Capítulo 8

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_ Não é isso que diz o contrato.

_ Quem come ela sou eu não o contrato meu bem.

_ Um pronunciamento, toma Sônia. – Totonho disse e todos riram menos Sônia.

_ Vamos pra piscina amor. - Eu entendi que ela queria conversar comigo, assim fizemos.

_ Que foi?

_ Você tem que conquistar ela, não brigar.

_ Impossível porque logo que cheguei na mesa vi que ela não foi com a minha cara e eu não fui com a dela.

_ Mas por outro lado você está se saindo uma namorada falsa ciumenta excelente.

_ A muito obrigada. - Disse sarcástica.

_ Toma. - Arrancou uma flor e colocou na minha orelha. - Quem te vê assim acha que você é uma pessoa fofa.

_ Ei! Eu sou uma pessoa fofa tá, não é à toa que eu sou pediatra.

_ E barraqueira.

_ Já acabou?

_ Você vai ser uma ótima mãe pra minha filha.

_ Oi? Isso não está no trato tá e pode deixar que eu vou fazer o meu naturalmente.

_ Ué, qual o problema de fazer em laboratório? Do mesmo jeito sai bebê.

_ Eu só faço no laboratório se meu marido tiver problema de fertilidade.

_ Ou se você casar com uma mulher.

_ Eu não vou me casar com uma mulher.

_ Como pode ter tanta certeza?

_ Ana vai a merda, aproveita e me deixa em casa.

Me despedi de todos e fiquei esperando a Ana, logo ela desceu e fomos para casa dos meus pais, Ana ficava ouvindo umas músicas bem chatas na rádio e eu tive que me esforçar para não dormir.

_ Então... eu posso pelo menos subir e dar um beijo na minha sogra.

_ Não, nem sonhando, e a minha irmã está em casa o que é pior ainda.

_ Oxe, por quê?

_ Porque não tá.

_ Mas eu vou do mesmo jeito. - Saiu do carro.

_ Ana, não. - Disse nervosa.

_ Que mal tem isso? Elas não vão saber da gente.

_ Não existe a gente tá, nunca existiu, e a minha irmã vai dar um chilique.

_ Existe sim e porque ela vai dar um chilique?

_ Por ela gosta de você e eu sei que você vai aprontar.

_ Melhor ainda, vamos. - Me arrastou pela mão.

Minha vontade era de colocar a Ana na porta, tomar uma certa distância é dar um chute nela para voar longe.

Por favor, me dê paciência.

Subimos e Ana continuava a me arrastar, vi que ela não ia embora então levei ela até o apartamento, apertei a campainha e minha mãe atendeu.

_ Oi amor. - Me abraçou.

_ Oi mãe, essa é a Ana, Ana essa é a minha mãe Martha.

_ Olá Martha. - A cumprimentou.

_ Bom, entra. - Minha mãe abriu espaço e nós entramos.

_ Ai meu deus, Isabel como que você traz a Ana Carolina e não me avisa? E aliás, de onde você conhece a Ana?

_ Não vem ao caso tá, pode ficar com ela pra você porque eu tô indo pro meu quarto. - Empurrei Ana em sua direção. - Clara, Ana, Ana, Clara.

Fui para o meu quarto e vi que Clara tinha tomado posse porque tinha seus CD's e minha cama estava toda desarrumada.

_ Clara fica longe do meu quarto. - Gritei da porta.

_ Mete o pé logo daqui e deixa o meu quarto.

_ Nem pense nisso mocinha.

Catei os seus CD's e fui devolver para a praga, fui a sala e a criatura estava atracada com a Ana.

_ Larga ela Satanás e toma logo seus CD's e fica longe, bem longe do meu quarto.

_ Na hora que tu vazar daqui ele é meu querida.

_ Sonha pirralha.

_ Eu adorei te conhecer Clara. - Beijou sua bochecha.

_ Já conheceu todo mundo né, agora tchau. - Sussurrei só para ela ouvir.

_ É, eu tenho que ir pra reunião, e eu estou prevendo muitas depois dessas e na próxima você vai.

_ O que? Não.

_ Óbvio que vai, mais tarde eu te ligo pra dizer como que foi.

_ Ta, agora mete o pé.

_ Nossa que hospitalidade. - Disse irônica.

_ Tchau Ana. - A arrastei para fora e fechei a porta.

Me sentei no sofá, peguei o controle e fiquei assistindo a maldita Sessão da Tarde, pelo menos dessa vez não passava Lagoa Azul, logo Clara se sentou do meu lado.

_ Você não está pegando a Ana né?

_ O que? Ta louca garota, eu sou hétero.

_ Idaí? Não significa nada, eu sou hétero mas abro exceção para ela. - Um sorriso malicioso surgiu em seus lábios.

_ Deixa a mãe saber disso.

_ Nem louca.

_ Amanhã eu vou no hospital visitar algumas crianças, você podia ir comigo né?

_ Eu bem que queria maninha mas eu tenho apresentação de trabalho na escola, manda um beijo pra todo mundo por mim.

_ Ta bom.

_ Agora deixa eu ir estudar porque se não eu repito. - Me deu um beijo e foi para o quarto.

Eu não tinha nenhum plano para esse final de semana então peguei minhas chaves e fui para o meu apartamento, ele já tinha começado a ser decorado então vou dar um pulinho lá para ver como está ficando.

Cheguei no prédio e subi, abri a porta e estava tudo ficando realmente lindo, exatamente como eu disse, tinha algumas caixas de móveis e eletrodomésticos para serem montados ainda, falta só os últimos detalhes e eu já posso me mudar. A parte que eu mais gosto é a vista, posso ficar horas ali, só olhando, me encostei na parede e fiquei olhando. Ouvi batidas na porta e fui ver quem era.

_ Oi, desculpa, eu vi seu sapato aqui e resolvi vir te dar boas-vindas.

_ Claro, entra.

_ Prazer eu sou a Selma, moro no apartamento ao lado.

_ A sim, Selma irmã da Ana Carolina né?

_ Não me diga que é Carolinática? - Fingiu estar com medo da minha resposta ser sim.

_ Não, não, minha irmã que é.

_ Então quando a Ana estiver aqui eu aviso aí você traz ela pra conhecer minha irmã.

_ Pode deixar, tenho certeza que ela vai fazer um escândalo. - Rimos.

_ Então está combinado?

_ Claro.

_ Foi um prazer te conhecer, agora eu tenho que ir.

_ Quando tudo estiver pronto pode deixar que eu vou te chamar pra nos conhecermos melhor.

_ Ta bom, tchau.

_ Tchau. - Abri a porta para que ela saísse.

Fiquei dando uma última olhada nas coisas, meu celular começou a tocar e era a Ana.

~~~Ligação On~~~

_ Então... Como é que foi a reunião?

Eu Sei Que Vou Te Amar.Onde histórias criam vida. Descubra agora