Capítulo 109

1.6K 108 6
                                    


Cloe
Sem revisão


- Ana? O que tá fazendo aqui? - eu só conseguia pensar nisso

- Vim ver se está bem! - ela se sentou na cama e ficou olhando para mim

Minha cabeça tava uma bagunça, não conseguia pensar em nada, só me perguntava, o que tá acontecendo?

- O que que tá acontecendo? - raiva e a confusão deixou claro no tom de voz que saiu

- Pensei que alguém ficaria feliz em me ver - e então ela sortiu

Há, como eu sentia falta dessa menina, e pensar que eu não poderia voltar a vê-la, me fez levantar e abraça- lá com toda força que me restava

- Eu estou muito feliz em te ver, que saudade Ana - ficamos abraçadas por um longo tempo, um abraço confortável, carinhoso, e por mais forte que eu estava tentando ser, não consegui controlar o choro

- Ei, ei, calma branca, vai ficar tudo bem! Senta aqui - ela me ajudou a sentar e me fez escorar no braço da cama

- O que é isso tudo, tá tão confuso pra mim, isso tá me deixando louca! - minha voz saiu fraca, mas não pela falta de alimento e sim pelas minhas esperanças que já tinha se esgotado

- Vou te contar o que aconteceu - ela respirou fundo e fez menção de começar um discurso longo, então me arrumei melhor na cama para ouvir com atenção - Durante a minha infância eu sempre tive um sono, ser investigadora, detetive, policial, bombeira, ou qualquer outra coisa que fosse possível trabalhar para ajudar as pessoas, na minha adolescência fiz vários trates, tentei entrar em diversas academias dos quais cargos mencionei um pouco antes, mas não consegui em nem um, entrevistas, provas, notas altas não foram necessária para que eu pudesse fazer parte de alguma corporação. E o tempo foi passando e vi que não iria trabalhar naquilo que queria, então tentei outra opção, e entrei na faculdade, fazendo o que pra mim podia ser suportável, e logo depois do primeiro período reencontrei um amigo de infância o qual tinha o mesmo sonho que o meu, nos brincávamos juntos sobre o que iríamos ser no futuro, mas ele teve mais sorte do que eu, ele conseguiu entrar para uma das maiores empresas de investigação, e prometeu que me colocaria lá também, já que ele tinha se tornado o chefe das operações, e em menos de duas semanas eu estava empregada, fiquei super feliz, e nos primeiros meses ele confiou a mim um caso, busquei soluciona-lo de todas as formas, fui atrás de provas, vestígios, pistas que me levasse a algo proveitoso, e quando achei me senti realizada, e tão feliz que resolvi ir pra casa, tomar um banho e ir contar ao George pessoalmente o que eu tinha conseguido. Tomei meu banho me vesti e nesse dia era dia de jogar lixo fora, e como de costume sai pela portas dos fundos e fui até meu amigo, contei a ele tudo sobre o caso e ele me parabenizou e ficou alegre por mim, mas ele perguntou se ninguém havia me visto com aquilo nas mãos, porque se tivesse visto ele poderiam tentar me matar, e me explicou todos os riscos e acidentes que ocorreu com ele, depois de conversar por um longo tempo eu fui pra casa, e quando cheguei lá o prédio todo estava em chamas, e eu não tinha pra onde ir, e vim para cá. E não foi um acidente, colocaram fogo no prédio por minha causa, eles pensaram que eu estava em casa no momento, de alguma forma eles esvaziavam o prédio e botaram fogo, pensando que eu estivesse lá, e desde então tenho trabalhado mais nesse caso, dissequei horas e horas, dia e noite para solucionar, e então consegui - os olhos dela estava marejados e instantaneamente um sorriso brotou do seu rosto

- Que legal Ana, parabéns - e abracei ela mesmo confusa - Olha, isso realmente é muito bom, mas o que isso tem haver com o que ta acontecendo comigo? - disse depois de cessar o abraço

- O caso é sobre um grupo de homens milionários que estava envolvidos com tráficos de órgãos e levando garotas a prostituição, e por ultimo, seu pai que estava sendo mantido em cativeiro - aquelas palavras me fizeram paralisar

Não conseguia acreditar no que tinha acabado de ouvir, me recusava a acreditar

- O que? Como pode esconder isso de mim por tanto tempo? - me levantei rapidamente e aquela tontura veio, mas ignorei a raiva era maior uma simples fraqueza

- Cloe me desculpa, o caso era confidencial - ela estava espantada com a minha reação

- COMO PODE ME ESCONDER ISSO, VOCÊ SABIA COMO EU SOFRI COM A MORTE DELE, VOCÊ SABIA DOS TELEFONEMAS, SABIA DO PERIGO QUE EU CORRI, AO IR ATRAZ DELE. COMO VOCÊ OUSA DIZER QUE SOMOS AMIGAS, SE VOCÊ NÃO ME CONTA ISSO? - não consegui dizer tudo isso sem gritar, minha raiva estava aflorada, e pelo jeito que sou deva estar vermelha

- Eu não sabia... - ela estava falando

- Como você ousa? SAI DAQUI! SAI DAQUI! - apontei para ela sair, mas ela não moveu um músculo se quer

- Olha Cloe, eu dou toda razão pra você estar assim, mas não me culpe... - novamente a imterrompi

- Não te culpar, pelo que? Por mentir pra mim, ou por fingir ser minha amiga? - meu sarcasmo a tirou do sério

- Presta atenção... - eu fiz menção de interrompe-lá novamente - CALA BOCA, POR QUE AGORA EU VOU FALAR. Eu não sabia que era seu pai, não tinha a mínima ideia, nem ao menos sabia quem estava lá, nem nome, antigo endereço, procurei nos registros de pessoas desaparecidas, passei dias procurando por lá, mal eu sabia que o homem que estava sendo refem estava legalmente morto - sua voz foi acalmando e por fim ela respirou fundo e tornou a se sentar na cama

Fiquei sem reação, por ter tratado tão mal ela, por ter acusado se coisa que ela não fez

- Ana? - disse sem graça

- Eu te perdoou tá, não vou te culpar por isso, só não duvide da nossa amizade outra vez, por porque ela significa muito mais do quarto e você imagina - e com um sorriso triste ela me abraçou

E como sempre eu me pergunto mentalmente

" O que seria de mim sem essa garota? "

ACONTECEU POR ACASO ( Concluído )Onde histórias criam vida. Descubra agora