Capítulo 14

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Passaram-se uma semana...

Eu não queria falar com ninguém, bastava ir pra Faculdade que as piadinhas começavam: É você que é a tal bruxa? Ou então, Sabia que as bruxas morrer queimadas?

Estava no pátio lendo um novo livro que fiz pedido quando a Rebe vem sentar perto de mim, levanto e ela pega meu braço.

Rebe- Por favor Mily, preciso falar com você... (Ela fala e eu puxo meu braço bruscamente das suas mãos, quando eu mais precisei ela não estava comigo, todos me chamavam de apelido e ela? Nem olhava pra mim)

Mily-Me solta garota! (Falo andando e ela corre ficando a minha frente)

Rebe- Mily por favor somos amigas e.... (Ela fala olhando pro chão)

Mily- Éramos, agora você não significa nada pra mim! (Falo saindo dalí, ela vem pra perto de mim e eu faço ela parar com um movimento nas mãos, não entendo o que acontece comigo, só sei que estou adquirindo poderes sem treinar nada é como se os poderes já existissem comigo)

Como as aulas haviam acabado fui direto pro meu carro tentando o máximo evitar as piadinhas constantes de todos.

Chego em casa e vejo a moto do Isaac na garagem, ele voltou fico feliz por isso Alice vai parar de chorar, sem exitar entro em casa, Alice sabe de tudo o que vem acontecendo comigo e se tornou uma grande amiga minha.

Chego na sala e não vejo ninguém só a TV que está ligada sem ninguém a assistindo, pego o controle e desligo a mesma, quando uma empregada me chama.

Seu almoço esta na mesa Senhorita Mily- Ela fala e sai, odeio quando me chamam assim, é como se eu fosse mais velha.

Subo as escadas e vou direto pro meu quarto, me dispo e entro no chuveiro, depois de alguns minutos termino meu banho e coloco minhas roupas íntimas e visto um vestido moletom preto personalizado com o Mickey e de mangas compridas que vão até os cotovelos, calço uma rasteirinha e faço uma trança embutida, como sempre pego um dos meus livros e vou lendo até a copa, ler esclarece minhas duvidas e o livro que estou lendo fala dos poderes das bruxas e de como dominá-los.

Chego na cozinha  e vejo uma putinha chamada Mia sentada ao lado do Isaac e a Alice do outro lado sorrindo sem jeito.

Mily- Bom dia! (Digo dou um abraço em Alice e aceno com a cabeça pros dois)

Mia me olha feio, Isaac percebe e fala alguma coisa no seu ouvido que ela engole em seco e me mostra um sorriso falso, devolvo o sorriso pra mesma.

Almoçamos em silencio, saí da mesa e fui a cozinha conversar com a Alice, enquanto os dois foram pra sala.

Mily- Alice o que ela faz aqui? (Sussurro me sentando numa cadeira perto da pia)

Alice- Não sei minha menina, tome cuidado...não gosto dessa garota! (Ela fala enxugando as louças)

Mily- Alice como eu consegui ter esses poderes? Será que tem alguma coisa haver com minha família? (Pergunto olhando pras minhas mãos)

Alice- Bom menina já que perguntou eu.... (Antes que ela termine o Isaac entra na cozinha e me olha)

Isaac- Então você é a tal bruxa da boate? (Ele pergunta comendo uma maçã e sorrindo de lado)

Mily- Não sei do que você ta falando... (Falo saindo da cozinha, mais a Mia fica a minha frente me impedindo de sair)

Mia- Fala a verdade bruxinha... (Ela fala com aquela voz de patricinha e me olha de baixo pra cima)

Alice- Deixem ela em paz! (Ela fala olhando feio pra Mia e pro Isaac)

Isaac- Vamos depois que ela nos disser, se é ou não bruxa.

Mily- Não vou falar nada pra ninguém! (Saio dali empurrando todo mundo e entro no quarto me tranco e me jogo no chão)

Que saco! Acham que eu queria nascer assim? Não pedi pra nascer assim! Que Porra!

Começo a chorar muito e de repente me sinto leve, durmo sem nenhuma dificuldade como sempre, acho que essa minha fraqueza foi o poder que usei impedindo a Rebe de me alcançar, qualquer força que uso me deixa cansada, como eu queria minha mãe aqui certamente ela saberia me dizer por que nasci assim.

Estou sonhando e no meu sonho vejo um casal lindo se beijando felizes, correndo em meio a um jardim, a garota está com os cabelos vermelhos ondulados e com um vestido branco, ela é branca como o leite e sorri com qualquer gesto que o garoto faz e o garoto? Bom esse é moreno está com uma calça preta social e uma camisa também social branca, ele sorri a cada momento e o jardim parece favorecer o amor dos dois, é tudo tão fascinante que sem querer deixo escapar algumas lágrimas, de repente sinto uma mão fria no meu ombro, viro e olho minha mãe com um sorriso amplo no rosto e me olhando atentamente.

Falo ou não com a minha própria mãe? Sim és a pergunta, não sei se posso falar já que ela está morta entendem? então prefiro ficar calada apenas observando minha mãe, ela passa suas mãos sobre meu rosto e planta um beijo na minha testa.

Natalie- Não tenha medo querida! (Ela puxa minha mão e aponta pro casal apaixonado)

Natalie- Ta vendo o casal a frente? (Ela pergunta e eu faço que sim com a cabeça)

Natalie- São seus pais, sou eu e seu pai! (Volto meu olhar pro casal e realmente é verdade meu pai lindo Jackson e ela minha mãe Natalie)

Mily- Sim, mãe vocês eram apaixonados. (Falo sorrindo)

Natalie- Sim querida, mais esse não é seu pai Jackson! (Ela fala olhando fixamente pro chão)

Mily- Como assim mãe?

Natalie- Aquele é o seu verdadeiro pai. (Desvio o olhar dela e volto a olhar o garoto que parece tão radiante)

Mily- Mãe meu pai é o Jackson! (Falo olhando feio pra ela)

Natalie- Não querida, ele é pai apenas da Sofia, mais continue olhando pro casal a frente... (Ela fala apontando com a cabeça pro casal e eu olho pra eles com uma certa pena)

Os dois estão chorando ajoelhados no chão, de repente alguém um homem forte acompanhado por uma garota loira e um homem magro eles estão todos de preto e com uma raiva horrenda nos olhos, eles olham pro casal com nojo e falam algo.

VOCÊS ESTÃO BANIDOS, ACEITEM OU TERÃO A MORTE! (O homem forte e careca grita)

Mais não fizemos nada...apenas amamos um ao outro por que nos tratas assim? (Minha mãe fala entre soluços abraçando o garoto que ama)

VOCÊ SABE POR QUE NATALIE...UM CASAL COMO VOCÊS NÃO PODE VIVER UM AMOR! (A mulher loira grita com petulância)

ESPERO QUE ESSA CRIANÇA, MORRA OU VOCÊ MORRERÁ COM ELA! (O homem magro grita apontando pra barriga da minha mãe)

Não aguento e corro pra tentar salvar a vida da pobre criança, mais a cada passo meu fico mais distante deles....

QUE MERDA! (grito, porém ninguém me escuta)

MILY ACORDA.... (Escuto gritos e acordo do sonho atordoada sem entender absolutamente nada, afinal foi um sonho ou foi real?)





Joyce Silva *-*

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