Capitulo 116

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Cloe
Sem revisão


Me levantei e fui correndo para o banheiro. Vomitei tudo, de alguns dias pra cá meu estômago não está segurando nada, e não me pergunte o porque! Sim, eu sei que como tudo que vejo pela frente, mas deve ser um rissole que comi ontem

Depois de colocar tudo para fora, me olhei no espelho. Que estado caótico eu estava, meus cabelos estavam molhados de suor, e pelo visto, transpirei muito essa noite. Fiz minhas higienes e voltei deitar, mas meu sono já tinha ido embora, relutei, relutei de novo, e de novo, mas não consegui dormir. Resolvi levantar, pois eu estava faminta, afinal eu tinha acabado de vomitar e deveria repor. Fui devagarinho até a cozinha, a cena era desgastante, para uma menina de vinte anos com disposição de noventa, que estava pronta para ir para o asilo. A casa estava vazia, muito silenciosa, claro! Eu não estava aguentando ficar assim, longe dele, sem Ana, ou até Lucas. E comecei a chorar

- Não acredito que estou chorando por causa disso - disse indignada comigo mesmo - eu tenho que sair, ando muito solitária, e isso tá me deixando sentimental de mais

Voltei para o quarto e coloquei um vestido evasê e um coloquei um tênis branco, fiz um coque desarrumado e passei meu amado rímel, e pronto. Desci e fui pegar a chave

" cadê? Eu coloquei aqui "

E não estava lá, fui na bancada, procurei nas gavetas, prateleiras, até na geladeira eu procurei, não me pergunte o porque, mas procurei. Fiquei irritada de tanto procurar que me sentei no sofá, e quando dei por mim estava chorando de novo

- Há mas, o que que é isso? Caramba, não sou bipolar assim não - eu já estava irritada de chorar e ficar intrigada de não achar a chave

Fiquei balançando o pé e ao mesmo tempo pensando aonde coloquei a maldita chave, olhei para o lado de relance e lá estava ela, do meu lado

- Vou colocar meu nome de trouxa, credo! - resmunguei

A rua estava movimentada e de certa forma aquilo me alegrou, vi pela janela do carro, algumas crianças brincando no parque, cachorros latindo e aquilo de certa forma trazia a minha paz de volta. Já faz mais de duas semanas desde da ultima vez que conversei com David no corredor da faculdade, eu sentia falta dele, e não era pouca, eu o amava poxa, mas não podia perdoar o que ele fez. Meus pensamentos foram interrompidos quando senti cheiro de rosca, vindo de uma padaria a minha frente, e imagina? Sim, eu estacionei o carro e logo estava contemplando as lindas quitandas a minha frente. Pra mim eu estava no paraíso, tinha salgados, roscas, coxinha, a única padaria que fazia coxinha por aqui, eu amo esse lugar. Mas acho que excedi um pouco, fui fazendo o pedido, e quando vi estava cheia de sacola na não. Comprei dez roscas molhadas, dez coxinhas, alguns minis salgados, capuccino e uma mini pizza. Eu estava tão faminta que não conseguia raciocinar direito, coloquei as sacolas no carro, dei partida e vasculhei meu bolso, procurando o fone. Liguei para Ana e logo ela atendeu

- Que que você quer Cloe? - sua voz de desânimo era notório

- Não me trate assim, eu já pedi desculpas - disse na defensiva

Ouvi ela bufar alto

- Peça a ela, e não a mim! - ela estava nervosa

Sim, eu tinha dado uns tapas na vizinha dela. Na realidade eu achei merecido. Sempre que ia na casa de Ana ela me olhava com desprezo, como se eu tivesse com bosta na testa, mas isso não é tudo, ela sempre esbarrava em mim de propósito, e da última vez me chamou de brotinho de anão quando esbarrou novamente em mim. Nesse dia eu não estava muito amigável com a sociedade, ela resolveu cutucar um vulcão em chamas. Não consegui me controlar, quando dei por mim já estava batendo a cabeça dela na parede e depois um belo soco no raíz, tá eu deva ter quebrado seu lindo nariz de porcelana, mas foi por um bom motivo, seria isso ou a cara inteira, mas preferi fazer um estrago menor

ACONTECEU POR ACASO ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora