Eu Sei Que Vou Te Amar.

Capítulo 1

Acordo quase socando o despertador, são 6 da manhã e já vai começar a minha rotina. Levanto, faço a minha higiene e vou para a cozinha tomar meu café da manhã, minha mãe já se encontra na mesa junto ao meu pai, Clara minha irmã ainda deve estar em coma na cama. Me sento e tomo meu café demoradamente, converso um pouco com meus pais e vou acordar Maria.

_ Bom dia princesa. - Bati na porta e abri, mas ela nem se mexeu. - Ei acorda. - Assoprei seu ouvido e ela se mexeu.

_ Bom dia Isa, que horas são? - Se espreguiçou.

_ Umas 7, sei lá.

_ Que merda! Estou atrasada para escola. – Ela levantou-se em um pulo e saiu correndo para o banheiro.

Fui para o meu quarto e me arrumei para ir ao trabalho, sempre coloco uma blusa fechadinha e uma calça jeans, assim não arranco olhares de nenhum pai que vá ao meu consultório. Já passei por poucas e boas com mães ciumentas e pais sem vergonha. Peguei a chave do carro e fui.

Cheguei e já tinha algumas mães esperando, fico feliz que eu faça sucesso na minha área. Entrei, ajeitei algumas coisas e comecei a atender, meus pacientes preferidos são bebês, sou completamente apaixonada, sonho um dia ser mãe, mas esse sonho está meio distante já que eu nem namorado tenho mais.

Se passaram algumas horas, na verdade muitas, e quando se foi a última paciente pude me ver livre dalí. Fui até a recepção e Thalia estava lá.

_ Até que enfim vaca.

Sempre com uma maravilhosa recepção.

_ Posso saber o que faz aqui? Está grávida? - Thalia riu forçadamente.

_ Estou tão gorda assim? - Olhei-a de cima a baixo.

_ Talvez. - Nós rimos.

_ Para tá, vim te chamar pra comemorar comigo.

_ Comemorar? O que?

_ Minha primeira entrevista, nem acredito.

_ Finalmente, depois de anos se matando naquela revista, vai ser com quem?

_ Nada mais, nada menos que Ana Carolina.

_ Uau, meus parabéns. Ela é uma grande cantora, gosto muito dela. - Analisei umas papeladas que minha secretária deixou para mim no balcão.

_ Então...

_ Ferrou, fala logo.

_ Vem comigo?

_ O que? Ta louca? Deixar meu consultório.

_ Vai por favor, eu preciso de força lá, acho que quando eu a ver vou desmaiar.

_ Eita profissionalismo.

_ Para vai, por favor, você é minha melhor amiga.

_ Agora é chantagem emocional?

_ Por favor. - Fez bico.

_ Ta bom vai, que horas?

_ 15 horas.

_ Aonde?

_ Lá na revista.

_ Ta bom.

_ Agora vamos comemorar.

_ Sério cara? Eu estou morta.

_ Nem adianta negar. - Me puxou.

_ Para onde nós vamos?

_ Pro OutBack, os meninos estão esperando a gente lá.

Peguei meu carro e Thalia foi na frente com o dela, chegamos e lá estavam Vitor, Pedro e Iasmim esperando por nós na mesa, comprimentos todos e sentamos.

_Como vão gatas, como anda a vida? - Vitor iniciou a conversa.

_ Na mesma, trabalhando e estudando igual a uma condenada. - Iasmim comentou.

_ Ninguém mandou fazer psiquiatria, vai ficar maluca. - Não iria perder a oportunidade de alfinetar.

_ Verdade, já eu, estou indo morar com meu amor. - Pedro colou a mão em cima da mão do Vitor e apertou.

_ Sério? Que legal, vão casar agora? Quero ser madrinha.

Falei da boca para fora porque nem a pau que eu entro com aqueles vestidos e agarrada com um desconhecido escolhido pelos noivos.

_ Estamos pensando nisso.

_ Então pra comemorar minha primeira entrevista e o novo apê do Pedro, vamos beber. - Chamei o garçom e pedindo algumas bebidas.

E a noite se resumiu nisso, bebemos muito, tinha uns caras que estavam paquerando eu e Iasmim mas eu não liguei, não estou muito afim. Quando a noite acabou chamei o drivecar, fui em um táxi enquanto outro motorista levava meu carro, subi, tomei uma ducha e despenquei na cama.

(Outro Dia)

Acordei como sempre puta com o despertador, levantei fiz minha higiene, peguei meu celular e liguei para Juliana minha secretária pra avisar que eu sou ia atender até as 1 da tarde, comi umas frutas, me arrumei e fui pro trabalho. Cheguei e graças ao bom Deus não estava tão cheio. Terminei de atender às crianças e corri para casa, coloquei uma roupinha leve mas elegante e fui pra a revista.

Cheguei e Thalia estava uma pilha de nervos.

_ Que bom que você chegou, sério, eu estou muito nervosa. - Correu pra me abraçar.

_ Calma, ela é legal, é só você não passar dos limites nas perguntas.

_ Vou tentar.

_ Você já preparou tudo?

_ Sim.

_ Então fica tranquila que vai correr tudo bem.

_ Tomara, sério mesmo.

_ Thalia a Ana acabou de chegar então já prepara tudo aí. - Uma estranha surgiu do chão.

_ Ai cara fodeu, o que eu faço?

_ Vai se preparar.

_ Ta bom.

_ Eu vou arranjar um café depois de encontro.

_ Ta bom.

Aquilo ali estava um inferno, era gente passando para tudo quanto era lado, nunca vi tanta gente em um lugar só, sem falar no barulho, era telefone tocando e gente falando o tempo todo. Rodei aquilo tudo ali até achar a cafeteira que tinha em um canto ali, peguei um copinho e quando ia encher surgiu uma mão na minha cintura.

_ Oi, você trabalha aqui?

Eu conhecia aquela voz, na verdade, era inconfundível, acho que eu só não conseguia acreditar que era ela, me virei e sim era ela, ela tinha seus cabelos ruivos e usava uma roupa preta muito elegante.