Capítulo 16

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(Outro Dia)

Acordei e nem me arrumei nem nada, apenas escovei meus dentes e coloquei minha roupa para ir para o escritório, peguei minhas malas já que hoje finalmente vou poder me mudar definitivamente para o meu apê, tomei meu café com a minha mãe resmungando pedindo para eu ficar mais um pouco, ignorei.

Meu pai me ajudou a pôr tudo no quarto, o resto das coisas eu levaria depois. Fui direto para o escritório, aquela coisa chata de sempre, Juliana me passou as coisas que a Letícia fez e que deixou para mim, atendi as crianças, mas meu ânimo estava péssimo, odeio trabalhar assim.

[. . .]

O porteiro me ajudou a subir as malas, e no corredor vi Selma, ela me deu um beijo e se despediu pois tinha que sair. Então, finalmente é oficial eu moro sozinha, tomei um banho, coloquei uma camisola confortável e tentei desmontar as malas, porém é muita roupa e olha que eu nunca fui de shopping, ajeitei minhas coisas para amanhã e fui me deitar.

*Campainha*

Só porque eu me deitei a campainha toca, e quem saberia que eu moro aqui e quem viria aqui essa hora?

~~~Ana Carolina~~~

Depois que eu descansei um pouco da viagem decidi ir ver minha irmã Selma, depois que nos conhecemos ela virou uma grande amiga, avisei para ela que eu estava chegando e ela mandou eu esperar no apartamento porque ela não estava em casa, mas já estava chegando.

Peguei a chave embaixo do tapete, nossa, mas que cliché, e fiquei esperando assistindo TV, amém que ela não demorou muito.

_ E o que minha irmã super ocupada e linda veio fazer a aqui? - Adentrou o apartamento.

_ Vim te ver.

_ Sei...

_ Sério.

_ Com essa cara? O que está acontecendo? - Se sentou ao meu lado.

_ Nada demais.

_ Então tem algo acontecendo, é Chiara de novo?

_ Mais ou menos.

_ Fala logo Ana.

_ Tem uma mulher nova na parada.

_ Ana, você está enrolada com a Chiara ainda, não pode! - Disse brava

_ Eu sei Selma, mas, nós tínhamos um trato, ela só me ajudaria a me livrar da Chiara que eu a deixava em paz.

_ E?

_ Eu acho que eu estou gostando dela.

_ Mas ela gosta de você?

_ Não sei, ou sei? Não sei se eu sei.

_ Ana não me deixa confusa com a sua confusão.

_ Pela primeira vez eu não sei o que eu faço.

_ Ai Ana, isso é tão simples.

_ Como simples? - Perguntei indignada.

_ Diga a ela, ou mostre a ela.

_ Tem razão, mas e se ela... você sabe... não me querer?

_ Nossa você gosta dela mesmo, não é? Para estar com medo assim, simplesmente vá e faça.

_ Ta bom.

_ Você está com fome?

_ Eu estou.

_ Vou fazer alguma coisa. - Se levantou e caminhou até a cozinha. - Eu ia te apresentar a minha nova vizinha, mas você já está enrolada de novo.

_ A é?

_ Sim, ela se mudou de vez pra cá hoje, esbarrei com ela quando sai. Linda, porém, acho muito nova para você.

_ Ela se mudou pra cá hoje?

_ Sim, por quê?

_ Eu tenho que ir, a comida fica pro outro dia, te amo.

~~~Maria Isabel~~~

Me levantei e corri até a porta já que a pessoa parecia desesperada porque não parava de tocar a campainha.

_ Ana?

_ É. - Já saiu entrando e fechando a porta. - Posso entrar?

_ Já entrou né, o que você quer?

_ Eu acho que nós duas começamos errado.

_ Como assim?

_ Eu adoraria te levar pro cinema ou para um picnic, te mandar flores ou sempre dizer que te acho linda mesmo quando acabou de acordar, queria fazer músicas pra você pra te dizer coisas bonitas que não tenho coragem agora e pra mostrar o quanto me inspira. Eu queria muito te beijar sem medo e acabar com a porra dessa sua insegurança em mim, eu tenho muito medo porque você é a mulher mais instável que eu já gostei na vida, eu tenho ódio de você por me fazer gostar de você, eu tenho ódio por você ter ódio de mim e eu tenho muito ódio de você por me fazer sentir isso, e... - Eu a interrompi beijando aqueles lábios que me fazem sonhar.

Nós nos beijamos como se precisássemos daquilo para viver, tinha algo a mais dessa vez, Ana passou uma de suas mãos pela minha cintura me puxando grudando os nossos corpos e quase me tirando do chão já que ela é mais alta do que eu, a outra foi para o meu rosto e eu envolvi seu pescoço em meus braços. O ar foi faltando e eu separei o beijo com pequenos selinhos.

_ O que?

_ Era para ver se você calava a boca.

_ Acho que nós temos que conversar.

_ É, eu também

Eu Sei Que Vou Te Amar.Onde histórias criam vida. Descubra agora