Capítulo 6

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_ Eu vou te matar quando eu sair daqui. - Sussurrei em seu ouvido seguido de um sorriso.

_ Vai amor, come uma torrada. - Enfiou uma torrada na minha boca.

_ Há há, você vai ver aonde eu vou enfiar essa torrada. - Sussurrei apenas pra Ana escutar.

_ Não vai nos apresentar Ana? - Uma senhora sentada na ponta da mesa se pronunciou.

_ Essa é a Maria mãe, minha namorada. - Segurou minha mão.

_ Mais uma?

_ Mãe! - Ana a repreendeu.

_ Bom, eu tenho que ir trabalhar, foi um prazer conhecer a senhora. - Me levantei e fui para o quarto, logo Ana veio atrás.

_ Bom dia amor. - Imitou a minha voz.

_ Vai a merda Ana, estou a um passo de te dar outro tapa.

_ Meu deus, você é muito violenta.

Peguei minhas roupas e vesti, juntei minhas coisas e já ia saindo.

_ Tchau Ana.

_ Calma, eu vou te levar lá embaixo.

Nós passamos por todos de mãos dadas, logo que passamos por eles larguei a mão dela, ela me levou até o meu carro e eu fui para casa, peguei meu jaleco e fui para o consultório.

(...)

_ Tem mais alguma Ju? - Me dirigi a recepção.

_ Não senhora, apenas umas que marcaram mas não vieram.

_ Então já está liberada, pode ir.

_ Tudo bem.

Fiquei dando um jeitinho lá, Juliana foi embora, peguei minhas coisas, desliguei tudo e sai para fechar o consultório.

_ Até que enfim.

_ A não, você já está virando um encosto na minha vida Ana.

_ Aquilo deu certo, eles já me convocaram pra uma reunião.

_ Eles te convocaram pra uma reunião porque você apareceu com uma garota diferente?

_ Sim, por causa do contrato, eles querem discutir isso, então agora é a hora da gente atacar.

_ A gente?

_ Sim, a gente, você falou que ia me ajudar.

_ Estou pensando seriamente nisso.

_ Vamos lá pra casa.

_ Eu tenho família Ana.

_ Leva sua família também.

_ A claro! Vou chegar linda e sorridente dizendo: Família, vamos todos a casa da minha namorada de mentira, eu já disse que ela é uma mulher? - Ironizei. - Eles vão amar. Hoje eu vou para minha casa.

_ Linda e maravilhosa você é sim. Então eu vou com você para sua casa.

_ Você não tem nenhuma turnê não?

_ Não, vai começar mês que vem.

_ Arranja um show pra fazer.

_ Para de ser marrenta.

_ Para de me perseguir.

_ Vamos logo pra sua casa.

_ Eu não vou te levar pra minha casa.

_ Então vamos pra minha.

_ Não! - Me alterei.

_ Ou nós vamos pra sua casa ou pra minha.

_ Ana, vai a merda.

_ Vamos logo.

_ Deixa eu fechar isso aqui então. - E assim fiz.

Fomos o caminho todo em silêncio, chegamos naquele fim de mundo que é a casa dela, ela pegou minhas coisas e subimos, sua mãe estava na sala falando com a empregada.

_ Qual o nome dela? - Perguntei a Ana.

_ Aparecida.

_ Ata.

_ Vou colocar suas coisas lá em cima, já volto. - E subiu.

_ Olá Dona Aparecida.

_ Oi Maria, senta aqui. - Se sentou no sofá e me chamou.

_ Tudo bem com a senhora? - Me sentei.

_ Sim, olha meu bem, eu espero que você agarre minha filha com unhas e dentes porque essa daí é pior que sabonete pra escorregar.

_ Eu vou fazer o possível pra ficar com ela.

_ Tente porque tem muita gente na fila.

_ Mãe para de encher a cabeça da minha namorada, por favor. - Se sentou ao meu lado.

_ E a Leticia? Já acabou?

_ Mãe para. - Ficou nervosa.

_ Eu só estou falando a verdade, você troca de namorada como se trocasse de roupa, semana passada quem estava no seu quarto era a Chiara e agora ela.

_ Já chega, vem Isabel. - Me puxou para o quarto. - Desculpa pela minha mãe.

_ Pela jeito você é bem saidinha.

_ Não liga pra ela tá?

_ Mãe sendo mãe.

_ As vezes elas são bem inconvenientes. - Rimos.

_ Eu estou morta. - Me joguei na cama.

_ Eu também. - Se deitou ao meu lado.

_ Me empresta outra roupa vai. - A empurrei com o pé.

_ Só se você deixar eu dormir com você hoje.

Eu Sei Que Vou Te Amar.Onde histórias criam vida. Descubra agora