Caputulo 107

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Cloe
Sem revisão

- Já está na hora, levantem - um homem gritava do outro lado da porta

Minha cabeça girava, e aos poucos me sentei na cama. Havia um espelho a minha frente, e fiquei olhando o meu reflexo. Tanta coisa se passou desde que me mudei pra cá, minha vida tomou mudanças das quais nunca achei que tomaria, novas amizades, novos sentimentos, um novo amor. Como eu sinto falta do abraço dele agora, saudades de David. Percebi que meu sorriso bobo estava aparecendo quando meu pai começou a falar

- Tá apaixonada? Porque se não tiver você deve tá com algum problema pra estar sorrindo desse jeito - com aquele sorriso alegre ele disse

- Há pai, é, to sim! - meu sorriso só aumentava

Por um minuto eu havia esquecido aonde eu estava, e tão pouco pra onde iríamos, e então contei sobre David, tentei resumir para não ficar, falando, falando, falando. Meu pai como sempre, não tirava aquele sorriso, que me incentivava a continuar

- Fico feliz por você minha princesinha - ele me abraçou e então a ficha caiu, e ele percebeu no meu semblante - O que houve ?

- Acabou! - não consegui dizer nada a mais

- O que acabou? - seu olhar confuso me fez despertar do transe

- Acabou pai - me levantei, e comecei a perambular no cômodo - nunca mais vou voltar a vê-lo, e se algum dia eu o ver, não vou poder ter, não vou poder abraçar, tocar, beijar, nem sequer ouvir a voz dele. Ele vai achar outra pessoa, e com o tempo irá me esquecer - eu estava dizendo mais pra mim do que pra Eduard, minha cabeça se recusava a acreditar, que tudo, ou cada pessoa que me fazia feliz, fosse me esquecer um dia, e com aperto no coração eu disse a mim mesmo

" isso é pelo meu pai "

Mesmo sendo um sacrifício insano, eu estava disposta a fazer!

- Eu sinto muito, não era minha intenção destruir sua vida assim, muito menos causar o que estou causando agora, talvez se eu tivesse morrido realmente antes, as coisas não ficariam assim - e sim, meu pai estava chorando

- Ei, ei, ei... - fui correndo até ele e levantei sua cabeça para me olhar - escuta bem, nunca fale isso outra vez, nunca, tá me ouvindo? - ele fez que sim com a cabeça - você não provocou nada, a culpa não foi sua, o senhor já fez muito por mim quando pequena, agora está na hora de retribuir, se essa for a vida que vamos ter daqui pra frente, saiba que não o culpo por nada disso, o importante é termos um ao outro, e o resto não importa. Eu te amo tá?! - sequei suas lágrimas e ele me abraçou

Trouxeram duas malas, acho eu que uma é pra mim e outra pro meu pai, nos deram roupas pra vestirmos e fomos tomar café

- Bom dia queridos - o sorriso de Celso estava alarmado, tão grande que tinha quase certeza que mais tarde ele teria cãibra

- Bom dia - meu pai disse com um tom animado

Depois do que disse a ele, seu ânimo aumentou, e já se conseguia ver alguns sorrisos dele

- Dormiram bem? - seu humor fingido estava me sufocando

- Como crianças que foram roubados da mãe - fiz minha melhor cara de alegria forçada, e então ele se calou

Não ouve nem uma palavra trocada naquele momento, Celso por sua vez me olhava desconfiado por muito pouco tempo, e sempre que nossos olhos se cruzavam ele desviava-os para outros lugar

" Frouxo " minha mente gritava, mas permaneci em silêncio

Os carros foram arrumados, e as malas coladas no local devido, chegaram mais homens para nos levarmos para o aeroporto e a maioria deles estavam armados, e não pense você que é arma de policial iniciante, são metralhadoras, pistolas e várias outras de grande poste, que por sinal, deve fazer um bom estrago

- Se vocês tiverem esquecido algo, vá e pegue, por que não mandaremos nada que ficar por aqui - meio sem jeito ele foi falar com um dos caras armado

- Vamos ver se falta alguma coisa - meu pai disse e fomos até o quarto que estávamos dormindo

Vasculhamos, procuramos por algo que fosse nosso, mas não encontramos, ficamos parados pensando no que poderíamos esquecer, e então, não nos lembramos de nada, e fomos saindo do como quando um barulho alto me fez saltar, Eduard e eu estávamos assustados, e não cessava, cada segundo aumentava mais, como em um impulso estávamos dentro do quarto, trançados e escorados na parede olhando para a porta

Os tiros iam se aproximando, meu coração acompanhava o ritmo da aproximação, minhas mãos começaram a gelar, e não pude conter o medo que eu estava sentido

- O que está acontecendo pai? - o pavor se instalava na minha voz

- Não sei filha, não sei - ele parecia menos apreensivo, mas não deixava de estar com medo

Ouvi ao longe alguns passos, depois foi chegando mais perto, e pelo vão da porta dava pra ver as sombras passando, homens correndo e alguns falando, " vasculhem cada canto " e nessa hora um outro barulho mais forte, alguém tentava arrombar a porta, chutes e mais chutes

A gritaria que estava lá fora, os tiros ensurdecedores, as portas sendo arrobadas e o semblante preocupado de meu pai me fez querer gritar, mas a única coisa que conseguir fazer foi esperar pra ver, o que realmente iria acontecer quando essa porta fosse aberta!

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Galera tô escrevendo meu segundo livro, se quiserem dá uma olhada e só segui por aqui

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Ai está a capa...

Abraços!

ACONTECEU POR ACASO ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora