Capítulo 33

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_ O que houve?

Perguntei.

_ Tem uma ligação para o senhor no andar de baixo.

_ Ta bom, já volto princesa.

Ele piscou para mim e eu ri com aquilo.

_ A Dona Ana está pedindo a sua presença no banheiro.

_ Diga para a Dona Ana que eu não sou mulher de se encontrar em banheiro.

Me levantei e saí andando desfilando pela casa. Fui até o puxadinho da Dona Cida e a encontrei se arrumando para o show.

_ Como vai meu anjo?

_ Cansada e a senhora?

_ Estou bem, cansada do trabalho?

Me sentei na poltrona e ela me seguiu.

_ Cansada de tudo.

_ Esse "tudo" inclui a minha filha?

_ Sinceramente? Não sei.

_ Olha minha querida, que relacionamento não possui obstáculos? Eu sei que os seus são bem maiores que o de Ana, mas não desista, não desista da minha filha, isso vai acabar e você vai ver, vocês vão ser muito felizes.

_ Assim espero.

Ela acariciava minhas mãos com as suas e parecia sonhar com algo, talvez o meu futuro com Ana. Ela parece enxergar algo nesse futuro, algo que eu mesma não consigo enxergar.

_ Vamos mãe, a senhora viu a...

A Ana adentrou o quarto e eu revirei os olhos.

_ Isabel.

_ Estamos aqui, vamos?

_ Sim.

Nos levantamos e fomos pra entrada da casa, todos entraram em seus devidos carros e foram em direção a casa de show.

O trânsito estava péssimo, e tudo isso por causa do seu show. Apesar disso não demoramos muito a chegar já que era perto.

Passamos em frente a casa de show e a fila estava enorme, meninas cantavam e pulavam do lado de fora enlouquecidas, eram casais, solteiros, héteros, bissexuais, ricos, pobres, tudo quanto era tipo de gente que se possa imaginar.

Estacionei o carro na área credenciada e subi pro saguão onde outra festa de recepção acontecia para os convidados.

Olhei ao redor e eu não conhecia ninguém, então encostei na parede e fiquei mexendo na unha e no celular, aquelas coisas normais que todo mundo faz pra disfarçar que está sozinha mas não está nenhum pouco entediada.

Se passou uns 10 minutos e o ambiente já estava lotado, Ana surgiu e todos começaram a assobiar e a aplaudi-la. Foi o único momento que eu a vi, porque segundos depois ela desapareceu no meio daquela multidão de gente.

Se não conheço ninguém, não posso me acabar de beber, minha namorada não pode me tratar como namorada, a única coisa que eu posso fazer por aqui é andar. E foi exatamente o que eu fiz, tinha muitos quadros na parede e eu fiz questão de observar cada um, cada pingo de tinta, cada pincelada, vasos, pessoas que passavam, até os pisos do chão eram uma distração para mim.

Depois de andar bastante encontrei um corredor, duas portas me separavam dele, ali estava escrito:

CAMARINS

Apenas pessoal autorizado.

Entrei e a equipe de Ana corria de um lado para o outro com caixas enormes, pretas, provavelmente eram instrumentos, aparelhagens, essas coisas na qual não entendo nada.

Ouvia as meninas aquecendo a voz, outros afinando instrumentos, falando no rádio, era uma barulheira que só.

Continuei caminhando, a barulho foi ficando menor e o corredor foi ficando vazio. Senti uma mão no meu braço e me deu um grande puxão, minha visão ficou turva com a velocidade, ouvi um estrondo de porta fechando, demorou alguns segundos até eu voltar ao normal e perceber o que estava acontecendo.

_ Isabel? Você está bem?

Ana tinha um olhar preocupado.

_ Você quase me matou Ana.

Dei um tapa em seu braço e ela reclamou.

_ Desculpa, é que eu não podia arriscar que alguém te visse.

_ Então resolveu me sequestrar?

_ Sim.

Revirei os olhos.

_ Por que estava dando bola pro Rodrigo lá na festa?

_ Dando bola? Eu tenho que aturar você sendo feliz com a Chiara e você não pode me aturar conversando com um homem?

_ Que estava claramente interessado em você.

_ E a Chiara não, não é?

_ É totalmente diferente Isabel! - Gritou.

_ Sim, isso é óbvio, porque você tem um estúpido contrato que te une a ela e te separa de mim! - Gritei de volta e ela se surpreendeu.

_ Eu te odeio Ana!

Eu batia em seu tórax enquanto ela tentava me controlar, Ana me arrastou para atrás até eu bater na parede, o único jeito que ela viu de me parar era selando os nossos lábios, e me parou, minha mãos já não batiam e sim a despia.

_ Meia hora Ana!

Alguém gritou batendo na porta.

_ Você a ouviu.

Enfiei minha mão em sua calça e comecei a massagear seu clitóris, olhei em seus olhos recheados de desejo enquanto tentávamos controlar nossas respirações. Me ajoelhei e abaixei de vez sua calça, não tínhamos muito tempo então apenas abocanhei seu sexo. Ana pegou uma de suas toalhas e mordeu para que abafasse seus gemidos.

Chupava, mordiscava, apertava e Ana ia a loucura. Enfiei minha língua em seu sexo e senti toda a sua umidade, meu rosto já estava todo suado e meus cabelos estavam em um rabo de cavalo onde a xuchinha era a mão de Ana.

Ela ficava cada vez mais molhada e mais próxima, me levantei novamente e a penetrei dois dedos, não fiz muito esforço e seu líquido já escorria em meus dedos e seus gemidos já estavam sendo abafados pela minha língua.

_ Eu te adoro Ana.

Disse em seu ouvido e mordi o lóbulo de sua orelha.

_ Não vou conseguir ficar tanto tempo longe de você Isabel.

Ela quase não tinha fôlego pra terminar a frase.

_ Eu também não vou conseguir ficar tanto tempo longe de você.

_ Nós vamos dar um jeito, não vamos?

_ Sexo pelo telefone? - Rimos.

_ Não é uma má ideia.

_ 5 minutos Ana!

Novamente a voz surgiu. Dessa vez Ana abriu a porta e uma mulher loira e baixa entrou, examinou Ana de cima a baixo e me encarou.

_ Vocês não poderiam ter transado antes de eu fazer a maquiagem?

Meu rosto corou instantaneamente e Ana riu da situação.

_ Senta aí Ana.

Ela puxou a cadeira pra que ela sentasse.

_ Você é um anjo Valeria.

_ Eu sei.

Eu Sei Que Vou Te Amar.Onde histórias criam vida. Descubra agora