Capítulo 10

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_ Ta bom... - fui interrompida por um selinho. - Ana se algum papa... - outro selinho. - Ver a gente.

_ Deixa ver.

_ Deixa ver nada Ana, vamos embora porque eu tenho que trabalhar amanhã.

_ Mas já? Você trabalha muito.

_ Você não tem nenhuma música pra compor não? Uma melodia talvez? Ou só me perseguir mesmo?

_ Bom, te perseguir virou um hobby na minha vida.

_ Percebi.

Pagamos a conta e Ana como sempre me arrastou para sua casa, quando chegamos coloquei minha bolsa no sofá e fui dar um beijo em Dona Aparecida no seu puxadinho, desci, mas não achei a mesma, subi para procura-la.

_ Ana você viu... italiana?

_ Então foi por essa daí que você me trocou? Eu não acredito, você me traindo aqui na minha cara.

_ Não inventa Chiara, não sei nem o que você está fazendo aqui, tudo que nós tínhamos que conversar já conversamos hoje.

_ Não, eu exijo explicações, o que foi as nossas noites juntas? Os dias que nós acordávamos sorrindo uma para outra? Das nossas brincadeiras? Você só estava jogando comigo? É isso Ana? - Disse nervosa e com os olhos marejados.

_ Chiara, você sabe muito bem que nunca tivemos nada sério, eu deixei isso claro.

_ Então por que disse que me amava?

_ Eu estava bêbada, não sabia o que estava falando.

_ Pois parecia estar em plena consciência na hora de me usar, você não presta Ana.

Isso foi a última coisa que eu ouvi, pois peguei minha bolsa e fui para casa, eu não conseguiria ouvir mais, eu sei o que é um coração partido e dói muito, eu me coloquei no lugar dela e realmente a Ana foi uma filha da puta então por mim ela pode descer o cassete nela. Desci todo aquele morro, porque além de morar escondida a Ana mora no pico do morro, peguei um ônibus mesmo e fui direto para casa da minha mãe.

(...)

Já era um pouco tarde quando eu cheguei, Maria estava no computador enquanto meus pais estavam no quarto.

_ Oi Maria.

_ Oi, demorou tanto assim lá com as crianças?

_ Não, eu dei uma saidinha depois.

_ Ata, e como elas estão?

_ Bem, a Ana foi lá e você tinha que ter visto a cara delas, foi incrível.

_ Seu olho brilhou quando tu falou da Ana.

_ Brilhou por causa das crianças ta? agora me deixa. - Me levantei e fui para o meu quarto.

Coloquei minha bolsa na poltrona e fui tomar um banho, coloquei uma calcinha e um blusão, só gosto de dormir assim, e me deitei.

(Outro Dia)

Acordei e fiz minha higiene, me apressei um pouco pois queria passar na casa de Ana para saber como que foi ontem, peguei uma maçã e fui para o carro.

(...)

Cheguei e as meninas da casa estavam dando banho nas cachorras da Ana, dei um oi e entrei, D. Aparecida estava à mesa.

_ Bom dia D. Aparecida.

_ Bom dia Maria.

_ A Ana não levantou ainda?

_ Não, ainda não.

_ Então eu vou dar um beijo nela antes de ir pro trabalho. - Já ia subir, mas D. Aparecida não deixou.

_ Não... senta aqui comigo, toma café.

_ Não obrigada, eu estou com um pouquinho de pressa. - Disse indo e novamente sou interrompida.

_ Você vai me fazer essa desfeita?

_ Desculpa mas eu tenho que ir pro trabalho, só passei aqui pra ver como a Ana está. - Fui, nem esperei ela me interromper novamente.

Subi as escadas e uma moça estava com uma bandeja na mão, ela estava entrando no quarto, fui atrás, mas antes dela abrir ela não deixou eu entrar.

_ Olha moça, volta mais tarde porque a Dona Ana está acompanhada e ela não gosta quando entram.

_ Ela está acompanhada? - Perguntei incrédula.

_ Sim senhora, se ela marcou alguma coisa com você, espera lá embaixo que eu aviso a ela e ela desce.

_ Ela está com quem?

_ Com a namorada.

_ Italiana?

_ Sim, agora se não se importa me de licença. - Ela já estava entrando mais eu não deixei.

_ Não diz que eu estive aqui, está bem?

_ Tudo bem. - Entrou.

Consegui ouvir algumas risadas enquanto ela abria a porta, nem me importei, só peguei minhas coisas e fui para o consultório.

_ Bom dia Ju.

_ Bom dia.

_ Tem muita coisa pra hoje?

_ Estamos lotadas.

_ Que bom. - Disse desanimada.

_ Você sempre gosta quando estamos lotadas, o que está acontecendo?

_ Só não estou em um dia bom.

Eu odeio atender minhas clientes desanimada, mas aquilo realmente me abalou.

(...)

Já eram 20:00 da noite quando eu comecei a juntar minhas coisas, Juliana estava terminando de arrumar a recepção.

_ Ju, já pode ir, eu fecho aqui.

_ Ta bom, tchau. - Me deu um beijo na bochecha e saiu.

Comecei a juntar uns brinquedos que tinham por ali, crianças adoram espalhar brinquedos.

_ Posso conversar com você? - Eu tomei um susto.

_ Que susto Ana, pode sim, deixa só eu fechar aqui. - E assim fiz.

_ Minha mãe disse que você esteve lá hoje de manhã e... eu queria te...

_ Não precisa explicar nada não Ana, nós estamos fingindo, esqueceu?

_ É... mas ontem...

_ Não aconteceu nada ontem, eu só quero saber se nós temos realmente que continuar com isso?

_ Eu realmente quero me livrar desse contrato.

_ Então você vai. - Terminei de catar os brinquedos.

_ Então você vai continuar comigo?

_ Eu vou continuar fingindo que estou com você.

_ Então você estava fingindo ontem?

_ Eu já disse que não aconteceu nada ontem.

_ Mas você...

Eu Sei Que Vou Te Amar.Onde histórias criam vida. Descubra agora