Capítulo 7

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_ O que? Nem a pau. - A empurrei para fora da cama fazendo ela cair de bunda no chão.

_ Ai. - Resmungou. - Por favor vai, eu não quero dormir no chão.

_ Não Ana, esse era o nosso trato.

_ Eu não vou tentar nada, prometo. - Fez bico.

_ Não. - Não recuei.

_ Então isso significa que você tem medo de mim? - Disse sarcástica e sentou-se na beirada da cama.

_ Ana você é tão bonita. - Engatinhei até ela. - tão desejada e fofa que é quase impossível ter medo de você. - Passei a mão pelo seu rosto. - Isso significa que...

_ Que...?

_ Que você vai dormir no chão. - A empurrei novamente.

_ Você é uma idiota. – Disse nervosa.

_ E você é uma tarada. - Não consegui conter o riso. - Agora arruma sua cama aí e dorme.

_ A não, eu quero dormir aí.

_ Não, não, não e não, pega logo minha roupa Ana.

_ Você nem é abusada. - Se levantou do chão.

_ Eu que sou abusada? Você praticamente me sequestra, me usa como namorada e nem deixa mais eu ver minha família.

_ Falando nisso, quando que você vai me apresentar minha sogra?

_ Sua sogra? Que sogra meu bem?

_ A sua mãe, quem mais seria?

_ Você só pode estar brincando né?

_ Não ué, nossa farsa tem que ser perfeita.

_ Minha mãe nem sonha com isso tá, e se ela souber que eu tenho uma "namorada" ela com certeza vai dar um ataque. - Fiz aspas no ar no namorada.

_ Ela não aceitaria?

_ Não e nem precisa porque eu sou hétero.

_ Tem certeza?

_ O que quer dizer com isso?

_ Que talvez você viva achando que é hétero até conhecer uma mulher que mexa com você, talvez uma ruiva. - Mexeu nas mechas de seu cabelo.

_ Pela terceira vez Ana, me dá a minha roupa. - Disse autoritária.

_ Ta bom, calma.

Depois que Ana me deu a roupa eu tomei um banho e caí na cama, arrumaram a cama da Ana e a mesma foi tomar um banho, por mais cansada que eu estivesse eu não conseguia dormir, logo Ana saiu do banho e veio se deitar.

_ Ana?

_ Mudou de ideia?

_ Vai me fazer dormir?

_ Ta bom. - Quase saltou para a cama. - Está sem sono?

_ Não mas também não consigo dormir.

_ Está sentindo falta de casa? - Me puxou para deitar em seu peito.

_ Um pouco, vou me mudar em pouco tempo e vai ser difícil ficar sem a minha mãe.

_ Você vai morar lá no apê da minha irmã? - Fez carinho no meu cabelo.

_ Vou.

_ Pelo menos já sei o seu endereço novo.

_ Ai meu deus, para de me perseguir Ana.

_ Minha mãe me ensinou a correr atrás dos meus sonhos.

_ Quer voltar pro chão?

_ Ta bom parei.

(Outro Dia)

Acordei meio desengonçada porque ainda me encontrava no peito de Ana, eu ri ao ver o quanto ela é fofa dormindo, nem parece a mesma pessoa de quando está acordada. Fui até o banheiro e tinha um pacote de escova de dente e um bilhete.

Acho que está ficando sério, você já tem até uma escova de dente na minha casa.

Cara de pau.

Sorri com o bilhete, ela deve ter colocado quando veio tomar banho, fiz minha higiene matinal e joguei uma água no corpo.

_ Você é uma mulher especial sabia? - Disse enquanto eu saia do banho.

_ Por que?

_ Porque você toma banho no meu banheiro. - Disse ainda meio sonolenta.

_ E o que isso tem haver?

_ Eu sou meio paranoica com o meu banheiro, a Chiara demorou 4 meses até tomar banho aí.

_ É, eu realmente sou uma pessoa especial que tem uma namorada falsa, maluca e agora paranoica. - Ana riu. - Do que você está rindo? Eu estou falando sério.

_ Para tá, meu banheiro é meu banheiro, só pessoas muito especiais usam ele.

_ Estou me sentindo até melhor agora. - Disse sarcástica.

_ Vai descendo daqui a pouco eu vou.

_ Ta.

Desci com um pouco de medo, não queria que perguntassem para mim aonde eu tinha conhecido Ana ou quando foi o nosso primeiro beijo porque não tinha combinado isso com a Ana e da Dona Aparecida eu podia esperar tudo. Na mesa estava a mãe da Ana, dois homens e uma mulher que comiam e conversavam animadamente, um homem eu conhecia, acho que é o Antônio Villeroy os outros eu nunca vi.

_ Bom dia. - disse tímida e sentei a mesa.

_ Olá querida, bom dia, então, essa é a Maria nova namorada da Ana.

_ Então é ela? Ana me surpreende a cada dia. - disse a mulher.

_ Não entendi?

_ A desculpe, não me entenda mal, é que você me parece um pouco jovem.

_ Isso não atrapalha nada, aliás, ajuda, e se nenhuma mulher deu jeito nela pode deixar que eu vou porque comigo o buraco é mais embaixo. - Disse séria.

_ Finalmente a Ana arrumou alguém decente. – Antônio disse e levantou um copo em sinal de brinde.

_ Bom dia mãe. - A deu um beijo na testa. - Oi Sônia, oi Totonho, bom dia amor. - Me deu um selinho.

_ Então Ana, preparada para a reunião? Porque a sua namorada Chiara está muito brava.

_ Sim, mais preparada do que nunca. - Apertou minha mão em cima da mesa.

_ E se você é cega ou surda eu te explico tá? A namorada dela sou eu e não aquela italiana sem sal, ta bom?


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