Ela não vive de meios termos, meia saudade ou meio amor. Ela gosta de transbordar.
Cloe foi magoada no seu passado e de certa forma fechou seus sentimentos para o mundo
Amizade? Para ela isso não existe
Se apaixonar novamente? Isso está fora de cog...
Por sorte achei um voo em cima da hora. A viagem parecia uma eternidade, fitei a janela do mesmo e fiquei observando as nuvens que se formava de várias projeções diferente. O pouso foi tranquilo e logo estava do lado de fora, esperando por Ana
O céu está claro e mesmo assim as nuvens não deixam de enfeita-lo, o tempo está agradável, carros, motos, perdestes transitam regulamente, entrando e saindo do aeroporto. O ar de Londres é robusto e enche meus pulmões de vida, levo minha mala até a saída e coloco ela ao meu lado e permaneço em pé, já que a minutos atrás Ana avisou que estava chegando
Um casal fica do meu lado ( suponho que esteja esperando por alguém), eles estão apaixonados e sempre trocam beijos e carícias, e não é que eu me importe mas, um aperto vem sobre meu pronto e tento ignorar e até mesmo ter contato com eles para não ter maus sentimentos
Encontro uma lanchonete e me sento, peço um cappuccino de chocolate gelado, só para não ser incomodada com aqueles famosos " Se não for comprar nada, não sente nas cadeiras "
- Hey! - alguém me cutuca
Me viro e vejo Ana e Lucas de mãos dadas, ( se isso não é fofo, eu não sei o que mais é)
- Oi gente - meu desânimo é notável
- O que aconteceu? - antes que Ana tenha tempo de se sentar, me levanto
- Não aconteceu nada, vamos! - anúncio e vou em qualquer direção
- Tá mas, o carro está para lá - Lucas diz e aponta para direção oposta que eu estava tomando
- Só queria alongar as pernas - digo e vou apressadamente para o carro
Não é que eu não queira contar a ela o que aconteceu, somente acho que não seria adequado conversar sobre o assunto em uma lanchonete.
- Você esqueceu seu cappuccino, e sei que você não quer, então vou ficar com ele
Apenas dei os ombros e me virei para olhar a janela. Não houve nem uma palavra sobre o assunto dentro do carro, os dois conversavam alegremente e sempre se olhavam e alguns suspiros apaixonados escapavam, de certa forma eu estava feliz, estava realmente feliz, por eles, mas outra parte me doía, ver que ela encontrou a felicidade enquanto a minha nem eu sabia aonde estava!
Lucas estacionou o carro e descemos. De alguma forma incontestável senti falta desse lugar, das várias flores que emanam um forte cheiro, da decoração luxuosa e do barulho irritante do elevador quando enguiça
- Oi moça! - um voz tão familiar sobressai nas minhas costas
- Ah... - olho para trás e vejo a figura - Allan! Que saudade - abraço-o - parece que me ausentei por décadas, como vai as coisas? - meu sorriso e espontâneo
- Vai bem Cloe, e a viagem? - Allan pergunta para minha infelicidade
- Foi legal, eu vou subir, preciso descansar um pouco até mais - digo e saio daquele lugar o mais rápido possível, para ninguém poder ver minhas lágrimas
Subi para o meu apartamento, joguei as malas no canto e fui para o banho, enchi a banheira de sais, ervas, e qualquer coisa que pudesse me acalmar, e me apressei eu entrar nela, me encostei na porcelana gélida e fechei os olhos
Meus pensamentos me levaram ao exato momento que eu não queria lembrar. Aquela noite fora a melhor da minha vida, nunca tinha me sentido daquele jeito, eu me entreguei de corpo e alma, aqueles olhos esmeraldas transmitia uma paixão tão pura que nunca imaginei um dia ver, seus toques me causavam arrepios e seus beijos eram tão viciante que me via totalmente embriagada e em momento algum queria ficar sóbria, mas toda aquela paixão acabou naquela noite, David se mostrou frio, e seu tom era de desprezo
" eu sinto muito... "
Essa frase não me deixava um minuto, e a cada lembrança mais meu coração doía, mais ele duplicava por socorro, era como se meu corpo fosse massacrado e uma dor insana me invadia, provocando umas séries de repugnâncias. Porque isso tá acontecendo? Eu nunca magoei ninguém, nunca!, ele disse aquilo como se fosse o maior erro da vida dele, como se aquele momento não significasse nada...
As lágrimas já escorria pelo meu rosto sem ao menos eu perceber, e foi nesse momento que ouvi a porta sendo aberta e passos vindo em minha direção, e só pelo estralo do pé eu já sabia de quem se tratava, e nem deu tempo de enxugar as lágrimas e ela já estava me olhando furiosa
- Não quero saber, você vai me contar o que aconteceu e não importa se você não quer, mas você vai! E como você já terminou banho vou te esperar, te dou 5 minutos - ela sai do banheiro e por incrível que pareça sua voz aparentava uma calma sublime
- Credo, ter uma amiga custa caro! - cochichei baixinho e me levantei da banheira
- Eu ouvi isso - ela coloca a cabeça para dentro do banheiro e me lança um olhar mortal e depois sai
Me seco e coloco meu roupão, sei que cedo ou tarde vou ter que falar a ela sobre o que aconteceu, mas não sei qual será a reação dela, tento demorar o máximo que posso, ajeito as coisas fora do lugar, até os tapetes são arrumados, e quando vejo que está tudo em ordem e não tem mais nada a ser feito o medo me invade, coloco a mão na maçaneta da porta para abri-lá, eu não sei o que vai acontecer daqui pra frente, só sei que uma fera vai ser acordada, mas a questão que mais me preocupa é, será que eu vou conseguir acamar os nervo de Ana?
" Que ela não surte por favor " cruzo meus dedos e abro a porta para encarar a realidade
---
Galera tô escrevendo meu segundo livro, se quiserem dá uma olhada e só segui por aqui
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.