Capitulo 69

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Cloe

- Sente-se aqui querida - Nina diz ao entramos na sala de jantar

O cômodo é espaçoso, as paredes contém uma cor gelo e as cerâmicas são porcelanas, com uns tons azul celeste, uma mesa gigantesca passa pelo cômodo, e alguns vasos de flores que desconheço, e um lustre de cristais tão brilhoso que faz reflexo em alguns cantos do local

Todos viram para nós olhar, ou melhor me olhar, sinto os olhares vagarem por todo meu corpo e alguns para nas nossas mãos

Sim estamos de mãos dadas! Que meigo. Ou não!

Vou em direção ao lugar reservado pela vovó, e ela me abraça calorosamente, me sento, e já imagino que as perguntas vão começar

- Marth já pode colocar a mesa - vovó fala em um tom doce

A mesa foi posta minutos depois, são tantas variedades que nem sei por onde começar, apesar de ter perdido a fome minutos antes de ter entrado nesta sala. Todos já colocaram porções nos pratos e sinto novamente aqueles olhares curiosos sobre mim, David está ao meu lado

- Conte para gente como conheceu essa bela menina David - Nina ( vovó) diz animadamente e os demais se inclina para ouvir com atenção

Tem cerca de 10 pessoas na mesa, umas magras outras gorduchas e vários tipos e tamanhos, umas de cabelos longos e loiros, outra de cabelos ruivos e médios e várias outras, mas ambos distribui curiosidade no olhar, e estão atentos para qualquer enformação que sair dos lábios de David

- Na verdade não foi nada bom a primeira vez que nos vimos - David e ouço alguns suspiros - nos conhecemos da faculdade, eu tinha acordado naqueles típicos dias que agente vive no mundo da lua sabe!? E derrepente esbarro em Cloe, e isso não foi nada legal, ela virou uma arara, quase me matou quando eu derrubei acidentalmente as coisas dela no chão, e depois disso ela me evitava, se eu entrasse em um corredor ela saia por outro, mas como a sorte sempre bateu na sua porta, fui morar em um apartamento que meu pai tem, e para minha surpresa, quem é a minha vizinha? - David pergunta sorridente

- Que sorte em Cloe - diz uma morena dos cabelos encaracolados e de olhos claros, com um tom brincalhão e todos sorrir

- Você nem imagina - digo com um sorriso tímido nos lábios

- E mesmo ela me odiando mortalmente, nunca desistir dela - David diz confiante - e aos poucos nossa amizade foi fluindo e fortalecendo cada dia mais, e estamos aqui hoje - ele fala olhando para mim, seu olhar transmite ternura, e ao mesmo tempo um brilho que não consigo interpretar

- E como foram o primeiro beijo de vocês? - surge uma voz bem melodiosa ao fundo da mesa, é uma menininha

Ela tem olhos grande e castanhos claros, seus cabelos levemente enrolados tem o mesmo tom de seu olhar, e seu rosto é rosado e isso a torna mais fofa, ela deve ter seus 6 para 7 anos

- Sophie isso é pergunta que se faça? - uma mulher repreende-a educadamente

- Desculpa mamãe - a menina diz com a cabeça baixa

Eu estava morrendo de vergonha com tal pergunta, alguns minutos atrás agradeceria por a mãe dela intervir, mas agora olhando nos olhinhos tristes da pequenina as coisas mudaram

- Ei não tem problema minha linda, vem aqui para mim te contar - digo com um sorriso largo no rosto, Sophie vem correndo e fica parada em minha frente, e coloco ela no meu colo

- Olha, por exemplo, quando você machuca, ou fica triste com alguma coisa, ou até mesmo está tão feliz que você precisa de alguém para compartilhar o momento. Quem você procura? - pergunto fazendo círculos nas fofas mãos de Sophie

- Procuro a mamãe - ela diz

- Isso, e quando você está nos braços dela, quando ela te abraça forte, você se sente feliz de volta e você se importa com o que está a sua volta, se tem alguém te olhando ou coisa parecida? - falo com cautela

- Não. Sabe!? Quando eu fico triste e vou correndo atrás dela e quando ela me abraça parece que não tem mais ninguém com agente, só eu e ela - a menininha diz alegremente

" caramba, essa menina é mais esperta que eu " penso admirada

- Então foi mais ou menos assim, quando nos beijamos a primeira vez parece que tudo no tempo parou, e que nada do que estava acontecendo ao nosso redor importava, é como você estar flutuando sem sair do chão - faço cosquinha nela e ela sorrir divertidamente - sabe aquela sensação de frio na barriga quando você tá descendo no tobogã? - pergunto e tiro uma mecha de cabelo que caiu no meu rosto

- Sei! É divertido - ela diz balançando as pernas

- É assim que me senti na hora, deu um frio na barriga grandão, mas ao mesmo tempo uma sensação que nem eu consigo explicar. É mais ou menos quando você está abraçada com sua mãe, nada mais importa naquele momento, então quando você beija a pessoa que você ama várias emoções percorre seu corpo, e todas ela só te darão a certeza de que você sempre vai querê-la por perto, e é como se nada importasse, só aquele momento - digo e a menina esta com os olhos longos

Ela deve estar imaginando como será seu primeiro beijo com o seu príncipe encantado, e logo ela sorrir para mim com ar de sonhadora

- Você se importaria se eu beijasse ele? - Sophie pergunta timidamente

E vejo diversas reações na mesa, a vovó dá uma gargalhada tão gostosa que o clima tenso diminui um pouco, uns força um risinho e a mãe da menina está com aos mãos no rosto balançando negativamente a cabeça

- Claro que sim, mas só se você prometer não cobrar para ninguém, se não as outras vão quer também - digo com um tom brincalhão

- Mas todo mundo está ouvindo - ela diz tristonha

- Finge que tem apenas nós duas nessa sala - digo e dou uma piscadela para ela

- Fechado - ela da uma piscadinha tímida e vira para David - Dav agora me dá meu beijo - a menina diz sorridente

ACONTECEU POR ACASO ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora