelos loiros escuros.

Já o Galego usava uma regata florida, é uma calça jeans azul clara, só que diferente do amigo estava usando um chinelo havaianas. Seus cabelo estava penteados para o lado e sua barba estava mal feita.

–Mas quantos anos você tem?- perguntou Leo, sem ao menos lembra da menina.

–Eu tenho quase dezesseis e vocês?- ela voltou a olhar no celular e beber em seu copo de wisky.

–Eu tenho vinte e ele dezenove- disse Leo.

–Até que você é novinha- disse Galego.

–Vocês não viram ainda não viram tudo...- ela é interrompida com o celular tocando- já volto!

No visor havia um número desconhecido, isso a deixou assustada, será que era Iara em perigo? Ou os pais preocupados? Ela iria ter que se esforçar para fingir que não estava bêbada.

–Alô?- perguntou uma voz feminina ao telefone.

–Alô.

–Você é a Luísa?- A garota disse meio tímida.

–Quem é você?- Luísa questionou.

–Você não vai acreditar, mas eu sou... A Leila, sua irmã...

Luísa desligou na hora, ela não queria mais problemas em sua vida, já faziam-se quase um ano que os pais de Luísa haviam superado que Leila havia fugido de casa. Ela não poderia voltar e estragar tudo que a família havia recuperado. Mesmo os pais não dando muita atenção para ela, imagina quando Leila "A garota desaparecida" aparecesse?

Ela voltou para dentro do bar ainda meio tonta, e se virou para os garotos:

–O que vocês têm para me oferecer além de sexo?

–Eu não sou muito fã de maconha, mas o Galego é- disse Leo.

–E balinha?- ela sugeriu.

–Você tem?- o Galego sorriu.

–Não, mas sei onde tem e consigo de graça para vocês, quer dizer, a gente.

–Quer carona?- perguntou Leo.

–Mas eu não tenho amiga para o outro, se bem que ainda estou decidindo com qual...

–Depois vemos isso...- vou te levar para um hotel maravilhoso.

–Pra que hotéis, sendo que existe quarto, não sou essa garotas idiotas.

–Vamos?- perguntou Galego quase sem paciência.

–Vamos- ela pegou a bolsinha e acompanhou os meninos até o carro.


Depois de tudo o que aconteceu na noite Luísa foi na janela do quarto e ficou fumando um baseado, ela já tinha fuçado o quarto inteiro e descobriu que os dois dividiam um quarto na universidade e faziam faculdade de advocacia.

Então seu celular tocou de novo, era aquele mesmo número mesmo número desconhecido, um arrepio subiu sobre sua espinha e ela mal sabia o que fazer.

Então atendeu:

–Luísa? A ligação tinha caído- ela aquela mesma voz.

–Você não pode voltar para a nossa casa, você tem que ir embora! Agora vê se some menina!

Ela desligou novamente.

Luísa não sabia o que fazer, não sabia como reagir aquilo, sua irmã não podia voltar ela havia ido embora para sempre ela pensará, como ela se atreve a aparecer do nada como se fosse uma coisa comum?

Depois que a maconha a acabou e a insônia não, Luísa fumou um cigarro – seus pulmões estavam morrendo depois desse dia – ela simplesmente não estava mais aí para nada.

–Ei... O que está fazendo?- perguntou Galego acordando.

–Apenas fumando...- ela disse com frieza.

Ele se levantou e a abraçou por trás. Fazia muito tempo que ela não fazia sexo com homens mais velhos, e aquele havia sido seu primeiro menagem.

–Foi bom?- ele perguntou em quanto pegava o cigarro para dar uma tragada.

–Sim...

–Vem vamos deitar se não eu vou querer te comer de novo- ele brincou fazendo ela sorrir.

Já eram quase quatro da manhã, é por que sua irmã desaparecida havia ligado esse horário?

Ela tinha que parar de pensar nessa menina. Ela apenas foi para a cama de um deles e se deitou junto de Galego, e ele ficou fazendo carinho nela até ela finalmente pegar no sono.

Viva a adolescência!  VOL. 01Onde histórias criam vida. Descubra agora