_ Ta bom... - fui interrompida por um selinho. - Ana se algum papa... - outro selinho. - Ver a gente.
_ Deixa ver.
_ Deixa ver nada Ana, vamos embora porque eu tenho que trabalhar amanhã.
_ Mas já? Você trabalha muito.
_ Você não tem nenhuma música pra compor não? Uma melodia talvez? Ou só me perseguir mesmo?
_ Bom, te perseguir virou um hobby na minha vida.
_ Percebi.
Pagamos a conta e Ana como sempre me arrastou para sua casa, quando chegamos coloquei minha bolsa no sofá e fui dar um beijo em Dona Aparecida no seu puxadinho, desci, mas não achei a mesma, subi para procura-la.
_ Ana você viu... italiana?
_ Então foi por essa daí que você me trocou? Eu não acredito, você me traindo aqui na minha cara.
_ Não inventa Chiara, não sei nem o que você está fazendo aqui, tudo que nós tínhamos que conversar já conversamos hoje.
_ Não, eu exijo explicações, o que foi as nossas noites juntas? Os dias que nós acordávamos sorrindo uma para outra? Das nossas brincadeiras? Você só estava jogando comigo? É isso Ana? - Disse nervosa e com os olhos marejados.
_ Chiara, você sabe muito bem que nunca tivemos nada sério, eu deixei isso claro.
_ Então por que disse que me amava?
_ Eu estava bêbada, não sabia o que estava falando.
_ Pois parecia estar em plena consciência na hora de me usar, você não presta Ana.
Isso foi a última coisa que eu ouvi, pois peguei minha bolsa e fui para casa, eu não conseguiria ouvir mais, eu sei o que é um coração partido e dói muito, eu me coloquei no lugar dela e realmente a Ana foi uma filha da puta então por mim ela pode descer o cassete nela. Desci todo aquele morro, porque além de morar escondida a Ana mora no pico do morro, peguei um ônibus mesmo e fui direto para casa da minha mãe.
(...)
Já era um pouco tarde quando eu cheguei, Maria estava no computador enquanto meus pais estavam no quarto.
_ Oi Maria.
_ Oi, demorou tanto assim lá com as crianças?
_ Não, eu dei uma saidinha depois.
_ Ata, e como elas estão?
_ Bem, a Ana foi lá e você tinha que ter visto a cara delas, foi incrível.
_ Seu olho brilhou quando tu falou da Ana.
_ Brilhou por causa das crianças ta? agora me deixa. - Me levantei e fui para o meu quarto.
Coloquei minha bolsa na poltrona e fui tomar um banho, coloquei uma calcinha e um blusão, só gosto de dormir assim, e me deitei.
(Outro Dia)
Acordei e fiz minha higiene, me apressei um pouco pois queria passar na casa de Ana para saber como que foi ontem, peguei uma maçã e fui para o carro.
(...)
Cheguei e as meninas da casa estavam dando banho nas cachorras da Ana, dei um oi e entrei, D. Aparecida estava à mesa.
_ Bom dia D. Aparecida.
_ Bom dia Maria.
_ A Ana não levantou ainda?
_ Não, ainda não.
_ Então eu vou dar um beijo nela antes de ir pro trabalho. - Já ia subir, mas D. Aparecida não deixou.
_ Não... senta aqui comigo, toma café.
_ Não obrigada, eu estou com um pouquinho de pressa. - Disse indo e novamente sou interrompida.
_ Você vai me fazer essa desfeita?
_ Desculpa mas eu tenho que ir pro trabalho, só passei aqui pra ver como a Ana está. - Fui, nem esperei ela me interromper novamente.
Subi as escadas e uma moça estava com uma bandeja na mão, ela estava entrando no quarto, fui atrás, mas antes dela abrir ela não deixou eu entrar.
_ Olha moça, volta mais tarde porque a Dona Ana está acompanhada e ela não gosta quando entram.
_ Ela está acompanhada? - Perguntei incrédula.
_ Sim senhora, se ela marcou alguma coisa com você, espera lá embaixo que eu aviso a ela e ela desce.
_ Ela está com quem?
_ Com a namorada.
_ Italiana?
_ Sim, agora se não se importa me de licença. - Ela já estava entrando mais eu não deixei.
_ Não diz que eu estive aqui, está bem?
_ Tudo bem. - Entrou.
Consegui ouvir algumas risadas enquanto ela abria a porta, nem me importei, só peguei minhas coisas e fui para o consultório.
_ Bom dia Ju.
_ Bom dia.
_ Tem muita coisa pra hoje?
_ Estamos lotadas.
_ Que bom. - Disse desanimada.
_ Você sempre gosta quando estamos lotadas, o que está acontecendo?
_ Só não estou em um dia bom.
Eu odeio atender minhas clientes desanimada, mas aquilo realmente me abalou.
(...)
Já eram 20:00 da noite quando eu comecei a juntar minhas coisas, Juliana estava terminando de arrumar a recepção.
_ Ju, já pode ir, eu fecho aqui.
_ Ta bom, tchau. - Me deu um beijo na bochecha e saiu.
Comecei a juntar uns brinquedos que tinham por ali, crianças adoram espalhar brinquedos.
_ Posso conversar com você? - Eu tomei um susto.
_ Que susto Ana, pode sim, deixa só eu fechar aqui. - E assim fiz.
_ Minha mãe disse que você esteve lá hoje de manhã e... eu queria te...
_ Não precisa explicar nada não Ana, nós estamos fingindo, esqueceu?
_ É... mas ontem...
_ Não aconteceu nada ontem, eu só quero saber se nós temos realmente que continuar com isso?
_ Eu realmente quero me livrar desse contrato.
_ Então você vai. - Terminei de catar os brinquedos.
_ Então você vai continuar comigo?
_ Eu vou continuar fingindo que estou com você.
_ Então você estava fingindo ontem?
_ Eu já disse que não aconteceu nada ontem.
_ Mas você...
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Eu Sei Que Vou Te Amar.
FanfictionEssa é uma história de uma cantora e uma pediatra de mundos totalmente diferentes e mentes opostas. Tudo o que você precisa saber é isso, a história você só vai descobrir lendo. Essa é uma história fictícia inventada por uma mente louca que é fã d...