Capítulo Doze

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Eu realmente acredito nele e a minha vontade agora é de me jogar nos seus braços, mas a minha mágoa está enorme, sinto - me feriada, machucada é uma dor insuportável. Respiro fundo e tento controlar minhas lágrimas, antes de voltar á olhar para ele e responder sua pergunta.

-- Christian, eu sinceramente não sei te responder essa pergunta.  - Sinto sua respiração cada vez mais próxima de mim. 

-- Como não sabe Ana? É uma pergunta simples. - Ele está me encarando, seus olhos estão focados nos meus e nossas bocas próximas. Porra Grey, não fique tão perto eu preciso me controlar. 

-- Christian, uma parte de mim acredita profundamente em ti mas a outra está magoada , está se sentindo enganada. Você consegue entender? - Não sei dizer da onde tirei coragem para dizer isso à ele. Nós precisamos desta conversa, precisamos colocar os pingos nos i. 

-- Não Anastásia não consigo entender. - Seus olhos estão tristes e meu coração aperta. 

-- Eu estava triste com você, por ter me abandonado e me acusado na hora que mais precisava de você... - Ele faz menção que vai me interromper, levanto a mão fazendo o gesto de não com o dedo.

-- Eu deixei você falar, por favor não me interrompa. - Respiro fundo e ele se senta no chão me encarando, essa noite vai ser longa. -- Eu também estava com medo, eu também fiquei assustada, na verdade estava apavorada, sim eu imaginei que você iria surtar, ter um pequeno ataque mas jamais imaginei aquela reação Christian. Você me feriu com cada palavra dita e a pior foi ter me acusado e CHAMADO O MEU FILHO DE INTRUSO

-- NOSSO FILHO, NOSSO ANASTÁSIA, NÃO SE ESQUEÇA DISSO ELE É NOSSO! - Ele me olha furioso. 

-- Que seja,foi apenas uma expressão Christian. Eu esqueci sim os remédios, devidos os acontecimentos mas a injeção também falhou, não foi uma gravidez planejada, estamos novos ainda e conhecendo a vida de casados. - Respirei fundo. -- Sei de tudo isso, mas eu não consegui não ficar feliz, ele é fruto do nosso amor, ele é um pedacinho seu e um pedacinho meu. Entende agora? - Foi uma pergunta retórica.

-- Ana... - Eu interrompo Christian colocando o dedo indicador em seus lábios. 

-- Christian, eu fiquei feliz porque ele é NÓS, o blip foi feito pela gente, realmente as coisas não planejadas são as melhores, eu o amo só por saber que ele é nosso, eu realmente deixei de lado todos os fatos negativos e me concentrei nele. Sendo assim,  naquela noite eu esqueci a nossa briga e fiquei conversando com o blip, rezando para você voltar logo. - Lágrimas caiem dos meus olhos.

-- Ana, eu sinto muito, não sei nem o que te falar... - A voz de Christian, sai fina por causa do choro.

-- E quando você chegou, eu só queria me jogar nos seus braços mas você me decepcionou, fugiu de mim para ir beber como um adolescente, mesmo assim eu fui e cuidei de você, continuei te entendendo, afinal você tinha surtado. Mas Christian, aquela mensagem, daquela mulher foi o ápice para as minhas barreiras serem derrubadas. - Cinquenta tons, me olha atendo a cada palavra.

-- Eu me senti traída, enganada, eu precisava fugir de você, eu precisava proteger meu filho, meu coração estava despedaçado no chão. Simplesmente não pensei em mais nada e fugi, minha ideia era ir embora para sempre. - Ele me olha assustado. 

-- Para sempre? - Sussurra triste e agoniado.

-- Sim, mas eu não tive coragem, eu não conseguia nem pensar, eu fui para casa da Kathe. - Sou interrompida novamente.

-- Eu sábia que você estava lá. - Ele diz bravo. -- Eu vou acabar com o Elliot e aquela Kavanagh. 

-- Eu não estava lá, quando você foi me procurar, nesta hora eu já tinha ido para á casa do Elliot à horas. - Respiro fundo. -- Deixa eu continuar, depois você surta. - Peço para Christian, que apenas rola os olhos. Ele tem razão isso é irritante.

-- Kathe, não sábia de nada, Elliot me ajudou por que eu supliquei e fique sabendo que ele que me convenceu, á voltar para cá. - Exagerei no supliquei, mas Elliot só queria me ajudar. 

-- Você está entendendo? - Pergunto olhando nos seus olhos. 

-- Sim... - ele diz baixinho e fica mudo em seguida. 

-- Eu só queria e quero defender meu filho, e aquela mulher, aquele ser desprezível, aquela puta pedofila é uma ameaça para ele. Saber que você encontrou ela, mesmo depois de tudo foi repugnante. -Minha voz está monótona.

-- Eu não encontrei ELA, nos esbarramos sem querer. Já lhe expliquei isso, e Anastásia em que mundo eu deixaria Elena fazer algo contra o MEU FILHO?. - Ele respira fundo e prossegue. -- E eu acredito, que ela não faria nada à ele. - Como? Agora eu explodo.

-- CHRISTIAN, ESSA MULHER ABUSOU DE VOCÊ POR ANOS, ELA ESTÁ SEMPRE NOS RONDANDO, VOCÊ SE ESQUECEU DAS AMEÇAS QUE ELA FEZ Á MIM? - Calma Anastásia, digo para mim mesmo. -- ESSA CRIATURA DO INFERNO, ESTÁ SEMPRE ATRÁS DE VOCÊ. PENSA O QUE ELA NÃO PODE FAZER CONTRA O NOSSO FILHO. PENSA CHRISTIAN. - Me sento novamente, nem tinha percebido que havia levantado da cama. 

-- Elena e eu não temos mais nada,  e eu jamais deixaria ela chegar perto de você outra vez, muito menos do nosso pontinho. Me ofende Anastásia achar que eu deixaria ela fazer algo à ele. - Sua voz sai baixa porém fria. 

-- Christian, eu não sei nem mais o que dizer. - Arfo de cansaço.

-- Apenas me diga se me perdoa ou não? - Ele se levanta e pega meu rosto entre as suas mãos. 

-- Christian, uma vez na vida me deixa pensar? me deixa ter o meu espaço? preciso respirar, digerir todas as informações. Você pode me dar esse tempinho? - Minhas mãos estão em seus pulsos. 

-- Você vai embora? -  Sua voz soa desesperada.

-- Christian, se eu realmente fosse embora eu não teria voltado, não é mesmo? - Pergunto em tom de ironia. -- Me deixe pensar, agora eu preciso descansar, eu e blip precisamos dormir. 

-- Você não vai embora? - Ele pergunta ansioso. 

-- Christian, eu preciso ir dormir, amanhã temos muito o que conversar. Apenas me deixe pensar, vou me deitar no quarto de cima, boa noite. - Digo tentando sair dos seus braços. 

-- Não, fique aqui embaixo. O quarto é de vocês. - Ele se abaixa próximo a minha barriga e deposita um beijo. Puta merda, por essa eu não esperava.  -- Boa noite. - Dito isso, ele sai do quarto e percebo que ele está chorando. 

-- Blip, o que aconteceu aqui? - Estou estática. 





Espero que gostem pessoinhas!

Se gostarem não se esqueçam de deixar suas ESTRELINHAS E COMENTÁRIOS!  

Beijos  *-* 



PS:  Tem surpresas vindo por aí, estou muito animada hahaha!




  

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